O PT nacional decidiu rever a decisao dos maranhenses depois da pressão da família Sarney sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O resultado hoje no Diretório do PT mostra, no entanto, que a legenda ficou dividida. O secretário-geral do partido, José Eduardo Cardozo, foi um dos que se posicionaram contra a aliança para reeleger Roseana, mas foi voto vencido. "O melhor para a candidatura da Dilma é estar no palanque da Roseana", argumentou o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra.
Um grupo de sete delegados do PT do Maranhão foi para a porta do partido para protestar contra a decisão da direção nacional. "Hi, Hitler! Hi, Dutra!", berraram os petistas do Maranhão. Maria de Lourde de Buriti chegou a jogar no chão e, em seguida, pisar em uma estrela do PT. "Acho um exagero essa reação", respondeu Dutra, que também foi chamado de "fascista" pelos petistas maranhenses. Em represália à decisão do PT, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) promete fazer greve de fome.
"Ainda estou sentindo o caminhão Scania em cima de mim, do meu peito", resumiu Flávio Dino, ao comentar a decisão do PT nacional. Com a saída formal dos petistas de sua aliança, o comunista conta agora com o apoio apenas do PSB. "Eu, Flavio Dino, não vou retirar a minha candidatura. O único ponto de retorno é se o PSB e o meu partido, o PC do B, não me apoiarem mais", disse. O PC do B divulgou nota hoje em que "lastima profundamente" a decisão do PT sobre o Maranhão. "Tal decisão contraria os mais fundos sentimentos progressistas e democráticos dos maranhenses", diz a nota.
Sem a aliança com o PT, a candidatura de Dino se fragiliza: o comunista terá apenas dois minutos e meio de tempo no horário eleitoral gratuito de rádio e televisão contra 11 minutos de Roseana Sarney, que terá o apoio de 16 partidos. O governador cassado Jackson Lago, do PDT, também disputará o governo do Estado em aliança do o PSDB e o PPS. Lago deverá ter cerca de cinco minutos no horário eleitoral.
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