O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) bateu forte no deputado Domingos
Dutra (PT) durante discurso ontem na Câmara. Disse não entender a
greve de fome do petista por ter se posiciado recentemente contra ele
que apresentou requerimento em apoio a presos políticos cubanos também
em greve de fome. Bolsonaro disse que este tipo de movimento não se
faz por disputa de poder, principalmente por se tratar de uma questão
interna do PT.
“Fazer greve de fome pelo poder? Não estou entendendo. Se é por
corrupção, ele deveria ter entrado em greve de fome anos atrás devido
aos estrondosos casos envolvendo seu partido. Não defendo o presidente
Sarney. Falei com ele dois minutos em toda minha vida, só através de
cumprimentos. Essa Casa não pode ficar sujeita a um ato desse.
Questões internas se resolve internamente. Não tragam problemas para
dentro deste Plenário. Não é justo, legal e moral submeter esta Casa a
uma situação vexatória dessa”, disse Bolsonaro (foto).
O deputado carioca afirmou que jamais iria se solidarizar com alguém
em greve de fome em busca pelo poder. “Não quero que nada de grave
aconteça, mas se acontecer, não vou deixar de assistir a Copa do
Mundo”, completou.
Um deputado interferiu pedindo que o presidente da sessão retirasse a
parte do discurso com expressões ofensivas a Dutra. Bolsonaro lembrou
que Dutra já se referiu à família Sarney como “um bando de fedorentos”
e o colega não pediu para retirar os termos do seu discurso. O
presidente resolveu manter o discurso e deu direito de resposta ao
parlamentar maranhense.
Dutra disse que não iria “responder ao deputado Bolsonaro, diante de
tanta bobagem que ele havia falado, porque nós construímos a
democracia” . “É um deputado que não tem noção do tempo que ele vive.
Vive no tempo das cavernas, defendendo um sistema (Militar) que não
tem mais lugar no mundo e sempre de forma depreciativa”.
No final, os dois passam a bater boca e Dutra teve de ser seguro pela
deputada Maria do Rosário (PT-RS) para não brigar.
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