quinta-feira, 28 de abril de 2022

O DESAFIO POLÍTICO COLOCADO PARA A RUPTURA DE WEVERTON ROCHA

 Não há dúvidas que as eleições no Maranhão serão polarizadas entre Carlos Brandão (PSB) e Weverton Rocha (PDT). 

As diferenças entre as duas candidaturas são sutis, mas só aparentemente. Afora o leque de alianças que cada um apresenta, diluindo o substrato ideológico, o racha no grupo do ex-governador Flávio Dino é mais do que simbólico.

Um racha desse tipo não poderá ser superficial sob pena de o projeto político de Weverton Rocha morrer na praia, sem nenhum significado. Ele diz bem quando afirma que sua candidatura não mais lhe pertence.

Os aliados do Senador têm agora a obrigação moral de dar consistência à ruptura, fazendo o balanço que o grupo de Flávio Dino não quer fazer. 

A outra questão é que a candidatura Weverton Rocha só terá futuro quando colada à de Lula. Bolsonaro no Maranhão é um naufrágio anunciado, não tem força. Perto de Lula, Weverton não poderá fazer o discurso da direita, embora existam aliados seus que o queiram.

Acontece que a oposição à Flávio Dino pela direita tem candidato, mas necessariamente vinculados ao Bolsonarismo. Os outros desse mesmo campo, se houver, serão candidaturas minúsculas e sem condições de figurar bem na disputa.

Seria um erro crasso de Weverton aproximar seu discurso da direita e de seus símbolos. O eleitor não compreenderia as diferenças entre a fala do candidato a governador e a fala do candidato a presidente, que caminharão juntos.

Portanto, não há outra saída para esse racha político: terá que ser uma crítica à esquerda de Flávio Dino, explicitando os limites e os erros dos governos do PCdoB e aliados, ao mesmo tempo que propondo a superação disso tudo.

A pergunta que se faz é se o campo político de Weverton Rocha será capaz de compreender esse desafio, tendo tantas contradições internas. Mais do que uma equação de conciliação de interesses internos, esse grupo precisa avançar para um programa de governo realista, apontando para um projeto de desenvolvimento menos elitista, menos oligárquico e muito mais democrático e progressista.







os destinos 


Weverton (PROS


Brandão (PT, PCdoB, PSB, PV

SOBRE O TAMBOR DE CRIOULA NA FEIRA DA PRAIA GRANDE

Estranha polêmica envolvendo o tambor de crioula na Feira da Praia Grande.
Cidade turística, patrimônio cultural material e imaterial envolvidos, coisas que deveriam caminhar juntas, porque se fortalecem, fortalecendo a economia viva das feiras.
As questões de segurança envolvendo o patrimônio arquitetônico deve ser encontradas a partir da escuta dos segmentos envolvidos, não podendo ser um decisão administrativa unilateral. A prefeitura, é claro, não pode se postar como mera expectadora e cumpridora passiva de alegadas exigências de segurança para simplesmente impedir ou deixar impedir uma manifestação cultural que já é tradição no local.
Racismo estrutural é exatamente isso, interações que produzem resultados racializados entre instituições contra pessoa não-brancas.
Esse disfarce ou dissimulação do racismo, por certas razões institucionais, revelam o típico racismo institucional brasileiro, onde o bom senso não se impõe, considerando que a cultura popular é fator de atração turística, gerador de emprego, renda, tributos e as razões de segurança invocadas não poderiam se aplicar desconsiderando as manifestações culturais típicas no local.
É triste constatar que ainda haja polêmica sobre essas coisas numa cidade/estado, que - por ser rascista - nunca está preparado para acolher e promover a cultura do seu povo, sempre em postura peculiar de resistência à convivência democrática entre grupos sociais culturais.
Serginaldo Klayton, Fátima Diniz Ferreira e outras 19 pessoas
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