Cesar Teixeira
Já não há sinais de pólvora
escurecendo a tua vida,
mas ainda há na alma
alguma bala escondida.
Cicatrizaram os sinais
de encobertas torturas,
porém na alma ainda sangra
a flor nascida em clausura.
Amputaram em tua perna
o rastro que ela escondia,
não a classe dentro dela
que a si própria recria.
E apesar desse vazio
de cinza na madrugada,
logo brotará manhã
tua alma incendiada.
Te saúdo, companheiro,
e bebo na taça da aurora
em que te ergues inteiro
para todo o sempre e agora!
Nenhum comentário:
Postar um comentário