O PT da Bahia consolidou nesta eleição a nova era política iniciada pelo governador Jaques Wagner, em contraposição a anos de governo do DEM. Mais do que a vitória no primeiro turno, com uma vantagem não prevista nem mesmo pela pesquisas de opinião (63,83% de aceitação do eleitorado), o PT levou também as duas cadeiras para o Senado, com o voto casado nos deputados federais Walter Pinheiro (PT), 31% e Lídice da Mata (PSB) 28,90%.
O PT ficou ainda com a maioria na Assembleia Legislativa do Estado. Serão pelo menos 40 deputados estaduais na base, dos 63 que compõem a Casa Legislativa. Desses, 26 foram eleitos pela coligação que apoia Wagner (PT,PRB,PP,PDT, PSL, PHS, PSB, PCdoB).
Ontem, Jaques Wagner disse acreditar que transparência e eficiência nos serviços públicos contribuíram para os resultados desta eleição. "Atribuo esse resultado a quatro anos de trabalho e a um projeto político administrativo inovador para a Bahia, com mais transparência, democracia, diálogo, mais eficiência nos serviços públicos, na atração de novos investimentos e na geração de mais empregos", afirmou.
Para os próximos quatro anos, o governador promete mais investimentos, principalmente, em saúde, educação e segurança. "Minha luta maior, meu foco central, que eu batizei de fazer uma Bahia de todos nós, é lutar para superar ou diminuir esse buraco da desigualdade social", disse.
Disputa eleitoral - A disputa eleitoral na Bahia se deu com a divisão da coligação formada pelo PT com o PMDB nacionalmente. No estado, Geddel Lima concorreu com Wagner, dividindo o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Wagner chegou ao final do seu mandato como um dos governadores de maior popularidade do país. Pesquisa Datafolha realizada em julho indicou que os baianos davam nota de 6,6 ao governo de Wagner, a segunda mais alta entre os estados que receberam a pesquisa (PE, BA, SP, RJ, RS, PR, MG e DF).
Wagner foi eleito governador pela primeira vez em 2006, com 52,89% dos votos, quando quebrou um ciclo de quatro mandatos consecutivos do DEM, ex-PFL, à frente da Bahia. Ele chegou ao poder depois de derrotar seu principal concorrente na disputa, o então governador Paulo Souto (PFL), lançado à política pelo senador Antônio Carlos Magalhães (PFL) e que o havia derrotado quatro anos antes. Ele era governador quando ACM morreu, em julho de 2007, em decorrência de problemas cardíacos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário