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19 /jul /2012
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, veio a São Luís há cerca de duas semanas encerrar o Seminário de Medicina do Maranhão e retornou a Brasília cheio de otimismo com os serviços praticados pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Maranhão. Segundo a governadora Roseana Sarney a unidade por ele visitada foi escolhida aleatoriamente e ele ficou impressionado o que viu.
Nesta quinta-feira, no entanto, o governo federal foi surpreendido com o outro lado da história, pela publicação de uma ampla reportagem da Folha de São Paulo sobre o impasse entre o governo do estado e a prefeitura de São Luís, que tem prejudicado as pessoas que recorrem aos serviços de saúde pública na capital.
O jornal traz à tona o que já era denúncia corriqueira na cidade e em algumas emissoras de rádio, mas sem a devida atenção da considerada “grande” imprensa local. De acordo com a reportagem, pacientes levados a uma UPA por ambulâncias do Samu são recusados, por ordem do secretário estadual de Saúde, Ricardo Murad.
“Em junho, uma mulher que sofria de obesidade mórbida, hipertensão e diabetes foi levada com dores a uma UPA administrada pelo governo estadual em São Luís, no Maranhão. Esperou uma hora na porta e só entrou após intervenção da Polícia Militar”, diz o jornal.
Recusa – O jornal diz ainda que os pacientes transportados pelo serviço estão proibidos de ser atendidos nas UPAs. Quem precisa de atendimento de urgência tem de chegar por meios próprios, como carro ou mesmo a pé. “O veto contraria portaria do Ministério da Saúde, segundo a qual as UPAs têm de trabalhar em conjunto com o Samu”, frisa o jornal paulista, acrescentando que para o Ministério Público, a proibição é resultado de disputa política: o prefeito João Castelo (PSDB) é adversário da governadora Roseana Sarney (PMDB) -o secretário estadual de Saúde, Ricardo Murad, é cunhado de Roseana.
De acordo com o promotor Herberth Figueiredo, o impasse “tem causado um transtorno muito grande ao sistema”. Já o diretor do Samu, Rurion Meneses, diz que “a gente é proibido de entrar nas UPAs. Se tentarmos colocar a ambulância, o guarda fecha o portão. É assim desde a inauguração [no último ano]“.
De acordo com a portaria do Ministério da Saúde que define as diretrizes para as UPAs, elas têm de atuar em parceria com o Samu. Em geral, devem atender casos menos graves -como pressão alta e cortes-, medicar, fazer exames, deixar o paciente em observação por até 24 horas e, depois, decidir se ele precisa ser transferido para outro local, como pronto-socorro.
Versão – Em nota enviada à Folha, a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que Estado e município fizeram um acordo para que as UPAs “se abstivessem de receber pacientes do Samu, devido à superlotação das mesmas, decorrente da precária situação dos serviços da prefeitura. A decisão vale até que a prefeitura invista nas suas unidades”, afirmou.
A Secretaria de Saúde não mencionou que boa parte dos pacientes que superlotam as unidades de saúde do município de São Luís vem do interior, já que nos demais municípios o serviço é precário.
(Com dados da Folha de São Paulo)
Nesta quinta-feira, no entanto, o governo federal foi surpreendido com o outro lado da história, pela publicação de uma ampla reportagem da Folha de São Paulo sobre o impasse entre o governo do estado e a prefeitura de São Luís, que tem prejudicado as pessoas que recorrem aos serviços de saúde pública na capital.
O jornal traz à tona o que já era denúncia corriqueira na cidade e em algumas emissoras de rádio, mas sem a devida atenção da considerada “grande” imprensa local. De acordo com a reportagem, pacientes levados a uma UPA por ambulâncias do Samu são recusados, por ordem do secretário estadual de Saúde, Ricardo Murad.
“Em junho, uma mulher que sofria de obesidade mórbida, hipertensão e diabetes foi levada com dores a uma UPA administrada pelo governo estadual em São Luís, no Maranhão. Esperou uma hora na porta e só entrou após intervenção da Polícia Militar”, diz o jornal.
Recusa – O jornal diz ainda que os pacientes transportados pelo serviço estão proibidos de ser atendidos nas UPAs. Quem precisa de atendimento de urgência tem de chegar por meios próprios, como carro ou mesmo a pé. “O veto contraria portaria do Ministério da Saúde, segundo a qual as UPAs têm de trabalhar em conjunto com o Samu”, frisa o jornal paulista, acrescentando que para o Ministério Público, a proibição é resultado de disputa política: o prefeito João Castelo (PSDB) é adversário da governadora Roseana Sarney (PMDB) -o secretário estadual de Saúde, Ricardo Murad, é cunhado de Roseana.
De acordo com o promotor Herberth Figueiredo, o impasse “tem causado um transtorno muito grande ao sistema”. Já o diretor do Samu, Rurion Meneses, diz que “a gente é proibido de entrar nas UPAs. Se tentarmos colocar a ambulância, o guarda fecha o portão. É assim desde a inauguração [no último ano]“.
De acordo com a portaria do Ministério da Saúde que define as diretrizes para as UPAs, elas têm de atuar em parceria com o Samu. Em geral, devem atender casos menos graves -como pressão alta e cortes-, medicar, fazer exames, deixar o paciente em observação por até 24 horas e, depois, decidir se ele precisa ser transferido para outro local, como pronto-socorro.
Versão – Em nota enviada à Folha, a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que Estado e município fizeram um acordo para que as UPAs “se abstivessem de receber pacientes do Samu, devido à superlotação das mesmas, decorrente da precária situação dos serviços da prefeitura. A decisão vale até que a prefeitura invista nas suas unidades”, afirmou.
A Secretaria de Saúde não mencionou que boa parte dos pacientes que superlotam as unidades de saúde do município de São Luís vem do interior, já que nos demais municípios o serviço é precário.
(Com dados da Folha de São Paulo)
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