terça-feira, 21 de junho de 2011

Movimento Quilombola de Volta a São Luís

Amanhã, a partir das onze horas ocorrerá mais uma etapa das negociações do movimento quilombola com os governos estadual e federal.

Como resultado das negociações que ocorreram no processo de ocupação do INCRA, a Ministra da Secretaria de Direitos Humanos e a Ministra da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial comprometeram-se  a estar no Maranhão nesta data, para ouvir os quilombolas e falar a respeito da pauta apresentada pelo movimento.

Ao contrário do que afirma a mídia oficial, não será um ato para apresentação do chamado Plano de Ações Integradas do Governo Federal para as lideranças quilombolas maranhenses em conflito de terra na região. O plano será apresentado em atenção à pauta dos quilombolas, que reivindicam ações mais amplas dos dois governos.

A cerimônia só ocorre por conta da mobilização ocorrida no início deste mês, que culminou com a ocupação do INCRA  e o início de uma greve de fome.

O movimento quilombola movimentou vários Ministérios do Governo Federal, desde o seu início. Durante a ocupação, a SDH da Presidência da República enviou técnico do Programa Defensores de Dieitos Humanos e assessores, por duas vezes ao Maranhão, para atender o movimento.

A SEPPIR além de haver enviando representante para as negociações, no período da ocupação, está no Maranhão, desde a semana passada, negociando a pauta com o Governo do Estado.

Nenhuma mobilização social conseguiu tanto no Estado. Mas as conquistas da pauta reivindicatória ainda não satisfazem o movimento. E com razão. Os recursos são escassos para a titulação dos territórios e não há segurança para vários povoados em conflito.

Outro equívoco divulgado pela mídia consiste em afirmar de que as negociações envolvem apenas o governo federal. Segurança Pública é de responsabilidade do Estado e são várias as lideranças ameaçadas que não pretendem ingressar no Programa Defensores de Direitos Humanos, do Governo Federal. O governo do Estado tem dito que não dispõe de efetivo de policiais para dar conta da demanda dos quilombolas.



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