sexta-feira, 24 de junho de 2011

Como é mentiroso esse Décio Sá

Não é à toa que Décio Sá tem um blog oficial da família Sarney. Ele mente muito. Agora fez uma postagem desesperada sobre o episódio  envolvendo o Governo Estadual e o acampamento quilombola.

O governo Roseana realmente deve estar muito preocupado com o desgate que sofreu, diante de tantas autoridades do governo federal. Por isso, o tema ocupa tanto espaço no blog do Décio.

Ele  agora diz que audiência pública foi uma armação de alguns petistas, mancomunados com o superintendente interino do INCRA, Luiz Alfredo Soares - uma pêta carente de lógica.

Primeiro porque Luiz Alfredo é candidato à superintendência do órgão com apoio da bancada governista. Portanto, não teria nenhum interesse de contribuir com o desgaste de Roseana, com quem mantém relação de confiança política, desde a sua primeira gestão à frente do órgão.

Segundo, porque PSTU e PSOL não teriam nenhum motivo para se aliarem ao Deputado Domingos Dutra (PT), a quem reconhecem como um defensor do governo federal. Esse campo político inclusive não teria também nenhum motivo lógico para criticar o governo roseana e poupar o governo federal, de quem são opositores no plano local e nacional.

Terceiro, porque supõe que as duas Ministras e o presidente nacional do INCRA seria estúpidos o suficiente para serem manobrados pelo Deputado Domingos Dutra, quando estavam em contato com o movimento quilombola, desde a semana anterior, preparando a audiência pública.

Quarto, porque Décio é um jornalista incompetente até para mentir, quando se refere a um suposto diálogo  mantido entre mim e o presidente da OAB-MA, Mário Macieira. Se houvesse tido tal diálogo, seria correto supor que o sistema mirante tem grampos telefônicos na OAB.  Pelo visto não tem. É só mentira mesmo.

Tudo ocorreu extamente ao contrário do que afirmou o jornalista lambe-botas. O presidente da OAB, por telefone e por mensagem de e-mail, manifestou o desejo de participar da mesa de abertura dos trabalhos, representando diretamente a OAB-MA. No dia seguinte, de manhã, por incompatibilidade de agenda, avisou, por telefone a mim, que não poderia mais estar presente no local - e pediu para que eu representasse a OAB-MA. Como não houve mesa de abertura, sequer tal representação se fez necessária.

E a mentira foi tão burra que Décio ainda diz como a frase fora formulada no imaginário diálogo do presidente da OAB-MA comigo:" Se tem Ministro, só o presidente e a vice-presidente podem participar" . Uma regra inexistente na OAB. Dei boas risadas lendo essa pêta ridícula.

Por último, certamente a mando de algum interesse político, o jornalista muarino (isso mesmo, de muar, ou besta) afirma que eu sou candidato de Domingos Dutra à superintendência do INCRA, omitindo que todas as organizações tradicionais do movimento social agrário do Estado, incluindo a CNBB, indicaram o meu nome, como alternativa à disputa de sempre, do jogo político-partidário. Se eu tiver também o apoio dele e do deputado Bira, melhor ainda, embora o cargo não seja nada atrativo para um sujeito como eu, que sou honesto e não ando com a polícia federal no meu encalço.

Em vez de incentivar publicações deste tipo, o Governo Estadual deveria estar mais preocupado com a pauta dos quilombos. Pelo menos o governo federal meteu a cara e sinalizou por atender alguma coisa que foi reivindicada.

A Comissão de Direitos Humanos da  OAB-MA não tem nenhum interesse nesse jogo sujo da disputa política local. Atuamos em favor dos quilombos, assim como atuamos em favor de vários outros segmentos injustiçados da sociedade. Nossa atuação se coaduna com a nota divulgada neste mês, pela presidência da OAB-MA, assinada pelo próprio Mário Macieira. E eu mantenho relação estreita com o presidente da nossa Ordem.

Não temos controle absoluto sobre os movimentos sociais. Nem mesmo as entidades de assessoria aos movimentos sociais têm. Numa plenária de mais de mil pessoas, seria demais esperar uma única expectativa sobre os governos. A crítica, ainda que insolente, não deveria supreender, diante de uma dívida tão grande. Para efeito de simples exemplo, basta mencionar que na pauta existem territórios em conflito desde quando era recém-formado em direito. Saco das Almas - um caso crônico de desídia - data do início da década de setenta.

Muito embora eu pessoalmente e os colegas de comissão descordem de vaias e de críticas ofensivas, os governos não poderiam esperar que essas pessoas jogassem flores e estendessem um tapete vermelho para brindar a presença das autoridades

O governo que não quiser ser criticado pela sociedade que trabalhe. É simples.

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