Os quilombolas do acampamento Negro Flaviano iniciaram uma greve de fome ontem, para forçar a vinda da Ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Os casos de assassinatos de trabalhadores rurais no norte do país obrigaram a Secretaria a se deslocar para Belém, para tratar das demandas por proteção das pessoas ameaçadas naquela região, dificultando a presença da SDH-PR no Maranhão.
As negociações fundiárias ocorreram com a representante do INCRA de Brasília e com a Fundação Palmares, mas muito se avançou em matéria de proteção às pessoas ameaçadas. A representante da SEPPIR tentou negociar com o Governo do Estado alguns itens de Segurança Pública, o que não foi considerado satisfatório pelos representantes do movimento.
Com a greve de fome e a decisão de prolongar a permanência no órgão, o acampamento Negro Flaviano entrou no seu décimo dia. Hoje às dez horas, haverá nova rodada de negociação, para analisar uma proposta formulada pela Ministra da SDH, que seria o envio de uma equipe para discutir os detalhaes da segurança dos quilombolas imediatamente. A vinda da Ministra ficaria para o dia 22 de junho, que traria consigo representantes de outros ministérios
Esperamos que seja possível alcançar o consenso, considerando-se que as tensões aumentam, na medida em que o governo não apresenta propostas objetivas para tratar a demanda dos quilombolas.
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