sexta-feira, 3 de junho de 2011

Caostelo

O projeto de poder das oposições no Maranhão precisa ainda de uma alternativa, legítima, coerente e independente das oligarquias locais.

Uma das  maiores fragilidades do projeto de poder (PDT/PSDB), idealizado pelo núcleo duro do PDT maranhense não rende frutos  e não se justifica. Não é a toa que hoje a bancada do PDT na Assembléia apóia o governo Roseana.

Depois do desmonte desse projeto, com a cassação de Jackson e posteriormente sua morte, as oposições parecem buscar ainda uma alternativa, como possibilidades reais de vitória.

Aqui na Capital temos um resquício de um projeto de hegemonia natimorta: João Castelo.  As barberagens do seu governo fazer corar até o mais fanático tucano.

Apesar do arrefecimento das chuvas, a prefeitura não consegue tapar os buracos. A política de trânsito continua um caos, só para falar do que é mais visível para o cidadão.

Agora veio o IPTU. O Secretariado tucano não conseguiu explicar a razão para os aumentos extratosféricos em alguns setores da cidade.  Ficou a sensação de incapacidade da Secretária da pasta, para quem assistiu suas entrevistas na TV, ou nas rádios. Na Assembléia Legislativa foi muito pior.

Os castelistas agora querem responsabilizar a OAB pela anulação de uma lei que anistiava a grande maioria dos mais pobres da cidade, um factóide parecido com o da propaganda do tributo, que continua ser veiculada, com dinheiro público (dinheiro do IPTU, aliás).

O Tribunal de Justiça apenas mandou suspender os efeitos da lei para quem foi penalizado com aumentos. Se a prefeitura quiser manter a isenção aos mais pobres, pode continuar a fazê-lo.

O problema do prefeito é que continua com a visão de gestão pública do início da década de 80, quando foi governador. Nesse período, houve a maior compra de votos que se tem notícia no país, onde um grande número de pessoas foram para a folha de pagamento do Estado sem concurso, constituindo uma fiel base eleitoral do ex-governador e atual prefeito.

Agora, me parece que a estratégia foi a mesma, usando desta feita o IPTU. Uma isenção desse tipo somente não comprometeria os cofres municipais se houvesse o aumento extratosférico para uma outra camada da população, que é minoria. Uma outra compra de voto dos mais humildes estava em curso, à custa do confisco não apenas das classes de maior poder aquisitivo, se formos contar os inúmeros casos de distorções, constatados fora da área da península da Ponta da Areia, que atingiram amplos setores da classe média.

Agora o prefeito está na parede. Quem ficou isento vai querer permanecer isento. Mas agora a prefeitura vai ter que refazer os cálculos do IPTU. O lençol ficou curto.

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