Chegamos ao dia D. Para quem não suporta mais o lixo, a poluição sonora e visual, será um alívio. No Maranhão, os debates não conseguiram mobilizar a população em torno dos grandes temas: reforma agrária, saúde, segurança, meio ambiente, modelo de desenvolvimento. Tudo muito superficial.A questão maior continua sendo Sarney ou anti-Sarney.
Roseana pode ganhar, mas também pode haver segundo turno. Se as oposições cresceram, nesta última semana, vai ter segundo turno. O maranhense costuma se decidir nos últimos dias, isto deve estar preocupando muitos candidatos, especialmentes os do parlamento. No Senado, Zé Reinaldo cresce, e já ameaça João Alberto. Edson Lobão parece já estar garantido.
Jackson ganhou sobrevida, com a recente decisão do TSE. Apesar do triunfalismo da análise jurídica de seus partidários, saltamos uma fogueira. A decisão foi muito apertada. Mas foi muito bom paras as oposições, que corriam o risco da nulidade dos votos de Jackson, que se recusou a renunciar e apresentar substituto. Roriz fez isso em Brasília, mas o impacto sobre a sua campanha não foi nada bom.
Flávio está sendo apontado como o provável adversário de Roseana, se houver segundo turno. Nesse caso, tem amplas possibilidades, considerando seu menor índice de rejeição.
O grupo Sarney luta por mais 40 anos de domínio, ao que parece. Agora está aliado de um PT estelionatário. Os asseclas de Whashigton (vice) desfilaram por todo o Estado ao lado de Roseana, destruindo totalmente sua imagem de oposição de esquerda. Roseana, sempre superficial nos debates (parece a esposa de Roriz, em alguns momentos)está no seu patamar de 40 a 50% do eleitorado. Beneficia-se da burrice crônica de seus adversários e pode eleger-se no primeiro turno e ainda emplacar os dois senadores (verdadeiras múmias do parlamento).
Um outro PT está nas ruas, apoiano Flávio Dino. Representa outro segmento contaminado pela burrice tática. Derrotados no último PED, ainda tiveram que engolir a intervenção anunciada por José Direceu e companhia. Seu representante máximo é o candidato a deputado federal, Domingos Dutra, que para se eleger agora, tem obrigação de superar alguns peso-pesados do PMDB. Dutra, sobrevivente da fome, é visto hoje em aliança com Mauro Jorge (neo-petista de Lago da Pedra), protagonizando a imemória dos embates entre posseiros e as tradicionais famílias latifundiárias da região. Por outro lado, vem embalado pela repercussão de uma greve de fome que forçou a simulação de um recuo do diretório nacional do PT quanto ao tipo de intervenção no Estado, dando fôlego para a militância autêntica do partido.
Para a Assembléia Legislativa, esse grupo (composto de várias facções)luta para eleger pelos menos um deputado estadual, que pode ser Valdinar Barros ou Bira do Pindaré. Contra eles, a corrente de Whashington ataca de Francisca Primo, Zé Carlos da Caixa e Françuíla. Essa turma dos autênticos ficará no PT a depender do resultado do pleito, acredito.
O PSTU, embora continue folclórico, representou a surpresa no último debate, apresentando um Marco Silva mais articulado, com intervenções críticas oportunas. Com a aliança do PT com o PMDB de Sarney, pode obter uma votação maior, agora, especialmente para o Senado. O PSOL, embora tenha mais simpatizantes, teve desempenho mais tímido, mas apresenta uma alternativa também ao Senado, aos eleitores de esquerda. Seu maior triunfo é a projeção de Plínio de Arruda, indefectível candidato a presidente pelo partido. Além disso, com a aliança nacional promovida pelo PT, o PSol emerge como principal alternativa partidária para a militância marxista.
No Senado, a oposição mais lúcida prega o voto útil, em Zé Reinaldo, que vem apoiado por Flávio Dino. É um único que pode superar João Alberto, a rigor do que afirmam as últimas pesquisas.
Pense bem antes de votar. Não troque seu voto por dinheiro, benesses ou favores. Pense que sem melhorar o país, não conseguiremos melhorar individualmente. Boa Sorte e bom voto.
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