Agora temos que superar a barra e não fazer o jogo das facções criminosas.
O ovo da serpente rompeu a casca e agora faz suas vítimas. Um segmento da oposição torce pelo pior, não importando as consequências para o povo.
Os boatos agravam o pânico, que já é grande. Lembrei o período em que Eurídice Vidigal foi Secretária de Segurança, no Governo Jackson. Naquele tempo, a situação era invertida. A mídia do atual governo saboreava o pânico e estava na oposição.
Afirmo que é preciso vencer a sensação de insegurança e que o crime não pode vencer o Estado. Apesar das falhas de gestão, onde os dois principais grupos que contendem têm responsabilidades (desiguais, mas têm), a polícia fatalmente vencerá o crime.
As responsabilidades são desiguais, porque o tempo de governo da oposição foi bem menor, embora as práticas de gestão fossem muito próximas. Já disse: quem tem Cutrim não pode falar mal de Aluísio.
Só espero que a crise sirva para uma nova reflexão acerca do sistema prisional. Uma reflexão que não seja a incitação ao ódio e ao extermínio de presos, como vejo agora.
Uma reflexão que faça emergir uma nova mentalidade política, onde escolas sejam mais necessárias do que prisões. Onde o cidadão possa livremente passear nas ruas e praças, abraçar os amigos...
Onde a prisão seja um espaço de recuperação do ser humano, suscetível a cometer falhas, incompleto e frágil que é, mesmo nos hiatos de violência. E que os presídios não sejam lugares de exclusão e extermínio de pobres, e todo mundo fazendo de conta de que as coisas vão bem, apesar de tudo.
Venceremos.
Um comentário:
Análise de um tema denso e amargo, transmitido com leveza, como deveria ser encarado o sistema de justiça enquanto concretização dos direitos humanos. Repasse feito
Postar um comentário