Não há dúvida de que a reivindicação dos PMs e Bombeiros seja justa. Para forçar o Estado a negociar, eles se arriscam às penalidades do Código Penal Militar, visto que, do ponto de vista legal, ainda não alcançaram o direito de greve.
Um apoio à reivindicação corporativa, no entanto, não quer dizer que apoiemos integralmente esse modelo de polícia em curso, nem a omissão de seus comandantes, quando se trata do respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana, nos vários episódios de violência policial impune, que ocorrem frequentemente no Maranhão.
É até possível dizer que melhores salários também apontam para novas possibilidades de recrutamento na instituição da PM, situando a corporação em mais alto nível intelectual (isso atualmente ocorre com a polícia federal, por exemplo), modificando a sua doutrina e melhorando sua relação com a sociedade.
Outra coisa, porém, é apoiar a estratégia de terror, o que é um equívoco. Não se pode ver com simpatia a boataria dos arrastões, tomados como exploração política da greve.
Tampouco se deve apoiar movimentos de protestos que tendam à violência.
Hoje, a mídia governista reclama da boataria dos arrastões. Mas, no início do governo Jackson Lago, a postura era bem diferente. Relembremos as correrias e o fechamento do comércio em vários bairros, em função desse tipo de boato, que era amplamente noticiado pela mídia, para desestabilizar o governo.
O grande desafio do governo agora não deveria ser tentar desqualificar moralmente e profissionalmente os líderes grevistas. O problema agora é ter capacidade de negociação e cumprir o que se promete. Essa é a melhor forma para resolver o impasse.
Um comentário:
É o Intrumento Repressor do Estado que se rebelou contra o próprio estado,é bom pra eles refletirem e ver que greve é uma causa justa que estão reivindicando,se fosse os professores a policia ja teria ido lá e baixado o cacete...
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