terça-feira, 8 de novembro de 2011

A Polícia Militar se Levanta

Em um movimento de mobilização inédito, na história da Polícia Militar do Maranhão, o segmento decidiu paralisar suas atividades hoje.
 
A categoria reivindica a atualização do chamado escalonamento vertical dos subsídios, a partir do ano de 2007. Um soldado PM hoje acumula perdas salariais de R$ 5.200,00 por ano.
 
As associações ingressaram na Justiça e conquistaram o retorno do antigo escalonamento, mas a Chefe do Poder Executivo não cumpre a decisão judicial.
 
O plano plurianual do governo foi aprovado na assembléia legislativa sem previsão de qualquer aumento para os policiais militares e bombeiros do Maranhão. O único aumento concedido  - de 12 milhões de reais, sendo 2 milhões para os bombeiros - , foi transferido para o orçamento dos Policiais Civis, Agentes Penitenciários e Delegados.
Na proposta de orçamento do Poder Executivo, suprimiram 30 milhões de reais do orçamento da Secretaria de Seguraça Pública. Esse problema somente foi corrigdo na Assembléia, porque os deputados, sensibilizados com o tema, votaram uma medida medida provisória que transferiu 30 milhões da comunicação para a segurança, resolvendo em parte o problema.
 
Os policiais militares  também lutam por melhores condições de trabalho, melhores equipamentos e maior efetivo.
 
Desde o mês de fevereiro os PMs lutam por essas reivincações. O governo tentou se utilizar do princípio da hierarquia para novamente relegar a PM a segundo plano das negociações salariais.
 
A paralisação foi decidida em assembléia com a participação de mais de 3.000 policiais, incluindo oficiais das mais diversas patentes. Hoje, no Poder Legislativo, a sociedade pôde assistir a uma das maiores mobilizações da polícia militar do Maranhão, numa evidente demonstração de força política das lideranças do movimento.
 
No final da tarde, o vice-governador, reunido com o Secretário de Segurança e o Comandante Geral da PM convocaram uma coletiva de imprensa na Secretaria de Planejamento, para anunciar providências no sentido de atender as reivindicações do segmento. 

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