quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Movimento Ocupar Wall Street completa dois meses

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Após dois meses de protestos populares, os partidários do Movimento Ocupar Wall Street (OWS) enfrentaram tempestades de neve, spray de pimenta e violentos despejos pela polícia para estarem presentes hoje de costa a costa nos Estados Unidos.

As manifestações começaram em 17 de setembro, no coração da zona financeira de Nova York, como uma réplica dos chamados indignados espanhóis e contra a ganância corporativa e financeira e o poder desmedido dos megabancos.

O movimento de cidadãos rapidamente se espalhou por dezenas de cidades dos EUA, incluindo Washington, Los Angeles, Boston, Filadélfia, Chicago, Seattle, Miami e Dallas, entre outros. Os protestos chegaram até o vizinho Canadá, em cidades como Vancouver, Toronto, Ottawa e Montreal.

Ao movimento se somaram não só os pobres e desempregados, mas adquiriu um caráter plural ao integrar afro-americanos, latinos, estudantes universitários, mulheres, idosos e veteranos de guerra, entre outros grupos sociais.

Durante a administração do presidente Barack Obama caíram vários indicadores sociais, devido a uma estagnação econômica que colocou a taxa nacional de desemprego em 9%, com 14 milhões de desempregados.

Destaca-se o papel das redes sociais como Twitter, Facebook, e de meios alternativos, para reunir os seguidores do Ocupar Wall Street, ante a pouca atenção que lhe deram, no início, os grandes meios de comunicação.
Os indignados anti-WallStreet criaram seu próprio site digital (occupywallst.org) para divulgar informações e a programação diária de suas atividades.

As baixas temperaturas nas proximidades do inverno norte-americano não diminuíram o espírito daqueles que permanecem em lugares públicos, expondo as más condições de 99% da população, em oposição ao 1% que concentra as riquezas do país.

Diferentes pesrsonalidades como o documentarista Michael Moore, a atriz Susan Sarandon e o acadêmico Noam Chomsky têm apoiado as ações dos ativistas.

"Eu quero ver os responsáveis ​​pela destruição de milhões de vidas levados à justiça. Eles são ladrões, são gângsters, têm tentado tomar a nossa democracia e torná-la uma hipocrisia", Moore denunciou.

Em um comunicado, Chomsky disse que os protestos valentes e honrados frente a Wall Street deveriam servir para chamar a atenção para esta calamidade e criar uma sociedade mais saudável.

De setembro até hoje, as forças policiais reprimiram violentamente manifestações pacíficas e detiveram dezenas de pessoas, em alguns casos usando spray de pimenta, cães e cassetetes. Nos últimos dias, esquadrões de choque desalojaram acampamentos em Nova York, Los Angeles, Oakland, entre outras cidades.

Também prenderam, em Manhattan, jornalistas que cobrem os protestos para mídias como o New York Daily News, com o objetivo de entorpecer a atenção da mídia que o movimento cívico tem recebido.

O Ocupar Wall Street concentrou a atenção mundial para os muitos problemas que hoje povoam a maior economia do mundo e também tem o apoio dos próprios norte-americanos.

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Siena mostrou que 57% dos cidadãos apóiam o direito de os indignados permanecerem dia e noite nos parques, sem serem reprimidos.

Manolo de los Santos, um jovem novaiorquino membro da Ocupar Wall Street, disse à Prensa Latina que o movimento não é mais que uma nova expressão dessa resistência que está há séculos em formação.

Fonte: Prensa Latina

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