sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Promotor agride advogado em sessão do júri

Fazer o júri não é para qualquer um. Exige, além de conhecimento jurídico específico, boa retórica e controle emocional. Todos esses implementos exigem momento oportuno para serem utilizados com mais força.

Ao contrário do que alguns pensam, não é suficiente a retórica para exercer funções no júri. Fosse assim, qualquer político, dado a tribunas, poderia defender ou acusar alguém. A retórica sem o conhecimento técnico ressoa vazia, eis que porque carente de estratégias jurídicas - para acusar ou defender.

E o controle emocional orienta a retórica. As entonações, o ritmo, acompanhados da gesticulação correta, ajudam a formar o convencimento. Fazer emergir emoções, convida à adesão. Tudo isso sem argumentação lógica e racional cai por terra.

No campo do controle emocional está a capacidade de resistir com equilíbrio às provocações do adversário de tribuna. Rebater argumentos com lhaneza, com dipomacia, por mais agressivos que sejam, soemente se faz possível com controle emocional.

Durante essa audiência, no 3º Tribunal do Júri de São Paulo, observamos que o controle emocional não é o forte do Promotor, que terminou por agridir advogado durante julgamento de homicídio em SP. Alás o bate-boca, em baixo nível, que antecede as vias de fato, retrata que o advogado também desconhece as regras de um bom tribuno.

 Ontem, a Associação dos Advogados Criminalistas de São Paulo e a seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil, repudiaram a agressão. A associação diz que vai processar o promotor. Procurada, a Associação Paulista Ministério Público não se pronunciou sobre o caso. Veja o vídeo:

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/983307-video-mostra-briga-entre-advogado-e-promotor-em-sp-veja.shtml

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