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FELIPE LUCHETE
DE SÃO PAULO
O Tribunal de Justiça do Pará negou nesta terça-feira (6) pedido do fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, que tentava anular decisão do júri que o condenou pela morte da missionária Dorothy Stang.
Ele foi condenado no ano passado a 30 anos de prisão, acusado de ter sido um dos mandantes do crime, mas pediu um novo julgamento.
Galvão é o único dos cinco réus em liberdade. Os desembargadores da 1ª Vara Criminal, no entanto, votaram na sessão desta terça que ele seja preso.
Na apelação enviada à Justiça, a defesa negou envolvimento do fazendeiro no crime e disse que ele teve o direito de defesa cerceado porque ficou sentado longe do seu defensor durante o julgamento. Alegou ainda que a pergunta enviada aos jurados foi má redigida e os induziu a erro.
Os quatro desembargadores rejeitaram todos os argumentos, inclusive a possibilidade da defesa de pedir novo julgamento. Para eles, o protesto por novo júri foi extinto após lei de 2008.
Os desembargadores também negaram pedido para diminuir a pena.
O advogado de Galvão, Jânio Siqueira, disse que vai recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao STF (Supremo Tribunal Federal). Na sessão de hoje, ele declarou que o caso teve "pressões imediatistas" de ONGs internacionais.
O CRIME
A freira norte-americana naturalizada brasileira foi assassinada em 2005 numa estrada em Anapu (PA), onde ela liderava o PDS (Projeto de Desenvolvimento Sustentável) Esperança.
Segundo as investigações da polícia, o crime foi encomendado por Galvão e por Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, porque ela denunciava a intenção da dupla de tentar possuir ilegalmente de um lote do assentamento.
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