Uma das instituições menos abertas ao controle social é, sem dúvida, o Poder Judiciário. Por razões históricas, é uma instituição de elites, muito pouco preocupada em construir a democracia e combater as desigualdades sociais no país.
Depois que a Juíza Helena Calmon resolveu fazer críticas públicas à instituição (palavras que qualquer cidadão gostaria de ter dito), o espírito de corpo caiu em cima. No CNJ, saiu uma nota. A Associação dos Magistrados Brasileiros publicou outra.
O ressentimento expressa a falta de hábito de ouvir críticas. Até parece que o que a juíza disse não é verdade. A sociedade civil organizada deveria se solidarizar com Helena Calmon. Sua coragem em criticar a corrupção no Poder Judiciário está relacionada à defesa das prerrogativas do CNJ, uma peça fundamental para o controle externo do judiciário, bandeira de lutas de movimentos sociais.
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