quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

31/05/2007
Doença
Estou no quinto dia da doença. Sou filho de uma baixadeira humilde, que só teve acesso ao primário (hoje parte do ensino fundamental). A baixada é uma nação distinta, dentro do Maranhão. Ali não apenas se houve um falar diferente, mas se presencia costumes diferentes. Minha mãe veio de um lugar que não existe nos mapas, na divisa entre os municípios de Peri-Mirim, Palmeirândia e São Bento. O nome: "Inhambu" ou "nambu". Foi adotada por uma família de pequenos proprietários, depois da morte da mãe genética, de parto. Ainda guardo lembranças de infância desse lugar. Era apenas um "sítio", com pomares, tanque de peixe, uma casa avarandada, de onde se avistava o campo e as cercanias longínquas. Ali não havia médico, a não ser que o paciente fosse carregado no fundo de uma rede, primeiro de animália, ou de embarcação, até os municípios mais próximos. O médico era a reza e os santos. Os remédios eram estratégias costumeiras para vencer doenças, que incluíam não apenas as ervas tradicionais, mas também determinados comportamentos. Minha mãe me liga toda hora para despejar essas recomendações que os médicos desconhecem. Parte delas eu desobedeço, mas pioro. E aí a minha doença se transforma num confronto entre o presente e o passado, entre a ciência e o mistério. Finjo não perceber que a minha mãe sente prazer em derrotar a medicina oficial. Mas eu tento fazer a síntese que a geração dela não faz e a medicina oficial também não. Rebuscando sozinho os porões do meu inconsciente, desconfio das causas da doença. Não é física, com certeza. Talvez esses comportamentos impostos pelo saber tradicional acionem mecanismos de defesa alojados no inconsciente. Por isso eles têm força também. Quem pode lutar contra seu inconsciente?
Escrito por pedrosa às 15h50
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Operação Navalha
Tem jornalista que também exagera, não apenas a polícia. Visto que Jackson Lago não foi para a defesa dos sobrinhos, jão o estão acusando de EGOÍSTA. Se tivesse defendido, era cúmplice.
Escrito por pedrosa às 15h33
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30/05/2007
No blogue do Luís Nassif:http://luisnassif.blig.ig.com.br/

30/05/2007 12:47Recebimento indevidoO governador Jackson Lago é acusado pelos jornalões de ter tido seus bens interditados, suas contas bancárias bloqueadas. Não era verdade, mas não consegue se fazer ouvir.Com o nome enlameado no país todo, recorre à única maneira de se defender: anúncios pagos nos jornais que não quiserem ouvir a sua versão.Hoje, “Folha” e “Globo” soltam matérias sobre os anúncios, em tom de denúncia. No meio da matéria, "O Globo" até admite que errou nas informações. O problema não é o pagamento indevido. É de recebimento indevido.Por justiça, os jornais deveriam devolver ao Maranhão o dinheiro recebido e corrigir, em matérias, os erros cometidos.
Escrito por pedrosa às 17h45
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Operação Navalha
Conselho do MP tenta controlar Polícia Federal
As críticas feitas na semana passada por membros dos três poderes ao que eles chamam de excessos da Polícia Federal na Operação Navalha fizeram ganhar fôlego no país o debate sobre a necessidade ou não de criar formas de controle da instituição. Um instrumento polêmico está na pauta de hoje da sessão plenária do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP): o controle externo da atividade policial. Pelo projeto em discussão, um procurador da República ganha status de fiscal do trabalho de delegados, podendo vasculhar processos, requisitar e copiar documentos e ainda instaurar investigação contra policiais durante o exercício da função. Medidas que causam muito desconforto e irritação em delegados e agentes.Para procuradores da República, o momento é bom para discutir as regras. “Existem o CNMP e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ambos de controle externo daquelas instituições, por que a polícia não tem esse regime? Eu entendo que essas normas, além de ajudarem a fiscalizar, podem proteger as instituições”, afirmou o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, afirmou que “Todo o poder tem de ser controlado.Para o jurista Dalmo Dallari, todas as ações da PF, nos dois casos, transcorreram dentro da legalidade. "Não houve prisões arbitrárias. Em todos os mandados, ou existiam provas ou fortes indícios de irresponsabilidades e ilícitos cometidos", defendeu o jurista. Dallari lembra que os mandados foram autorizados por uma ministra do STJ, Eliana Calmon, a quem cabe conduzir as investigações.Para ele, o Brasil está diante de pessoas "que se sentiam privilegiadas, integrantes de uma aristocracia imune à lei". Acrescenta que em todas as esferas policiais, é comum prisões com base apenas em indícios, sem provas concretas. "Quando fazem isso com pessoas pobres, não vemos vozes afirmando que são atos ilegais", reforçou o jurista. Dallari disse que esses "privilegiados" - políticos e magistrados - aproveitam-se da proximidade com a imprensa para desqualificar o trabalho da PF.
By Helena™ . Segunda-feira, Maio 28, 2007 src="http://www.haloscan.com/load/helena234" type=text/javascript> Comentarios (13) type=text/javascript>postCountTB('5972409087366883630'); Trackback
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Escrito por pedrosa às 12h30

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