quarta-feira, 8 de maio de 2013

Pastor Marcos é preso na Dutra, acusado de estupro

08/05/2013 - 00:16
 
 
Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia
 
O pastor Marcos Pereira da Silva, da Assembléia de Deus dos Últimos Dias, foi preso preventivamente, na noite de terça-feira, acusado de estupro. Ele ficou conhecido no Maranhão, por ocasião da rebelião de Pedrinhas, de novembro de 2010, onde 18 presos foram mortos. Meu blog postou a respeito da presença desse Pastor na episódio.
Chegando no final das negociações, o Pastor e sua estranha comitiva de mulheres vestidas de véu, saiu propagandeando que ele teria convencido os presos a encerrar a rebelião. Depois, teria tentando cobrar do governo pelo serviço prestado.
O que quase ninguém sabia é que Marcos Pereira estava sendo investigado pela Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), que apura as acusações que o coordenador do Afroreggae, José Júnior, fez sobre o suposto envolvimento do pastor com tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.
 
Durante as investigações, segundo a ex-titular da DCOD, delegada Valéria Aragão,   testemunhas confirmaram abusos sexuais por parte de Marcos Pereira. A própria ex-mulher do pastor Ana Madureira da Silva, também teria estuprada pelo "abençoado" pastor. Ela morou com o religioso até 1998, e relatou à polícia que, numa ocasião, ele “entrou em casa, trancou as portas e fez sexo à força” com ela.
A DCOD investiga o envolvimento do pastor em mais seis estupros, inclusive de fiéis.
 
 
Na época, em julho do ano passado, o pastor negou  que tenha violentado mulheres.
Ele foi surpreendido por agentes da DCOD na Dutra que cumpriram dois mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça do Rio.
A Revista Veja publicou que Marcos Pereira é influente na política e frequentemente visto na companhia de autoridades. Ele ganhou notoriedade com sua atuação nos presíidios, o que rendeu a ele uma imagem de “pacificador”.
O Pastor trabalhou em parceria com o Grupo Cultural AfroReggae, que se dedica a recuperar jovens que tiveram envolvimento com o tráfico. A parceria acabou a partir de uma troca de acusações entre Pereira e o líder do grupo, José Júnior, que acusou Pereira de ter ordenado ataques do tráfico em vários pontos do estado em 2006 – no episódio que deixou 20 pessoas mortas e ficou conhecido com “Rio de sangue”.
 


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