Valdenilson Borges, 24 anos, trabalhador rural quilombola do Quilombo de Rosário, Serrano do Maranhão, foi morto no último domingo (02.10.2011). Ele foi morto com duas facadas no peito, segundo a CPT e o movimento quilombola da Baixada, por uma pessoa que intrusa e território quilombola.
Segundo um informe da CPT, hoje é o último dia do prazo estabelecido pelo latifundiário Raimundo Carneiro para que a Comunidade de Carro Quebrado, Miranda do Norte, abandonem sua posse. Nos dias 26.09.2011 e 27.09.2011, 6 (seis) homens ingressaram na área de plantio da comunidade, para executar um trabalho de roço, acompanhados por 4 homens armados com pistolas, sendo.
No dia 28.09.2011, as famílias de Carro Quebrado impediram que os invasores continuassem a realizar qualquer tipo de trabalho na área. Os camponeses exigiram a presença do fazendeiro Raimundo Carneiro na localidade. Compareceu o gerente de uma das fazendas do latifundiário, por nome de Abraão, que afirmou às famílias que era advogado e que iria negociar, mas elas não aceitaram.
Por volta de 15:30 h do mesmo dia, o latifundiário Raimundo Carneiro chegou à comunidade, acompanhado por 8 homens, fortemente armados, com armas do tipo Pistola ponto 40, Pistola 765, todas automáticas. Ele ameaçou as 48 famílias, afirmando que as expulsaria, porque não pagavam a renda da terra.
Nesse momento um jagunços falou que no dia seguinte os invasores dariam continuidade no trabalho de roço e que “para resolver o problema, bastava matar uns quatro que tudo seria resolvido.” Ao se retirarem do local, o latifundiário Raimundo e seu bando armado avisaram que até o dia 04.10.2011 (hoje) todos deveriam sair da terra. No retorno ao município de Miranda do Norte, anunciaram no Comercial São João, nas imediações do povoado, que com a morte de alguns, tudo seria resolvido.
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