quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sarney definitivamente é quem manda

Apesar de todas as manifestações de diversos segmentos dos movimentos sociais (mais precisamente, das entidades históricas do Estado), rejeitando a indicação sarno-petista para a superintendência do INCRA, o governo Dilma resolveu passar por cima.

Apesar de todo o esforço da bancada de apoio ao governo Roseana (16 dos 18 deputados federais; 2 dos 3 senadores e de praticamente toda a expressiva bancada estadual), em apoio à indicação de Luiz Alfredo Soares, que contava também com o apoio dos servidores do INCRA, o governo Dilma resolveu passar por cima.

Apesar da conjuntura extremamente desconfortável, em que o governo federal se debate com a necessidade de fazer uma faxina, em vários Ministérios, envolvidos em corrupção. Apesar de que o grupo político sarno-petista, esteve recentemente envolvido em sérias denúncias de corrupção - desde a secretaria de educação, passando pela FAPEMA, até mais propriamente o próprio INCRA, onde os órgão de controle e a polícia federal praticamente acamparam dentro da superintendência - o governo Dilma cedeu ao assédio.

Para mais um cargo federal - a superintendência do INCRA no Maranhão - vingou o nome de José Inácio Sodré - afilhado do vice-governador: uma alternativa para solucionar o bloqueio de Roseana ao acesso do grupo a cargos no governo Estadual.

Há algumas semanas, a nomeação de Joãozinho, de Caxias, para o ITERMA, era favas contadas. Misteriosamente, quando o presidente atual do órgo estadual de terras já limpava as gavetas para deixar o cargo, a nomeação fora suspensa pela Governadora.

Agora, ao que tudo indica, veio a compensação, com o INCRA. Sarney prova mais uma vez que sem o seu aval, nem síndico de condomínio. E o PT, que ele controla, defenderá seus interesses no órgão federal que deveria fazer a reforma agrária. Nem o exemplo do que ocorreu com Benedito Terceiro intimida.

Sarney derrotou não apenas as entidades que lutam por reforma agrária. Derrotou também a classe política de seu Estado.

Um comentário:

Anônimo disse...

Adeus Reforma Agrária, Quilombolas que se cuidem.
Até quando vamos resistir a tudo isso pacificamente?