sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Crime organizado mata juíza carioca

E agora?

Na madrugada de hoje, foi morta a tiros a juíza de direito, Patrícia Acioli, 47 anos , da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ).

O crime ocorreu quando Patrícia se aproximava da entrada do condomínio onde morava, no Timbau, bairro do distrito de Piratininga, em Niterói (RJ).

Pelo menos dezesseis disparos foram efetuados por dois motoqueiros, que fugiram após o crime.

Segundo o presidente do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), Manoel Alberto Rebelo dos Santos, que esteve no local do crime, Patrícia havia recebido várias ameaças de morte.

Hoje de manhã, no Jornal Nacional, um parente da juíza informou que há pelo menos cinco anos, ela recebia ameaças de morte.

Entre algumas decisões de Patrícia, está a prisão de policiais militares de São Gonçalo que sequestravam traficantes e, mesmo depois de matá-los, entravam em contato com familiares e comparsas exigindo dinheiro para soltura.


Ela também decretou a prisão preventiva de policiais militares acusados de forjar confrontos com bandidos, mortos durante a abordagem. O nome da juíza estava em uma "lista negra" feita pelo criminoso Wanderson Silva Tavares, o "Gordinho", preso no Espírito Santo em janeiro deste ano e chefe da quadrilha de extermínio que agia em São Gonçalo e teria assassinado pelo menos 15 pessoas em três anos.

Apesar de todas as circunstâncias que envolvia a necessidade de proteção urgente, a juíza andava sem escolta, não usava carro blindado e sequer tinha portão eletrônico no condomínio onde residia.

Não apenas a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro deve explicações à sociedade agora, mas também o próprio Tribunal de Justiça. Essa juíza foi praticamente abandonada à própria sorte.

Importante lembrar que esse crime organizado que tem a ousadia de eliminar magistrados foi gestado no interior dos presídios.

Com informações da UOL Notícias e da Agência Estado-SP.

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