domingo, 24 de junho de 2012

Brasil vai esperar situação no Paraguai se estabilizar para tomar decisões


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Marco Aurélio Garcia Marco Aurélio Garcia (Rolando Pujol/EFE)
O Brasil vai esperar que a situação no Paraguai se estabilize após o impeachment do presidente Fernando Lugo para avaliar quais medidas vai tomar em relação à “ruptura da ordem democrático” (nas palavras do governo brasileiro, que ocorreu no país), disse neste domingo o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia.
O Brasil, que no sábado convocou seu embaixador em Assunção para consultas, pretende aproveitar o atual momento para avaliar a situação e “deixar essa crise no Paraguai decantar para ver como vai ficar”, disse Garcia em entrevista para a Agência Brasil. Ele explicou que neste primeiro momento todos os países do Mercosul chamaram seus embaixadores para reunir informações e decidir, numa segunda etapa, que atitude será adotada.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, anunciou no sábado que os presidentes dos países do Mercosul aproveitarão a cúpula que começará na próxima quinta-feira em Mendoza, na Argentina, para avaliar a situação do Paraguai e adotar uma posição conjunta.
“O Brasil atuará em sintonia com o que for decidido pelo Mercosul”, afirmou Garcia. Ele assegurou que nem o Brasil nem o Mercosul pretendem intervir nos assuntos internos do país vizinho, mas não podem deixar de condenar a ruptura institucional ocorrida no Paraguai. “Em si, a convocação do embaixador pelo governo já é um sinal de desconforto com o que aconteceu”, destacou o assessor para Assuntos Internacionais. Garcia disse que é “impossível” adotar uma ação para obrigar o Congresso paraguaio a revisar sua decisão de destituir Lugo.

O assessor reiterou a condenação do governo brasileiro à destituição de Lugo por considerar que ela foi um “rito sumário”, no qual o ex-presidente não teve direito de defesa.

“O Brasil considera que o procedimento adotado compromete o pilar fundamental da democracia, condição essencial para a integração regional”, segundo comunicado divulgado ontem pela chancelaria brasileira.
(Com EFE)

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