quinta-feira, 8 de março de 2012

Uma fruta típica do nordeste sob ameaça de extinção



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    A situação é ameaçadora para a  mangabeira, uma fonte de renda daquelas populações tradicionais locais, que praticam o extrativismo há séculos e contribuem para a conservação da planta no nordeste e no cerrado, onde é nativa. Segundo Josué Francisco da Silva Júnior, pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros, de Aracaju, as áreas naturais estão sendo dizimadas devido à pressão exercida pelos proprietários das áreas nativas de mangabeiras que as utilizam, cada vez mais, para o cultivo de coqueiro, cana-de-açúcar e outras atividades agrícolas, assim como para a construção de infra-estruturas turísticas, loteamentos e viveiros de camarão, atividades cuja implantação depende do corte das fruteiras.
    O pesquisador da Embrapa diz que a empresa vem desenvolvendo projetos com objetivo de salvar a mangabeira. Em Sergipe, o projeto priorizou a participação, bem como a valorização e o resgate das experiências, saberes, práticas e conhecimentos acumulados pelas catadoras de mangaba do Estado quanto à reprodução e conservação das plantas e também da coleta da fruta. Além disso, esse modelo de metodologia, chamado de capacitação solidária, na qual as catadoras de mangaba, pela primeira vez, se reuniram para trocar experiências e discutir os seus modos de vida enquanto extrativistas, possibilitou às catadoras o direito de falar e expor suas opiniões.
    Como parte dos resultados, a participação das catadoras de mangaba nas decisões vêm estabelecendo modelos de gestão desde o processo produtivo (definição de papéis, controle de horas trabalhadas, estocagem de ingredientes, até a distribuição dos lucros). Elas também já manifestam a preocupação em regulamentar a confecção dos produtos, demandando dos órgãos competentes a instalação de unidades de beneficiamento e processamento.
    Fonte: Nordeste Rural
     

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