sexta-feira, 9 de março de 2012

Dilma demite ministro do Desenvolvimento Agrário


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Florence será substituído pelo também petista Pepe Vargas. Florence estava sofrendo críticas dos movimentos sociais

Afonso Florence estava sendo alvo de críticas por causa da queda no número de assentamentos Afonso Florence estava sendo alvo de críticas por causa da queda no número de assentamentos (Wilson Dias/ABr)
Depois de passar o dia costurando acertos políticos com sua base partidária, que está rebelada, a presidente Dilma Rousseff decidiu substituir o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, pelo deputado federal, também petista, Pepe Vargas. Gaúcho, muito ligado a Dilma, Pepe substitui um ministro que estava sofrendo desgastes e críticas dos movimentos sociais por causa da queda no número de assentamentos.
O Planalto, no entanto, justifica que Florence sai para "cuidar de projetos políticos pessoais". Ele poderá disputar as eleições de outubro. Nota oficial assinada pela Secretaria de Imprensa diz que Florence deixa o cargo "depois de prestar importante colaboração ao governo e ao país". Ele retornará à Câmara dos Deputados.
Florence e Pepe Vargas pertencem à mesma corrente interna petista, a Democracia Socialista (DS), uma das mais radicais. Dessa forma, Dilma faz apenas uma reacomodação em seu ministério, sem mexer nas posições reservadas a partidos e a alas petistas. Desde que foi anunciada a possibilidade de a presidente fazer uma reforma ministerial o nome de Florence aparecia na lista dos candidatos a deixar o cargo.

Deputado federal de primeiro mandato, Florence volta à Câmara num momento em que a base de sustentação do governo vive um momento de conflagração. Nesta semana o PMDB da Câmara divulgou um manifesto com ataques ao PT, que estaria avançando sobre municípios dominados pelos peemedebistas.

Desistência - Florence tornou-se ministro do Desenvolvimento Agrário por conta da desistência do senador Walter Pinheiro (PT-BA), também da DS, o primeiro a ser convidado para o cargo. Pinheiro disse a Dilma Rousseff que não gostaria de assumir um ministério, pois queria sentir o gosto de sentar-se na cadeira de senador, para a qual foi eleito. Dilma então sugeriu que ele indicasse um substituto. Pinheiro escolheu Florence.

O assentamento de apenas 22 000 famílias no ano passado pelo programa de reforma agrária fez com que o governo da presidente Dilma Rousseff batesse um recorde negativo numa área comumente agitada, com lideranças ligadas aos petistas. Nos últimos 16 anos, foi o menor número de famílias beneficiadas, de acordo com números do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
(Com Agência Estado)

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