quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Vinte anos depois, líder comunista pede julgamento de responsáveis pelo fim da URSS

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Para Ivan Melnikov, acordos liderados por Boris Yeltsin foram uma traição ao povo







Um crime contra o interesse nacional. Para o vice-presidente do Partido Comunista da Rússia, Ivan Melnikov, assim foi a assinatura dos acordos de Belovezhskaya Pushcha, que há 20 anos selaram o fim da União Soviética, com a criação da CEI (Comunidade dos Estados Independentes).


Melnikov defendeu que os responsáveis pela assinatura do acordo sejam julgados. O principal deles, contudo, não poderá ser levado à Justiça, já que Boris Yeltsin, que viria a ser o primeiro presidente da Federação Russa, morreu em 2007. Estão vivos, porém os então presidentes da Bielorrússia, Stanislau Shushkevich, e da Ucrânia, Leonid Kravchuk.

"O dia da assinatura dos acordos de Belovezhskaya Pushcha é o dia da traição aos interesses do Estado, as suas conquistas históricas, ao seu povo e a toda uma geração de patriotas soviéticos", disse Ivan Melnikov à agência local Interfax.

Segundo o parlamentar, que foi vice-presidente da Duma, a câmara baixa do Congresso russo, "as pessoas que puseram uma cruz sobre uma forte estrutura geopolítica criada por nossos pais e avôs devem ser julgados". Para ele, os acordos "afetaram muitas famílias e puseram fronteiras estatais entre esposas e maridos, irmãs e irmãos".

"As causas de muitos problemas que afetaram os chamados 'estados independentes' não são apenas de terem liberais desaforados e burocratas corruptos no governo, mas no enfraquecimento da economia nacional e da segurança, na fratura de toda uma cobertura cultural e econômica", destacou Melnikov.


rferl.org


Líderes da Rússia, da Ucrânia e da Bielorrússia assinam a criação da CEI e aceleram derrocada da URSS

As iniciativas promovidas, entre outros, pelo primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, para formar novas estruturas supranacionais no território pós-soviético, como no caso da chamada União Euro-asiática, não foram apreciadas pelo vice-presidente do PCR.

"São oligarcas das antigas repúblicas soviéticas que tentam ampliar seus mercados, procuram novos benefícios, e as consequências disso podem ser vistas no exemplo da União Europeia, onde o bloco se formou na base do dinheiro e dos interesses materiais", apontou.

*Com informações da Efe.

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