segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A solidão funerária de Joãozinho Trinta

O carnavalesco Joãozinho Trinta morreu no Maranhão, mas sua morte não foi muito sentida pelos maranhenses. Talvez porque abraçara um folguedo de pouco apelo popular no Estado, a Escola de Samba. Talvez porque se afastara do Estado, para viver no Rio de Janeiro, onde se tornou uma celebridade, por seu inegável talento artístico.

Leio na web que o assistente de Joãozinho lamenta a ausência dos maranhenses no velório do carnavalesco. Realmente, o féretro nem de longe lembrará o carinho que o povo do Rio de Janeiro teria por Joãozinho. Não seria diferente, aqui, em relação a várias celebridades, que, para se tornarem famosas, tiveram que sair da província, e se desgarrar de sua terra natal.

A solidão do povo, realmente, assusta qualquer artista. Mas isso não quer dizer absolutamente que os maranhenses não reconheçam e não agradeçam a Joãozinho tudo o que fez pelo Carnaval. Apenas o sentimento do povo para quem fica é diferente do sentimento em relação a quem vai.

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