Semana passada, a imagem de Iemajá, no Porto de Itaqui, foi transferida de lugar. A imagem já estava ali, há cerca de 30 anos, quando, no início da década de setenta, a Companhia dos Portos se debatia com acidentes misteriosos que ocorriam no lugar.
Após a mudança de lugar da imagem, novo acidente com um grande navio, alugado pela Vale do Rio Doce. A embarcação ficou impossibilitada de seguir viagem, para o porto de Holanda. E o navio era novíssimo, segundo informam os noticiários, mas apresentou um vazamento inexplicável.
Os mais velhos moradores de São Luís lembram ainda que, por ocasião da construção do primeiro píer do Porto do Itaqui, o berço, já concretado, desmoronava inexplicavelmente.
De fato, no início da década de 70, vários terreiros de São Luís organizaram uma grande festa em homenagem a Princesa Ina, uma das filhas do encantado rei Sebastião, devido essa entidade estar furiosa, afundando muitos navios, e provocando acidentes com trabalhadores, na época da construção do Porto.
Segundo os antigos, o Porto de Itaqui foi construído exatamente em cima da morada do rei Sebastião, encantado proeminente nos terreiros de Mina do Maranhão. Por várias vezes líderes religiosos foram convidados a comparecer ao Itaqui pela própria CODOMAR, para arrefecer os ânimos dos encantados.
No dia de Nossa Senhora da Conceição - Iemanjá para muitos maranhenses - a contribuição religiosa de matriz africana convida a uma reflexão: a modernidade não irá a lugar algum sem respeito à tradição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário