quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Policiais da Seic detêm homem que se passava por procurador federal

http://www.jornalpequeno.com.br/2010/12/8/policiais-da-seic-detem-homem-que-se-passava-por-procurador-federal-139940.htm


POR GABRIELA SARAIVA


Depois de serem acionados pelo delegado geral, Nordman Ribeiro, policiais da Superintendência de Investigações Criminais (Seic) prenderam, no povoado Apicum da Pindoba, por volta das 12h30, Elves Rodrigues Vale, 50 anos. Ele estava se fazendo passar por procurador federal, durante uma reunião com a comunidade, para discutir o conflito de terra na região.

De acordo com o superintendente de Investigações Criminais, delegado Marcos Affonso Júnior, a polícia ficou sabendo do caso depois que a Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil entrou em contato com o delegado geral, informando a presença do falso procurador federal na comunidade. Elves chegou até o local acompanhado do delegado Almir Macedo e da advogada da empresa Enciza Engenharia Civil Ltda, a qual a área pertenceria.

Na delegacia, tanto o delegado Almir Macedo quanto a advogada, que não teve o nome divulgado, afirmaram que Elves se apresentou como procurador federal. Segundo o delegado Marcos Affonso, a advogada contou que recebeu uma ligação da Enciza, informando que um procurador federal iria acompanhá-la na reunião e que ele se apresentou como tal.

Ao ser questionado no local, pelo delegado Marcos Affonso, se era procurador federal, Elves teria negado. No carro alugado pelo falsário, que estava estacionado no Shopping do Automóvel, no Calhau, um Corsa Classic prata – placa NNF-6564, a polícia encontrou a carteira falsa do Ministério Público, com o cargo de procurador federal. Na casa do acusado, localizada na Rua Espírito Santo, n° 340, Chácara Brasil – Turu, a polícia apreendeu vários documentos, entre eles registros de cartório, plantas de terreno, escrituras, documentos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Certidão Negativa de Débito Rural, cópias do Mandado de Segurança da fazenda Três Irmãos e Vale Verde Carvoaria assinada pela relatora Nelma Celeste Souza Silva Sarney Costa.

Segundo o delegado Breno Galdino, do Departamento de Combate a Crimes Tecnológicos, que está responsável pelo caso, contra Elves Rodrigues Vale vai ser feito um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por falsa identidade e instaurado um inquérito para apurar falsificação do documento. O delegado ainda informou que todo o documento apreendido será minuciosamente analisado por ele e que é provável que o acusado possa responder por mais crimes.

Ação da comunidade – Conforme Diogo Cabral, da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão (OAB-MA), uma das moradoras da comunidade, identificada como Maria da Conceição, entrou em contato com ele para informar que havia um homem se dizendo ser procurador federal, que estava querendo se reunir com a comunidade, afirmando que uma empresa de Fortaleza havia comprado o terreno, onde moram as 260 famílias, e que estava disposta a doar parte dele para as pessoas. Desconfiado, Diogo contou que entrou em contato com a Procuradoria da República que lhe informou que não havia nenhum procurador federal em São Luís. Tentado desmascarar o falsário, Diogo se fez passar por um trabalhador rural da região e ligou para ele dizendo que estava disposto a negociar a terra onde morava, e Elves teria afirmado que tinha uma proposta a lhe fazer.

No final da manhã de ontem, segundo a lavradora Rosângela Maria Ferreira, Elves chegou à comunidade, na companhia de uma advogada da empresa Enciza e do delegado Almir Macedo, e falou para todo o grupo que estava lá em missão de paz e que uma empresa de Fortaleza iria registrar um documento, doando a terra. “Depois que Rafael e Diogo, nossos advogados, chegaram lá, ele saiu do local ‘de fininho’, dizendo que estava com calor e iria pegar um vento”, detalhou Rosângela Ferreira.

Percebendo a demora do suposto procurador federal, alguns lavradores saíram à sua procura e o encontraram escondido dentro do polo agrícola, esperando um táxi para fugir. Os moradores impediram a fuga de Elves e o seguraram no local até a chegada da polícia.



Um comentário:

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