sexta-feira, 26 de novembro de 2010

5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul


RICARDO DARÍN É HOMENAGEADO


EM FESTIVAL QUE PERCORRE


20 CAPITAIS BRASILEIRAS


*exibições gratuitas acontecem de 8/11 a 19/12 em 20 capitais do país*

*ator argentino Ricardo Darín é homenageado e tem presença confirmada no evento*

*programação reúne 41 filmes, representando dez países da América do Sul*

*“Direito à Memória e à Verdade” é o tema da Retrospectiva Histórica, com clássicos como “A Batalha do Chile”, “A História Oficial” e “Pra Frente, Brasil”*

*acessibilidade garantida para pessoas com deficiência em todas as salas de cinema*

*sessões com audiodescrição e closed caption*

*entre os destaques está “Abutres”, novo trabalho do argentino Pablo Trapero*

Uma homenagem ao ator argentino Ricardo Darín, com presença do próprio, a Retrospectiva Histórica “Direito à Memória e à Verdade”, reunindo alguns títulos clássicos da cinematografia sul-americana e uma mostra contemporânea, que exibe diversas obras premiadas internacionalmente e inéditas no país.

Este é o cardápio da 5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, que exibe a partir de 8 de novembro, com entrada franca, 41 títulos em 20 capitais brasileiras: Aracaju (10-16/12), Belém (25-28/11 e 2-5/12), Belo Horizonte (13-19/12), Brasília (16-23/11), Cuiabá (10-18/11), Curitiba (17-23/11), Fortaleza (8-14/11), Goiânia (3-9/12), João Pessoa (11-18/11), Maceió (29/11-9/12), Manaus (29/11-5/12), Natal (18-25/11), Porto Alegre (23-28/11), Recife (6-12/12), Rio Branco (6-12/12), Rio de Janeiro (25/11-2/12), Salvador (3-9/12), São Luís (29/11-5/12), São Paulo (19-25/11) e Teresina (11-17/11).

No total, estão representados nesta quinta edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul dez países da América do Sul: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

Uma realização da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com produção da Cinemateca Brasileira, patrocínio da Petrobras através da Lei Rouanet e apoio da TV Brasil, o evento é dedicado a obras que abordam questões referentes aos direitos humanos, produzidas recentemente nos países sul-americanos. Em todas as cidades, as salas de cinema são acessíveis para pessoas com deficiência e a programação contempla sessões com audiodescrição e closed caption, garantindo o acesso aos deficientes visuais e auditivos.

A 5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul conta com apoio do Ministério das Relações Exteriores, da TV Brasil e da Sociedade Amigos da Cinemateca. As obras mais votadas pelo público são contempladas com o Prêmio Aquisição TV Brasil nas categorias longa, média e curta-metragem. A programação tem curadoria do cineasta e curador Francisco Cesar Filho. Mais detalhes podem ser acessados através do website www.cinedireitoshumanos.org.br.

Homenagem a Ricardo Darín

Entre os destaques está a homenagem ao ator Ricardo Darín, um dos mais populares atores da televisão e do cinema argentino, consagrado com o sucesso popular do longa-metragem “O Filho da Noiva” (de Juan José Campanella, 2001), presentes na programação.

Ricardo Darín comparece ao evento e apresenta a sessão em São Paulo do longa inédito no Brasil "Abutres", obra lançada no Festival de Cannes de 2010 e dirigida pelo consagrado diretor argentino Pablo Trapero. No filme, o ator vive um advogado em busca de vítimas de acidentes de trânsito para tirar a maior indenização possível das seguradoras e ficar com uma gorda comissão.

Outros títulos da homenagem são “Kamchatka”, filme indicado ao Oscar dirigido por Marcelo Piñeyro (2002), e “XXY”, de Lúcia Puenzo (2006), vencedor da Semana da Crítica do Festival de Cannes.

Retrospectiva Histórica – Direito à Memória e à Verdade


“Direito à Memória e à Verdade” é o mote que rege a Retrospectiva Histórica desta edição do evento, reunindo títulos que retratam fatos e conseqüências de ditaduras militares que assolaram a América do Sul em décadas recentes.

Uma das únicas produções latino-americanas a conquistar o Oscar de melhor filme estrangeiro e considerado o filme argentino mais premiado de todos os tempos, “A História Oficial” (de Luís Puenzo, 1985) tem como protagonista uma professora de história com a suspeita de que a menina que adotou seja filha de uma desaparecida política, vítima da repressão militar. Por seu trabalho como protagonista do longa, Norma Aleandro foi considerada como a melhor atriz do Festival de Cannes.

Estrelado por Reginaldo Farias e Antônio Fagundes, o brasileiro “Pra Frente, Brasil” (Roberto Farias, 1982) teve sua exibição inicialmente censurada, sendo liberado posteriormente. Seu enredo se passa à época dos chamados anos de chumbo. Enquanto a Seleção Brasileira de Futebol conquistava a Copa do Mundo sediada no México, prisioneiros políticos eram torturados por agentes da repressão oficial e inocentes acabavam sendo vítimas dessa violência.

Considerado um dos melhores e mais completos documentários latino-americanos, “A Batalha do Chile” é o resultado de seis anos de trabalho do cineasta Patricio Guzmán. A 5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul exibe a segunda das três partes da obra, intitulada “O Golpe Militar” (1977), a 2ª parte, “O Golpe de Estado”, no qual são documentados com detalhes todos os momentos que antecederam a derrubada do presidente Salvador Allende.


Outros títulos presentes na Retrospectiva Histórica são os brasileiros “O Ano Em Que Meus Pais Sairam de Férias” (Cao Hamburger, 2006), “Vlado – 30 Anos Depois” (João Batista de Andrade, 2005) e “Hércules 56” (Sílvio Da-Rin, 2006).

Contemporâneos

A seção traz obras assinadas pelos brasileiros Tata Amaral (com o curta “Carnaval dos Deuses”, parte do longa internacional de episódios ainda inédito “Then and Now - Beyond Borders and Differences”) e Evaldo Mocarzel (“Cinema de Guerrilha”, sobre jovens realizadores audiovisuais moradores de periferia), além de várias produções inéditas no Brasil.

Exibido pela primeira vez no Brasil, o argentino “Imagem Final” (de Andrés Habegger), apresenta uma reveladora investigação sobre a morte do fotojornalísta Leonardo Henrichsen que, em Santiago do Chile nas movimentações pré-golpe de estado de junho de 1973, filma sua própria morte, em uma das imagens mais famosas da História. 33 anos mais tarde, um jornalista chileno descobre a identidade do homem que o matou.

Também inédito é “Rosita Não Se Desloca” (de Alessandro Acito e Leonardo Valderrama), produção colombiana sobre uma pequena agricultora indígena da Colômbia, personagem das ruas de Bogotá, uma das mais de três mil pessoas expulsas de suas terras (“desplazadas”), seja pelas FARC, seja pelo exército do governo ou ainda pelas forças paramilitares.

Outro lançamento no país é o paraguaio “108”, de Renate Costa, no qual a diretora, na busca pelos rastros da vida de seu tio, descobre que na década de 1980 (quando o Paraguai vivia sob ditadura comandada pelo general Alfredo Stroessner), ele teria sido incluído em uma das “108 listas de homossexuais”, preso e torturado.

A seção inclui ainda a produção argentina “Andrés Não Quer Dormir a Sesta”, vencedora do prêmio do público no Festival de Montreal e de outras três láureas no Festival de Trieste. Passado nos anos 70 e estrelado por Norma Aleandro (de “A História Oficial”), o filme acompanha um garoto que passa a residir em um bairro onde funciona um centro de detenção clandestino.

Eleito melhor longa-metragem documental no Festival de Paulínia deste ano, “Leite e Ferro”, de Claudia Priscilla, traça um retrato da vivência da maternidade em uma situação-limite, abordando amamentação, sexualidade, drogas e religião no cárcere.


A morte sob tortura do operário comunista Manoel Fiel Filho por agentes da repressão, em 1976, nos porões do DOI-CODI de São Paulo, é a base do longa “Perdão, Mister Fiel”, de Jorge Oliveira, que discute a intervenção dos Estados Unidos nos países da América do Sul, nas décadas de 1970 e 1980, e a caça impiedosa aos comunistas, através da “Operação Condor”, idealizada pela CIA, e adotada pelo regime do general chileno Augusto Pinochet.

Co-produção entre o Uruguai e a Argentina, “O Quarto de Leo”, de Henrique Buchichio, focaliza um jovem em pleno processo de autoaceitação e definição sexual, que reencontra-se com uma ex-colega de escola primária de quem gostava quando eram crianças, e que agora vive sua própria crise pessoal. Este reencontro casual terá repercussões nos conflitos de cada um, sem que nenhum deles saiba realmente o que acontece com o outro.

Completam a programação uma série de curtas-metragens de sucesso no circuito de festivais, como “Meu Companheiro” (Juan Darío Almagro, Argentina) e os brasileiros “A Casa dos Mortos” (Débora Diniz) e “Bailão” (Marcelo Caetano).


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F&M Procultura



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