sábado, 31 de agosto de 2013

EUA comemoraram 50 anos do discurso de Martin Luther King


No último dia 24, milhares de pessoas participaram de uma marcha em Washington para marcar os 50 anos de aniversário do discurso histórico do ativista Martin Luther King pela igualdade de direitos entre negros e brancos.




"Nós venceremos", dizia o refrão entoado neste sábado por milhares de pessoas em Washington. A mesma música que marcou a marcha pelo trabalho e pela liberdade em 28 de agosto de 1963. O dia em que Martin Luther King entrou para a história.
O reverendo que pregava protestos pacíficos fez uma cobrança dura: a prosperidade da América não tinha chegado aos negros, 100 anos depois da abolição dos escravos. Em muitos estados, os negros não votavam nem podiam dividir a mesma mesa com os brancos.
"Eu tenho um sonho. De que um dia meus filhos vão viver numa nação onde não serão julgados pela cor da pele, e sim pelo caráter", dizia o reverendo.
O sonho de Luther King foi revivido na mesma cidade onde um negro hoje governa o país mais poderoso do mundo.
O procurador-geral da república, Eric Holder, disse que a marcha agora inclui mulheres, imigrantes, homossexuais e pessoas com deficiência que lutam por oportunidade e tratamento justo.
O sonho do meu pai ainda não foi realizado, bradou o filho de Luther King, lembrando que 38% das crianças negras americanas são pobres.
E 50 anos depois, a desigualdade ainda é enorme. A renda dos brancos americanos é em média o dobro da dos negros. Em Nova York, os negros continuam sendo os principais alvos da polícia. E a maioria ainda mora em bairros afastados, que são verdadeiros guetos - longe das principais escolas e dos melhores empregos.
Um dos oradores da marcha histórica, o deputado John Lewis, diz que houve um grande progresso, mas que ainda há uma grande distância a percorrer. Milhões de nossos irmãos ainda não têm trabalho 50 anos depois.
Com informações de g1.globo.

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