Sobre o Maranhão
junho 18th, 2010 às 16:15
Não comentei o assunto por toda a quinta-feira porque acho que mais importante do que ficar publicando certas iniciativas que tomo é que elas sejam eficazes. Mesmo tento saído notas em O Globo e no Valor Econômico sobre o fato de eu e o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, estarmos fazendo força por uma aliança, já no primeiro turno, entre Jackson Lago, do PDT, e o deputado Flávio Dino, do PCdoB, achei melhor ficar quieto.
Jackson é um histórico lutador da esquerda maranhense. Médico, professor, é um homem simples e honrado. Foi vítima de um dos maiores paradoxos da Justiça Brasileira: ser punido por um suposto abuso de poder político e econômico contra o mais poderoso – política e economicamente – clã maranhense, a família Sarney.
Flávio Dino é uma grata revelação da política. Um homem que deixou a segurança do cargo de juiz para descer à luta rasa – e dura – da política. Alguém sobre quem tenho de testemunhar a enorme correção com que tratou todas as negociações que travamos.
Tenho trabalhado para que os dois estejam juntos. É onde devem estar os homens de bem do Maranhão, seja de que partido forem.
Entendo as razões do presidente Lula e dos dirigentes do PT. Não pensem que sou um purista inconsequente que, diante do destino do país, hesitaria ante decisões difíceis como as que Lula tem de tomar.
Não colocou o interesse partidário sobre o interesse nacional. E tenho certeza que nenhum de nós ficaria feliz em saber que faltaram 500 mil ou um milhão de votos maranhenses para que vencesse o projeto de Brasil que Lula e Dilma defendem, por ele não haver cedido às pressões que de lá vinham.
Nosso foco não deve ser criticar Lula pelo que ele foi obrigado a fazer.
Nosso foco deve ser em livrar Lula destas pressões e, ainda mais, livrar delas Dilma Roussef.
Sarney pressionou pelo apoio do PT a Roseana porque o clã Sarney sabe que Lula e Dilma serão os grandes eleitores no Maranhão.
Mas se os adversários de Sarney forem, mais do que qualquer sarneysta pode ser, os grandes defensores de Dilma no Maranhão, de que terá valido todo o lobby de Sarney?
É hora de uma grande reflexão e desapego nosso.
A luta contra Sarney não é apenas de Lago, Dino ou de Domingos Dutra.
Temos de nos unir e salvar o Maranhão de uma Sarney, a Roseana. E de livrar Lula de outro, o José Sarney.
Mas, sobretudo, temos de livrar o Brasil do pesadelo de um retrocesso.
Cabeça fria, pragmatismo, desambições pessoais. O Maranhão pode simbolizar um novo equilíbrio onde Dilma não tenha de sofrer as desumanas pressões com as quais Lula teve de conviver.
Não quero me alongar, nem entrar em detalhes que fazem parte do entendimento em curso.
Confiemos na sabedoria de nossos companheiros.
Mas, sobretudo, confiemos no povo, que é mais sábio que qualquer um de nós.
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sábado, 19 de junho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
O Judiciário e a Justiça Histórica
CARTA MAIOR - 21/05/2010
Uma inflexão na jurisprudência do STF de respeito ao pluralismo e aos direitos humanos pode implicar o regresso do Estado patrimonialista, o acirramento da discriminação anti-negros e a conflagração de novos conflitos fundiários, num país com histórica concentração de terras em poucas mãos.
Boaventura de Sousa Santos
Os últimos oito anos tiveram um significado especial na história do Brasil: o país assumiu finalmente a sua estatura mundial e passou a atuar em função dela. Isto teve um impacto significativo tanto no plano internacional como no plano interno. No plano internacional, o país passou a pensar e a agir por si, com um sábio equilíbrio entre o imperativo de não criar rupturas no sistema mundial e regional e a determinação em explorar ao máximo a margem de manobra deixada pelas continuidades. O big brother do Norte foi simultaneamente respeitado e deixado à distância (as teses mangabeirianas permaneceram, felizmente, muito minoritárias).
No plano interno, acelerou-se a longa transição do Estado patrimonialista para o Estado democrático, por três vias principais: reforço do contrato social através de transferências de rendimentos para as classes populares (Bolsa-Família) que, apesar de não tocarem no sistema que produz a desigualdade social, foram muito significativas; inovações de participação democrática (orçamento participativo municipal, conselhos municipais e estaduais de educação e saúde; conselho de desenvolvimento econômico e social; formas novas de acesso à justiça muitas vezes protagonizadas pelo próprio judiciário); abandono do preconceito da não existência do preconceito racial (ações afirmativas, reconhecimento da diversidade étnico-cultural; Raposa Serra do Sol). Tudo isto foi possível através da reversão de um dos dogmas do neoliberalismo: em vez de um Estado fraco como condição de uma sociedade civil forte, um Estado forte como condição de uma sociedade civil forte.
Como em todas as transições, nada é irreversível no ritmo e mesmo na direção das transformações e, por isso, passos à frente podem ser seguidos por passos atrás. A sociedade brasileira corre hoje o risco de dar um passo atrás. Está para ser julgada no Supremo Tribunal Federal a Ação Direta de Inconstitucionalidade 3239, de relatoria do Ministro Cezar Peluzo. Nessa ação, proposta em 2004 pelo antigo partido da Frente Liberal (PFL), atualmente Democratas (DEM), questiona-se o conteúdo do Decreto Federal 4887/2003 que regula a atuação da administração pública para efetivação do direito territorial étnico das comunidades de remanescentes de quilombo no Brasil.
A Constituição de 1988 afirmou o compromisso com a diversidade étnico-cultural do país, com a preservação da memória e do patrimônio dos “diferentes grupos formadores da sociedade” e reconheceu a propriedade definitiva dos “remanescentes de comunidades de quilombos” às terras que ocupam. A primeira regulamentação somente veio a ocorrer em 2001, exigindo, no entanto, a comprovação da ocupação desde 1888 para garantia do direito: era mais rigorosa, por exemplo, que os requisitos estabelecidos para usucapião e mantinha o conceito colonial e repressivo, presente no regulamento de 1740. Não à toa o decreto não se manteve, por inconstitucionalidade flagrante, com pareceres vinculantes da própria Advocacia Geral da União.
A nova regulamentação, que agora é atacada, veio em 2003 e tem como parâmetros os instrumentos internacionais de direitos humanos, que prevêem a auto-definição das comunidades e a necessidade de respeito de suas condições de reprodução histórica, social e cultural e de seus modos de vida característicos num determinado lugar. Está conforme a jurisprudência da Corte Interamericana que reconhece a propriedade para as comunidades negras, em decorrência do art. 21 da Convenção Americana, e também segue a orientação da OIT, que entendeu-lhes aplicável a Convenção nº 169, destacando a especial relação com as terras que ocupam ou utilizam para sua cultura e valores espirituais. Ambos os tratados de direitos humanos foram firmados pelo Brasil. Uma inflexão na jurisprudência do STF de respeito ao pluralismo e aos direitos humanos pode implicar o regresso do Estado patrimonialista, o acirramento da discriminação anti-negros e a conflagração de novos conflitos fundiários, num país com histórica concentração de terras em poucas mãos.
Nesta ação inúmeras organizações da sociedade civil, assim como os Estados do Pará e do Paraná apresentaram petições de Amicus Curiae para debater o tema. Diante da magnitude e controvérsia social do tema, pediram aos Ministros do STF que fosse realizada uma audiência pública. Esse requerimento ainda não foi apreciado pelo STF. Uma audiência pública para maiores esclarecimentos, tal como ocorreu nas ações afirmativas, células-tronco e anencefalia, seria muito importante. O atual momento de otimismo nacional, para ser verdadeiramente criador de futuro, deve ser partilhado por todos e sobretudo por aqueles a quem, no passado, foi negado o futuro. Nisto reside a justiça histórica.
Boaventura de Sousa Santos é sociólogo e professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (Portugal).
Uma inflexão na jurisprudência do STF de respeito ao pluralismo e aos direitos humanos pode implicar o regresso do Estado patrimonialista, o acirramento da discriminação anti-negros e a conflagração de novos conflitos fundiários, num país com histórica concentração de terras em poucas mãos.
Boaventura de Sousa Santos
Os últimos oito anos tiveram um significado especial na história do Brasil: o país assumiu finalmente a sua estatura mundial e passou a atuar em função dela. Isto teve um impacto significativo tanto no plano internacional como no plano interno. No plano internacional, o país passou a pensar e a agir por si, com um sábio equilíbrio entre o imperativo de não criar rupturas no sistema mundial e regional e a determinação em explorar ao máximo a margem de manobra deixada pelas continuidades. O big brother do Norte foi simultaneamente respeitado e deixado à distância (as teses mangabeirianas permaneceram, felizmente, muito minoritárias).
No plano interno, acelerou-se a longa transição do Estado patrimonialista para o Estado democrático, por três vias principais: reforço do contrato social através de transferências de rendimentos para as classes populares (Bolsa-Família) que, apesar de não tocarem no sistema que produz a desigualdade social, foram muito significativas; inovações de participação democrática (orçamento participativo municipal, conselhos municipais e estaduais de educação e saúde; conselho de desenvolvimento econômico e social; formas novas de acesso à justiça muitas vezes protagonizadas pelo próprio judiciário); abandono do preconceito da não existência do preconceito racial (ações afirmativas, reconhecimento da diversidade étnico-cultural; Raposa Serra do Sol). Tudo isto foi possível através da reversão de um dos dogmas do neoliberalismo: em vez de um Estado fraco como condição de uma sociedade civil forte, um Estado forte como condição de uma sociedade civil forte.
Como em todas as transições, nada é irreversível no ritmo e mesmo na direção das transformações e, por isso, passos à frente podem ser seguidos por passos atrás. A sociedade brasileira corre hoje o risco de dar um passo atrás. Está para ser julgada no Supremo Tribunal Federal a Ação Direta de Inconstitucionalidade 3239, de relatoria do Ministro Cezar Peluzo. Nessa ação, proposta em 2004 pelo antigo partido da Frente Liberal (PFL), atualmente Democratas (DEM), questiona-se o conteúdo do Decreto Federal 4887/2003 que regula a atuação da administração pública para efetivação do direito territorial étnico das comunidades de remanescentes de quilombo no Brasil.
A Constituição de 1988 afirmou o compromisso com a diversidade étnico-cultural do país, com a preservação da memória e do patrimônio dos “diferentes grupos formadores da sociedade” e reconheceu a propriedade definitiva dos “remanescentes de comunidades de quilombos” às terras que ocupam. A primeira regulamentação somente veio a ocorrer em 2001, exigindo, no entanto, a comprovação da ocupação desde 1888 para garantia do direito: era mais rigorosa, por exemplo, que os requisitos estabelecidos para usucapião e mantinha o conceito colonial e repressivo, presente no regulamento de 1740. Não à toa o decreto não se manteve, por inconstitucionalidade flagrante, com pareceres vinculantes da própria Advocacia Geral da União.
A nova regulamentação, que agora é atacada, veio em 2003 e tem como parâmetros os instrumentos internacionais de direitos humanos, que prevêem a auto-definição das comunidades e a necessidade de respeito de suas condições de reprodução histórica, social e cultural e de seus modos de vida característicos num determinado lugar. Está conforme a jurisprudência da Corte Interamericana que reconhece a propriedade para as comunidades negras, em decorrência do art. 21 da Convenção Americana, e também segue a orientação da OIT, que entendeu-lhes aplicável a Convenção nº 169, destacando a especial relação com as terras que ocupam ou utilizam para sua cultura e valores espirituais. Ambos os tratados de direitos humanos foram firmados pelo Brasil. Uma inflexão na jurisprudência do STF de respeito ao pluralismo e aos direitos humanos pode implicar o regresso do Estado patrimonialista, o acirramento da discriminação anti-negros e a conflagração de novos conflitos fundiários, num país com histórica concentração de terras em poucas mãos.
Nesta ação inúmeras organizações da sociedade civil, assim como os Estados do Pará e do Paraná apresentaram petições de Amicus Curiae para debater o tema. Diante da magnitude e controvérsia social do tema, pediram aos Ministros do STF que fosse realizada uma audiência pública. Esse requerimento ainda não foi apreciado pelo STF. Uma audiência pública para maiores esclarecimentos, tal como ocorreu nas ações afirmativas, células-tronco e anencefalia, seria muito importante. O atual momento de otimismo nacional, para ser verdadeiramente criador de futuro, deve ser partilhado por todos e sobretudo por aqueles a quem, no passado, foi negado o futuro. Nisto reside a justiça histórica.
Boaventura de Sousa Santos é sociólogo e professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (Portugal).
Declaração de Estado de Desobidência
PARTIDO DOS TRABALHADORESDIRETÓRIO MUNICIPAL DE IMPERATRIZ - MA DECLARAÇÃO DE ESTADO DE DESOBEDIÊNCIA A COMISSÃO EXECUTIVA DO PARTIDO DOS TRABALHADORES DO MUNICÍPIO DEIMPERATRIZ (MA), reunida extraordinariamente nesta quinta-feira, dia16 de junho de 2010, vem declarar-se em ESTADO DE DESOBEDIÊNCIA emrelação à Resolução do Diretório Nacional do PT, de 11 de junho de2010, que determinou apoio à candidata do PMDB ao governo do EstadodoMaranhão, Rosena Sarney, anulando a decisão legal, legítima e soberanade Encontro Estadual que rejeitou essa candidata e aprovou apoio aocandidato do PCdoB, deputado Flávio Dino, membro de um partidohistoricamente aliado ao PT e de mesmo campo politico-ideológico.É inconcebível e impossível nosso alinhamento ou apoio à candidata daoligarquia que há 45 anos oprime, massacra, marginaliza e leva à morteo povo do Maranhão, sob o comando do último coronel da políticabrasileira, o ex-presidente da República e atual presidente do Senado,José Sarney, que, sob sua gestão e de seus seguidores, levaram oEstado do Maranhão ao empobrecimento, ao analfabetismo, à violência, àindigência e aos piores índices sociais do país. Somos testemunhas deque a violência social e política, o atraso social, o retrocesso nocampo agrário e nas áreas urbanas, a perseguição e violência contratrabalhadores teve sempre o comando de pessoas ligadas ao grupoSarney; que o empobrecimento, a decadência e o atraso do nosso Estado,se deram ao longo dos sucessivos governos comandados por essaoligarquia, e o quanto seus representantes têm, ao longo destes trintaanos de existência do PT, perseguido e atentado contra as nossaslideranças políticas, sindicais, sociais e camponesas, das maisdiversas formas, buscando desmoralizar-nos e mesmo eliminar-nosfisicamente.Diante desses e de vários outros motivos, estamos resolvidos aRESISTIR e DESOBEDECER a essa Resolução Nacional, ilegítima, injusta eimoral, e fazermos campanha contra a candidatura da governadoraRoseana Sarney, em nome da história de luta de nossas vidas, de nossoPartido, da honra e memória dos companheiros, vivos e mortos, queconstruíram sonhos, sacrificaram suas vidas e de suas famílias,acreditando na construção de um Maranhão justo, livre e democrático.A partir de agora, declaramo-nos sob REBELDIA em relação a essadecisão vergonhosa do Diretório Nacional do PT, que desmoraliza cadaum dos autênticos petistas do Maranhão, e levantamo-nos em nome dosprincípios fundacionais de nosso Partido, das lutas sociais queempreendemos, dos trabalhadores que deram suas vidas combatendo aoligarquia Sarney e das gerações de maranhenses que se viram privadasda democracia, da liberdade e das conquistas econômicas e sociaisalcançadas pelo Brasil, relegadas que ficaram à mesmas condições doséculo XIX, em pleno século XXIAo mesmo tempo, solidarizamo-nos com o elevado gesto dos companheirosManoel da Conceição, fundador do PT nacional, do deputado federalDomingos Dutra e da ex-deputada federal Teresinha Fernandes, que,diante de tamanha desonra e humilhação, decidiram o extremo expedienteda greve de fome, na tentativa de sensibilizar o Diretório Nacional arever sua posição. A estes, pedimos que, diante da insensibilidade ecrueza do DN, suspendam esse ato e venham se juntar a nós numaincessante marcha contra a ditadura e a oligarquia Sarney, que somentese extinguirá com a nossa vitória.A todos os demais companheiros e Diretórios Municipais do PT noMaranhão, e aos demais que se solidarizam conosco de outros estados epaíses, pedimos que também expressem publicamente seu descontentamentoe revolta diante desse absurdo que se abate sobre nós.Imperatriz, MA, 16 de junho de 2010COMISSÃO EXECUTIVA MUNICIPALANDRÉ DA SILVA SANTOS – PRESIDENTEMANOEL PINTO SANTOS – VICE-PRESIDENTEADILENE RAMOS SOUSA – SECRETÁRIO GERALJONAS ALVES DOS REIS DIAS – SECRETÁRIO DE ORGANIZAÇÃOAURÉLIO GOMES DA SILVA – SECRETÁRIA DE FORMAÇÃOEULER RICARDO PITOL – SECRETÁRIO DE FINANÇASFRANCISCA PINTO – SECRETÁRIA DE MOVIMENTOS SOCIAISANTONIO LIMA – SECRETÁRIA DE ASSUNTOS AGRÁRIOSCARLOS HERMES FERREIRA DA CRUZ – SEC. DE COMUNICAÇÃOJOAO PAULO SANTANA MACIEL – SECRETÁRIO DE CULTURA
PCdoB e PDT nacionais buscam candidatura única no Maranhão.
"O tiro saiu pela culatra"! Essa frase se encaixa como uma luva na malfadada intervenção da direção nacional do PT no Maranhão para salvar a candidatura de Roseana sarney, principal remanescente da jurássica oligarquia sarneísta.
Na convenção nacional do PCdoB realizada nessa quarta em Brasília, além do apoio a Dilma Rousseff para presidente, ficou acertada que as direções nacionais do PCdoB e do PDT devem procurar caminhos para uma aliança que derrote eleitoralmente os dinossauros sarneístas e tire o Maranhão da barbárie e da pré-história.
A pauta para a aliança se baseia em duas pré-condições: a primeira é a avaliação que o TSE fará sobre o projeto Ficha Limpa, que impede a candidatura de políticos com processos em última instância em decisão colegiada. Nesta semana, o tribunal deve responder a uma segunda consulta para saber se a lei vale a partir de quando foi sancionada ou para processos anteriores a sua sanção, que ocorreu em 4 de junho. No caso afirmativo, Jackson estaria impossibilitado de concorrer, mas seria peça de importância vital numa ampla aliança para apear Roseana Sarney do poder.
A outra pré-condição é unificar o discurso em torno da Dilma Rousseff, o que criaria uma situação embaraçosa no arraial sarneísta, uma vez que PCdoB, PSB e PDT forçariam a quebra do palanque dilmista, inviabilizando Roseana de se apropriar sozinha dos dividendos nacionais. Esse ponto é importantíssimo, pois é atacar a estratégia montada pelo marqueteiro Duda Mendonça de "renovar" os dinossauros sarneístas com tinta de novidade.
Essa possível aliança entre PDT, PSB, PCdoB, PPS, entre outros, tira o sono de Roseana Sarney, tanto que ela já chamou seus empregados e disse que "quer que Jackson seja candidato". Ou seja, ela fez de tudo para ganhar de WO, mas agora corre sério risco de ver seu projeto se virar contra ela.
Ao contrário do que publicaram os blogs fâmulos do sarneísmo, o próprio Dino afirma que “é prematuro dizer que vou retirar a candidatura. É coisa muito incipiente, não chega a ser negociação. Faço porque compreendo a importância do projeto liderado pelo presidente Lula”.
Já para Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB, “não esperamos favores do PT". "Tratamos as divergências politicamente. Se não for assim, é difícil ganhar e é mais difícil governar. O PT criou um tipo de sinal que não é bom, o de constranger militantes”.
Com exceção do Maranhão, o PCdoB fará coligação com o PT em todo restante do país. Na convenção nacional, os comunistas prestaram solidariedade a Flávio Dino e aos companheiros do PT que ainda hoje protestam contra a intervenção, inclusive com greve de fome.
O clima entre os comunistas de todo país era de apreensão e de certa revolta para com a direção nacional do PT. Para alguns, esse é apenas o início dos novos rumos que o PT nacional irá buscar nesse novo governo, ratificando definitivamente sua essência liberal e socialdemocrata.
Postado por Cristiano Capovilla
Na convenção nacional do PCdoB realizada nessa quarta em Brasília, além do apoio a Dilma Rousseff para presidente, ficou acertada que as direções nacionais do PCdoB e do PDT devem procurar caminhos para uma aliança que derrote eleitoralmente os dinossauros sarneístas e tire o Maranhão da barbárie e da pré-história.
A pauta para a aliança se baseia em duas pré-condições: a primeira é a avaliação que o TSE fará sobre o projeto Ficha Limpa, que impede a candidatura de políticos com processos em última instância em decisão colegiada. Nesta semana, o tribunal deve responder a uma segunda consulta para saber se a lei vale a partir de quando foi sancionada ou para processos anteriores a sua sanção, que ocorreu em 4 de junho. No caso afirmativo, Jackson estaria impossibilitado de concorrer, mas seria peça de importância vital numa ampla aliança para apear Roseana Sarney do poder.
A outra pré-condição é unificar o discurso em torno da Dilma Rousseff, o que criaria uma situação embaraçosa no arraial sarneísta, uma vez que PCdoB, PSB e PDT forçariam a quebra do palanque dilmista, inviabilizando Roseana de se apropriar sozinha dos dividendos nacionais. Esse ponto é importantíssimo, pois é atacar a estratégia montada pelo marqueteiro Duda Mendonça de "renovar" os dinossauros sarneístas com tinta de novidade.
Essa possível aliança entre PDT, PSB, PCdoB, PPS, entre outros, tira o sono de Roseana Sarney, tanto que ela já chamou seus empregados e disse que "quer que Jackson seja candidato". Ou seja, ela fez de tudo para ganhar de WO, mas agora corre sério risco de ver seu projeto se virar contra ela.
Ao contrário do que publicaram os blogs fâmulos do sarneísmo, o próprio Dino afirma que “é prematuro dizer que vou retirar a candidatura. É coisa muito incipiente, não chega a ser negociação. Faço porque compreendo a importância do projeto liderado pelo presidente Lula”.
Já para Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB, “não esperamos favores do PT". "Tratamos as divergências politicamente. Se não for assim, é difícil ganhar e é mais difícil governar. O PT criou um tipo de sinal que não é bom, o de constranger militantes”.
Com exceção do Maranhão, o PCdoB fará coligação com o PT em todo restante do país. Na convenção nacional, os comunistas prestaram solidariedade a Flávio Dino e aos companheiros do PT que ainda hoje protestam contra a intervenção, inclusive com greve de fome.
O clima entre os comunistas de todo país era de apreensão e de certa revolta para com a direção nacional do PT. Para alguns, esse é apenas o início dos novos rumos que o PT nacional irá buscar nesse novo governo, ratificando definitivamente sua essência liberal e socialdemocrata.
Postado por Cristiano Capovilla
Patrus conversa com líderes petistas e pode aceitar ser vice de Costa
Ezequiel Fagundes - Estado de Minas
Thiago Ventura - Portal Uai
Publicação: 16/06/2010 20:11 Atualização: 16/06/2010 21:40
O ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias (PT), sinalizou que pode aceitar o convite para ser candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo senador Hélio Costa (PMDB). Patrus participou de uma reunião da corrente de esquerda "Coerência Petista", na noite desta quarta-feira em Belo Horizonte.
O ex-ministro reiterou que seu desejo pessoal é de não sair candidato nas eleições de outubro, mas disse que deve honrar os compromissos com o PT. Patrus vai consultar as lideranças ligadas ao sua linha e de outras correntes do partido antes de tomar a decisão.
Saiba mais...
Patrus e Hélio Costa se encontram no velório do ex-prefeito de Varginha
Busca por vice entra na reta final em Minas
Hélio Costa oferece um governo compartilhado a Patrus, no caso de vitória
Lula quer Patrus como vice de Hélio Costa, mas garante que não vai pressioná-lo a aceitar
PT mineiro cobra presença de Lula no palanque de Hélio Costa
"Tem pessoas com quem tenho conversado que levantam outras ponderações. Estou buscando a síntese entre o meu desejo pessoal e o sentimento das pessoas que sempre partilharam a minha caminhada e minhas posições políticas", declarou.
Um pedido do presidente Lula também será fator decisivo para Patrus aceitar o convite. O PT realiza neste final de semana um encontro para discutir as eleições de outubro.
O impasse para a formação chapa da base aliada do governo Lula em Minas, numa aliança entre PT e PMDB, foi agravado com a escolha de Hélio Costa para a cabeça de chapa. Será a primeira vez, desde 1982, que o PT não terá candidato a governador.
Lideranças dos dois partidos tentam consolidar Patrus Ananias, que perdeu as prévias para o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), como forma de unir as correntes petistas descontentes com a chapa.
Thiago Ventura - Portal Uai
Publicação: 16/06/2010 20:11 Atualização: 16/06/2010 21:40
O ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias (PT), sinalizou que pode aceitar o convite para ser candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo senador Hélio Costa (PMDB). Patrus participou de uma reunião da corrente de esquerda "Coerência Petista", na noite desta quarta-feira em Belo Horizonte.
O ex-ministro reiterou que seu desejo pessoal é de não sair candidato nas eleições de outubro, mas disse que deve honrar os compromissos com o PT. Patrus vai consultar as lideranças ligadas ao sua linha e de outras correntes do partido antes de tomar a decisão.
Saiba mais...
Patrus e Hélio Costa se encontram no velório do ex-prefeito de Varginha
Busca por vice entra na reta final em Minas
Hélio Costa oferece um governo compartilhado a Patrus, no caso de vitória
Lula quer Patrus como vice de Hélio Costa, mas garante que não vai pressioná-lo a aceitar
PT mineiro cobra presença de Lula no palanque de Hélio Costa
"Tem pessoas com quem tenho conversado que levantam outras ponderações. Estou buscando a síntese entre o meu desejo pessoal e o sentimento das pessoas que sempre partilharam a minha caminhada e minhas posições políticas", declarou.
Um pedido do presidente Lula também será fator decisivo para Patrus aceitar o convite. O PT realiza neste final de semana um encontro para discutir as eleições de outubro.
O impasse para a formação chapa da base aliada do governo Lula em Minas, numa aliança entre PT e PMDB, foi agravado com a escolha de Hélio Costa para a cabeça de chapa. Será a primeira vez, desde 1982, que o PT não terá candidato a governador.
Lideranças dos dois partidos tentam consolidar Patrus Ananias, que perdeu as prévias para o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), como forma de unir as correntes petistas descontentes com a chapa.
Líder busca solução para fim de greve de fome de petistas
www.informes.org.br
Manoel da Conceição Santos (75 anos) , um dos fundadores do PT, suspendeu hoje a greve de fome iniciada na última sexta-feira (11), no plenário da Câmara. Ele e o deputado Domingos Dutra (PT-MA), que permanece em greve de fome, protestam contra a decisão do Diretório Nacional do PT de anular a decisão do encontro estadual do PT no Maranhão de apoiar Flávio Dino (PCdoB-MA) na sucessão estadual e determinar ao partido apoio à candidatura de Roseana Sarney (PMDB) para o governo do Maranhão.
O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE), informou que houve contato com o presidente nacional do partido, José Eduardo Dutra que resultou em um processo de negociação com os petistas. “Estamos preocupados com a saúde de Manoel Santos, um companheiro histórico do PT e por quem temos o maior respeito”. Na negociação foram oferecidas alternativas para o PT do Maranhão conviver com a divergência no processo eleitoral.
O líder do PT disse que “o acordo está próximo de ser concluído e a suspensão da greve de fome, pelo menos para Manoel da Conceição, colabora no sentido de buscarmos uma solução negociada”.
Manoel da Conceição Santos (75 anos) , um dos fundadores do PT, suspendeu hoje a greve de fome iniciada na última sexta-feira (11), no plenário da Câmara. Ele e o deputado Domingos Dutra (PT-MA), que permanece em greve de fome, protestam contra a decisão do Diretório Nacional do PT de anular a decisão do encontro estadual do PT no Maranhão de apoiar Flávio Dino (PCdoB-MA) na sucessão estadual e determinar ao partido apoio à candidatura de Roseana Sarney (PMDB) para o governo do Maranhão.
O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE), informou que houve contato com o presidente nacional do partido, José Eduardo Dutra que resultou em um processo de negociação com os petistas. “Estamos preocupados com a saúde de Manoel Santos, um companheiro histórico do PT e por quem temos o maior respeito”. Na negociação foram oferecidas alternativas para o PT do Maranhão conviver com a divergência no processo eleitoral.
O líder do PT disse que “o acordo está próximo de ser concluído e a suspensão da greve de fome, pelo menos para Manoel da Conceição, colabora no sentido de buscarmos uma solução negociada”.
Nota de Repúdio
São Raimundo das Mangabeiras-MA
Rua Tenente Rosa, 140 – Centro – São Raimundo das Mangabeiras – MA
(99) 3532.1139 / ptmangabeiras@yahoo.com.br
NOTA DE SOLIDARIEDADE A
MANOEL DA CONCEIÇÃO E DOMINGOS DUTRA
E
NOTA DE REPÚDIO À DECISÃO DO DIRETÓRIO NACIONAL DO PT EM ANULAR, DE FORMA AUTOCRÁTICA E ILEGÍTIMA A DECISÃO DO PT NO MARANHÃO EM APOIAR NAS ELEIÇÕES DE 2010: FLÁVIO DINO (PCdoB) E TEREZINHA FERNANDES (PT),
GOVERNADOR E VICE-GOVERNADORA DO MARANHÃO
E A BIRA DO PINDARÉ (PT) AO SENADO FEDERAL.
O PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT) de São Raimundo das Mangabeiras, Estado do Maranhão, em reunião extraordinária de seu Diretório Municipal, em 15/junho/2010, resolve:
1. Prestar todo apoio e solidariedade aos companheiros de Luta e de Partido, Sr. Manoel Conceição Santos (Fundador do PT Nacional e Presidente de Honra do PT no Maranhão) e Sr. Domingos Dutra (Fundador do PT no Maranhão e Deputado Federal), que encontram-se em GREVE DE FOME num ato de protesto e de sensibilização política ao Diretório Nacional do PT em manter vivo no Maranhão os princípios da ética e da moral democrática, pressupostos que marcam essas duas personalidades políticas, revendo sua decisão, expressa aqui por muitos filiados, militantes e simpatizantes do PT de Mangabeiras-MA, como nojenta e autocrática, de anular nossa decisão estadual, avalizada pela legalidade estatutária do nosso partido e pela legitimidade dos delegados e delegadas que aprovaram a tática eleitoral para 2010 na aliança com o PCdoB e o PSB, tendo Flávio Dino e Terezinha Fernandes, Governador e Vice-Governadora do Maranhão e Bira do Pindaré, Senador da República. Essa decisão não fere e muito menos coloca em risco eleitoral nossa candidata a Presidência da República, a companheira Dilma Russef, pelo contrário, aumenta seu raio de intervenção no Maranhão, pelo grande sentimento de revolta e de mudança do nosso povo, representados nesses companheiros e aliado a austeridade e credibilidade política de Lula e Dilma no Maranhão, numa efervescência legítima e dos sussurros de vitória para tirar do atraso social, econômico, político e ambiental e dos caprichos vaidosos de poder de uma das últimas, se não da última, oligarquia do Brasil.
2. Manter e obedecer a decisão estadual tomada, dentro da legalidade e legitimidade interna do nosso partido, nos dias 27 e 28 de março de 2010, Encontro Estadual do Partido dos Trabalhadores do Maranhão, de criar um palanque a companheira DILMA RUSSEF, respaldado na força militante do PT e do PCdoB e dos sussurros de vitória do Povo e do Bloco Democrático e Popular, centrado nos movimentos sociais, sindicais e políticos maranhense, em realizar a aliança eleitoral de 2010 com o PCdoB e PSB, tendo FLÁVIO DINO E TEREZINHA FERNANDES, Governador e Vice-Governadora do Maranhão e BIRA DO PINDARÉ, Senador da República.
Entendemos que a SOLIDARIEDADE e a DEMOCRACIA, são construídas na mobilização e na participação permanente da classe trabalhadora nos espaços e nas políticas públicas voltadas para a revolução socialista silenciosa que estamos realizando no Brasil, utopia da classe trabalhadora, que os companheiros Manoel e Dutra representam, legados de muitos(as) que se foram ou que foram tirados do nosso meio, é a mesma causa que defendemos e que de fato, tinha razão o sábio MAO, a contradição principal ainda estava por vir, e veio com força arrebatadora. O impensável aconteceu! Como previa Manoel da Conceição e Manoel Filho em sua nota aos petistas intitulada: “O PT NA MAIOR ENCRUZILHADA HISTÓRICA NO MARANHÃO...” mas, parte daqueles que comandam o partido nacionalmente não entenderam ou se fizerem de rogados quanto a ultima frase da NOTA: “... A VITÓRIA É DA ÉTICA PETISTA”, pois, subjugaram e subestimaram a força e o espírito revolucionário que tem as bases e os dirigentes petistas maranhenses de companheiros históricos, como Manoel e Dutra, que conhecemos em momentos difíceis, em pleno regime militar, no exílio na Suíça, na construção do PT Nacional, na direção da CUT, nas oposições e direções de sindicatos, nos movimentos populares diversos, nas grandes manifestações de trabalhadores, nas várias campanhas eleitorais contra as forças oligárquicas e os partidos de direita. Pois bem, ali estavam, Manoel da Conceição e Domingos Dutra, servindo mais uma vez na defesa intransigente do PT e do Povo do Maranhão em detrimento aqueles que ao longo de 40 anos somente trouxeram o atraso, a vaidade e arrogância como poder político e o massacre ao Povo e ao Ambiente Maranhense.
Concluímos esta, reiterando de “punhos cerrados” nosso apoio e condição de lutar e realizar uma campanha eleitoral digna do Partido dos Trabalhadores, tendo como referência os históricos: Marx, Mao, Fidel, Rosa, Zumbi, Ghandi, Margarida, Pe. Josimo, e os contemporâneos: Manoel, Dutra, Terezinha, Valdinar, Bira do Pindaré, Sônia, Joaquim e muitos(as) que nos ensinam seu ardente patriotismo, seu amor apaixonado pela liberdade, pela dignidade e o decoro humano, seu repúdio ao despotismo e sua fé ilimitada no povo...
VIVA O PARTIDO DOS TRABALHADORES – ESSA ESTRELA É NOSSA!
Diretório Municipal do PT de Mangabeiras-MA, 15 de junho de 2010.
Neurivan de Sousa Fernandes – Presidente
Isaias Lima de Sousa – Vice-Presidente
Marlene de Sousa Pereira – Secretária Geral
José Ribamar dos Anjos – Secretário de Finanças
Gilvan de Sousa Sá – Secretário de Organização Política
Alberto Ferreira Passos – Secretário de Articulação e Mobilização
Sônia Maria Vieira da Silva Miranda – Secretária de Formação Política
Gilberto Lima Barros – Secretário de Juventude
Marlene Rodrigues Miranda – Secretária de Mulheres
Marciano Rodrigues Miranda – Secretário de Movimentos Sindicais
Joaquim Alves de Sousa – Secretário de Assuntos Institucionais
Aldecy Pereira – Secretário Municipal de Agricultura de Mangabeiras-MA
Rua Tenente Rosa, 140 – Centro – São Raimundo das Mangabeiras – MA
(99) 3532.1139 / ptmangabeiras@yahoo.com.br
NOTA DE SOLIDARIEDADE A
MANOEL DA CONCEIÇÃO E DOMINGOS DUTRA
E
NOTA DE REPÚDIO À DECISÃO DO DIRETÓRIO NACIONAL DO PT EM ANULAR, DE FORMA AUTOCRÁTICA E ILEGÍTIMA A DECISÃO DO PT NO MARANHÃO EM APOIAR NAS ELEIÇÕES DE 2010: FLÁVIO DINO (PCdoB) E TEREZINHA FERNANDES (PT),
GOVERNADOR E VICE-GOVERNADORA DO MARANHÃO
E A BIRA DO PINDARÉ (PT) AO SENADO FEDERAL.
O PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT) de São Raimundo das Mangabeiras, Estado do Maranhão, em reunião extraordinária de seu Diretório Municipal, em 15/junho/2010, resolve:
1. Prestar todo apoio e solidariedade aos companheiros de Luta e de Partido, Sr. Manoel Conceição Santos (Fundador do PT Nacional e Presidente de Honra do PT no Maranhão) e Sr. Domingos Dutra (Fundador do PT no Maranhão e Deputado Federal), que encontram-se em GREVE DE FOME num ato de protesto e de sensibilização política ao Diretório Nacional do PT em manter vivo no Maranhão os princípios da ética e da moral democrática, pressupostos que marcam essas duas personalidades políticas, revendo sua decisão, expressa aqui por muitos filiados, militantes e simpatizantes do PT de Mangabeiras-MA, como nojenta e autocrática, de anular nossa decisão estadual, avalizada pela legalidade estatutária do nosso partido e pela legitimidade dos delegados e delegadas que aprovaram a tática eleitoral para 2010 na aliança com o PCdoB e o PSB, tendo Flávio Dino e Terezinha Fernandes, Governador e Vice-Governadora do Maranhão e Bira do Pindaré, Senador da República. Essa decisão não fere e muito menos coloca em risco eleitoral nossa candidata a Presidência da República, a companheira Dilma Russef, pelo contrário, aumenta seu raio de intervenção no Maranhão, pelo grande sentimento de revolta e de mudança do nosso povo, representados nesses companheiros e aliado a austeridade e credibilidade política de Lula e Dilma no Maranhão, numa efervescência legítima e dos sussurros de vitória para tirar do atraso social, econômico, político e ambiental e dos caprichos vaidosos de poder de uma das últimas, se não da última, oligarquia do Brasil.
2. Manter e obedecer a decisão estadual tomada, dentro da legalidade e legitimidade interna do nosso partido, nos dias 27 e 28 de março de 2010, Encontro Estadual do Partido dos Trabalhadores do Maranhão, de criar um palanque a companheira DILMA RUSSEF, respaldado na força militante do PT e do PCdoB e dos sussurros de vitória do Povo e do Bloco Democrático e Popular, centrado nos movimentos sociais, sindicais e políticos maranhense, em realizar a aliança eleitoral de 2010 com o PCdoB e PSB, tendo FLÁVIO DINO E TEREZINHA FERNANDES, Governador e Vice-Governadora do Maranhão e BIRA DO PINDARÉ, Senador da República.
Entendemos que a SOLIDARIEDADE e a DEMOCRACIA, são construídas na mobilização e na participação permanente da classe trabalhadora nos espaços e nas políticas públicas voltadas para a revolução socialista silenciosa que estamos realizando no Brasil, utopia da classe trabalhadora, que os companheiros Manoel e Dutra representam, legados de muitos(as) que se foram ou que foram tirados do nosso meio, é a mesma causa que defendemos e que de fato, tinha razão o sábio MAO, a contradição principal ainda estava por vir, e veio com força arrebatadora. O impensável aconteceu! Como previa Manoel da Conceição e Manoel Filho em sua nota aos petistas intitulada: “O PT NA MAIOR ENCRUZILHADA HISTÓRICA NO MARANHÃO...” mas, parte daqueles que comandam o partido nacionalmente não entenderam ou se fizerem de rogados quanto a ultima frase da NOTA: “... A VITÓRIA É DA ÉTICA PETISTA”, pois, subjugaram e subestimaram a força e o espírito revolucionário que tem as bases e os dirigentes petistas maranhenses de companheiros históricos, como Manoel e Dutra, que conhecemos em momentos difíceis, em pleno regime militar, no exílio na Suíça, na construção do PT Nacional, na direção da CUT, nas oposições e direções de sindicatos, nos movimentos populares diversos, nas grandes manifestações de trabalhadores, nas várias campanhas eleitorais contra as forças oligárquicas e os partidos de direita. Pois bem, ali estavam, Manoel da Conceição e Domingos Dutra, servindo mais uma vez na defesa intransigente do PT e do Povo do Maranhão em detrimento aqueles que ao longo de 40 anos somente trouxeram o atraso, a vaidade e arrogância como poder político e o massacre ao Povo e ao Ambiente Maranhense.
Concluímos esta, reiterando de “punhos cerrados” nosso apoio e condição de lutar e realizar uma campanha eleitoral digna do Partido dos Trabalhadores, tendo como referência os históricos: Marx, Mao, Fidel, Rosa, Zumbi, Ghandi, Margarida, Pe. Josimo, e os contemporâneos: Manoel, Dutra, Terezinha, Valdinar, Bira do Pindaré, Sônia, Joaquim e muitos(as) que nos ensinam seu ardente patriotismo, seu amor apaixonado pela liberdade, pela dignidade e o decoro humano, seu repúdio ao despotismo e sua fé ilimitada no povo...
VIVA O PARTIDO DOS TRABALHADORES – ESSA ESTRELA É NOSSA!
Diretório Municipal do PT de Mangabeiras-MA, 15 de junho de 2010.
Neurivan de Sousa Fernandes – Presidente
Isaias Lima de Sousa – Vice-Presidente
Marlene de Sousa Pereira – Secretária Geral
José Ribamar dos Anjos – Secretário de Finanças
Gilvan de Sousa Sá – Secretário de Organização Política
Alberto Ferreira Passos – Secretário de Articulação e Mobilização
Sônia Maria Vieira da Silva Miranda – Secretária de Formação Política
Gilberto Lima Barros – Secretário de Juventude
Marlene Rodrigues Miranda – Secretária de Mulheres
Marciano Rodrigues Miranda – Secretário de Movimentos Sindicais
Joaquim Alves de Sousa – Secretário de Assuntos Institucionais
Aldecy Pereira – Secretário Municipal de Agricultura de Mangabeiras-MA
Jair Bolsonaro bate forte em Dutra; petista reage e tem de ser seguro
O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) bateu forte no deputado Domingos
Dutra (PT) durante discurso ontem na Câmara. Disse não entender a
greve de fome do petista por ter se posiciado recentemente contra ele
que apresentou requerimento em apoio a presos políticos cubanos também
em greve de fome. Bolsonaro disse que este tipo de movimento não se
faz por disputa de poder, principalmente por se tratar de uma questão
interna do PT.
“Fazer greve de fome pelo poder? Não estou entendendo. Se é por
corrupção, ele deveria ter entrado em greve de fome anos atrás devido
aos estrondosos casos envolvendo seu partido. Não defendo o presidente
Sarney. Falei com ele dois minutos em toda minha vida, só através de
cumprimentos. Essa Casa não pode ficar sujeita a um ato desse.
Questões internas se resolve internamente. Não tragam problemas para
dentro deste Plenário. Não é justo, legal e moral submeter esta Casa a
uma situação vexatória dessa”, disse Bolsonaro (foto).
O deputado carioca afirmou que jamais iria se solidarizar com alguém
em greve de fome em busca pelo poder. “Não quero que nada de grave
aconteça, mas se acontecer, não vou deixar de assistir a Copa do
Mundo”, completou.
Um deputado interferiu pedindo que o presidente da sessão retirasse a
parte do discurso com expressões ofensivas a Dutra. Bolsonaro lembrou
que Dutra já se referiu à família Sarney como “um bando de fedorentos”
e o colega não pediu para retirar os termos do seu discurso. O
presidente resolveu manter o discurso e deu direito de resposta ao
parlamentar maranhense.
Dutra disse que não iria “responder ao deputado Bolsonaro, diante de
tanta bobagem que ele havia falado, porque nós construímos a
democracia” . “É um deputado que não tem noção do tempo que ele vive.
Vive no tempo das cavernas, defendendo um sistema (Militar) que não
tem mais lugar no mundo e sempre de forma depreciativa”.
No final, os dois passam a bater boca e Dutra teve de ser seguro pela
deputada Maria do Rosário (PT-RS) para não brigar.
Dutra (PT) durante discurso ontem na Câmara. Disse não entender a
greve de fome do petista por ter se posiciado recentemente contra ele
que apresentou requerimento em apoio a presos políticos cubanos também
em greve de fome. Bolsonaro disse que este tipo de movimento não se
faz por disputa de poder, principalmente por se tratar de uma questão
interna do PT.
“Fazer greve de fome pelo poder? Não estou entendendo. Se é por
corrupção, ele deveria ter entrado em greve de fome anos atrás devido
aos estrondosos casos envolvendo seu partido. Não defendo o presidente
Sarney. Falei com ele dois minutos em toda minha vida, só através de
cumprimentos. Essa Casa não pode ficar sujeita a um ato desse.
Questões internas se resolve internamente. Não tragam problemas para
dentro deste Plenário. Não é justo, legal e moral submeter esta Casa a
uma situação vexatória dessa”, disse Bolsonaro (foto).
O deputado carioca afirmou que jamais iria se solidarizar com alguém
em greve de fome em busca pelo poder. “Não quero que nada de grave
aconteça, mas se acontecer, não vou deixar de assistir a Copa do
Mundo”, completou.
Um deputado interferiu pedindo que o presidente da sessão retirasse a
parte do discurso com expressões ofensivas a Dutra. Bolsonaro lembrou
que Dutra já se referiu à família Sarney como “um bando de fedorentos”
e o colega não pediu para retirar os termos do seu discurso. O
presidente resolveu manter o discurso e deu direito de resposta ao
parlamentar maranhense.
Dutra disse que não iria “responder ao deputado Bolsonaro, diante de
tanta bobagem que ele havia falado, porque nós construímos a
democracia” . “É um deputado que não tem noção do tempo que ele vive.
Vive no tempo das cavernas, defendendo um sistema (Militar) que não
tem mais lugar no mundo e sempre de forma depreciativa”.
No final, os dois passam a bater boca e Dutra teve de ser seguro pela
deputada Maria do Rosário (PT-RS) para não brigar.
Nota de solidariedade da SMDH
*NOTA DE SOLIDARIEDADE
A Sociedade Maranhense de Direitos Humanos – SMDH, diante do ato extremo corporificado na greve de fome protagonizada pelo Sr. Deputado Federal Domingos Dutra, do Partido dos Trabalhadores – PT do Maranhão, pelo líder camponês Sr. Manoel Conceição Santos, no Plenário da Câmara dos Deputados em Brasília – DF e teresinha Fernandes na sede do Diretorio em São Luis, vem a público registrar:
Domingos Francisco Dutra Filho, ingressou na SMDH em 1.º de dezembro de 1980 e, desde então, especialmente atuando como advogado desta Entidade nas décadas de 80 e 90, é uma inquestionável referência de destemor e determinação férrea na luta por direitos humanos, por reforma agrária e contra as imensas desigualdades sociais que, infelizmente, colocam o Maranhão na vergonhosa condição de Estado mais pobre deste País;
Manoel Conceição Santos, é o exemplo de uma vida inteira dedicada à causa dos direitos humanos e de determinação ímpar contra as desigualdades e mazelas sociais deste Maranhão e deste País – por mais adversas que sejam as condições que a vida sempre lhe impôs, inclusive quase ao custo da própria vida. Mesmo assim, do alto dos seus 75 anos, ainda nos surpreende com tamanha determinação na defesa dos princípios que lhe balizaram a vida inteira.
Terezinha Fernandes, tem sua vida pautada na luta pela democracia, tendo exercido o cargo de deputada estadual.
E é exatamente em nome destes princípios e da causa maior da luta por direitos humanos neste País, que estas personalidades representam, que nos irmanamos ao seu ato e nos solidarizamos com os mesmos e, concomitantemente – repudiamos veementemente, aqueles que esqueceram ou traíram a sua história em benefício de quem, desde sempre, saqueou a vida e a história dos menos favorecidos, do Maranhão e do Brasil.
Sociedade Maranhense de Direitos Humanos - SMDH
A Sociedade Maranhense de Direitos Humanos – SMDH, diante do ato extremo corporificado na greve de fome protagonizada pelo Sr. Deputado Federal Domingos Dutra, do Partido dos Trabalhadores – PT do Maranhão, pelo líder camponês Sr. Manoel Conceição Santos, no Plenário da Câmara dos Deputados em Brasília – DF e teresinha Fernandes na sede do Diretorio em São Luis, vem a público registrar:
Domingos Francisco Dutra Filho, ingressou na SMDH em 1.º de dezembro de 1980 e, desde então, especialmente atuando como advogado desta Entidade nas décadas de 80 e 90, é uma inquestionável referência de destemor e determinação férrea na luta por direitos humanos, por reforma agrária e contra as imensas desigualdades sociais que, infelizmente, colocam o Maranhão na vergonhosa condição de Estado mais pobre deste País;
Manoel Conceição Santos, é o exemplo de uma vida inteira dedicada à causa dos direitos humanos e de determinação ímpar contra as desigualdades e mazelas sociais deste Maranhão e deste País – por mais adversas que sejam as condições que a vida sempre lhe impôs, inclusive quase ao custo da própria vida. Mesmo assim, do alto dos seus 75 anos, ainda nos surpreende com tamanha determinação na defesa dos princípios que lhe balizaram a vida inteira.
Terezinha Fernandes, tem sua vida pautada na luta pela democracia, tendo exercido o cargo de deputada estadual.
E é exatamente em nome destes princípios e da causa maior da luta por direitos humanos neste País, que estas personalidades representam, que nos irmanamos ao seu ato e nos solidarizamos com os mesmos e, concomitantemente – repudiamos veementemente, aqueles que esqueceram ou traíram a sua história em benefício de quem, desde sempre, saqueou a vida e a história dos menos favorecidos, do Maranhão e do Brasil.
Sociedade Maranhense de Direitos Humanos - SMDH
Nota de Pesquisdores
ESSA CAUSA É NOSSA!
Por meio desta, manifestamos nosso repúdio à forma autoritária como a direção nacional do PT vem conduzindo o processo eleitoral/2010, no Maranhão, num claro desrespeito à história dos diferentes povos que habitam esse território e que há séculos lutam e resistem contra a estrutura de poder, ainda com marcas do colonialismo e do patrimonialismo, hoje encarnadas na Família Sarney.
Queremos nos solidarizar com a causa do nosso querido líder camponês Mané da Conceição e de seus companheiros de partido, deputado federal Domingos Dutra e a ex-deputada federal Terezinha Fernandes e, ao mesmo tempo, conclamar pela sensatez das lideranças desse Partido - pelo qual Mané tem dado sua vida, nos últimos 30 anos - para que intercedam e impeçam que o pior aconteça.
Mané da Conceição tem 75 anos. Nos anos 1960 fundou o Sindicato dos Produtores Autônomos de Santa Inês/MA. No regime militar e no Governo Sarney foi perseguido, sofreu violências físicas e psicológicas. Para escapar da morte foi exilado e, durante o exílio, ajudou a fundar o PT e a Central Única dos Trabalhadores. Com a anistia, retornou ao país, em 1979, e retomou a militância no Partido e no Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural – CENTRU, entidade que coordena e que incentiva o associativismo e o cooperativismo no Sul do Maranhão. Por sua luta em defesa dos cerrados e pela justiça social já ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais.
Mané, a sua causa é a nossa causa! Porque pessoas como você existe ainda acreditamos que a Justiça, a Ética e a Democracia ainda é possível neste país.
Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia/Núcleo Maranhão
Grupo de Estudos Socio Econômicos da Amazônia - UEMA
Associação de Pesquisadores da Amazônia - ASPA
Por meio desta, manifestamos nosso repúdio à forma autoritária como a direção nacional do PT vem conduzindo o processo eleitoral/2010, no Maranhão, num claro desrespeito à história dos diferentes povos que habitam esse território e que há séculos lutam e resistem contra a estrutura de poder, ainda com marcas do colonialismo e do patrimonialismo, hoje encarnadas na Família Sarney.
Queremos nos solidarizar com a causa do nosso querido líder camponês Mané da Conceição e de seus companheiros de partido, deputado federal Domingos Dutra e a ex-deputada federal Terezinha Fernandes e, ao mesmo tempo, conclamar pela sensatez das lideranças desse Partido - pelo qual Mané tem dado sua vida, nos últimos 30 anos - para que intercedam e impeçam que o pior aconteça.
Mané da Conceição tem 75 anos. Nos anos 1960 fundou o Sindicato dos Produtores Autônomos de Santa Inês/MA. No regime militar e no Governo Sarney foi perseguido, sofreu violências físicas e psicológicas. Para escapar da morte foi exilado e, durante o exílio, ajudou a fundar o PT e a Central Única dos Trabalhadores. Com a anistia, retornou ao país, em 1979, e retomou a militância no Partido e no Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural – CENTRU, entidade que coordena e que incentiva o associativismo e o cooperativismo no Sul do Maranhão. Por sua luta em defesa dos cerrados e pela justiça social já ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais.
Mané, a sua causa é a nossa causa! Porque pessoas como você existe ainda acreditamos que a Justiça, a Ética e a Democracia ainda é possível neste país.
Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia/Núcleo Maranhão
Grupo de Estudos Socio Econômicos da Amazônia - UEMA
Associação de Pesquisadores da Amazônia - ASPA
Crise interna no PMDB embaralha a campanha
ELEIÇÕES 2010 » Deisão que o partido tomará neste sábado deve significar uma reviravolta na disputa ao Buriti. Aliados de Joaquim Roriz não descartam uma possível composição, no caso de a candidatura de Rosso vingar
Publicação: 18/06/2010 07:00 Atualização: 18/06/2010 08:35
>>Lilian Tahan
>>Ana Maria Campos
>>Luísa Medeiros
A briga dentro do PMDB desestabiliza o grupo de esquerda e se tornou um incentivo aos outros partidos que buscam surfar na onda da crise entre peemedebistas. As desavenças sobre a aliança com o PT fortalecem o time de quem justamente poderia sair enfraquecido com a dobradinha ensaiada entre os dois partidos: o grupo que orbita em torno de Joaquim Roriz (PSC). Por enquanto, não há nenhuma confirmação de que o ex-governador esteja por trás da atitude de Rogério Rosso. Mas aliados de Roriz não negam que se abriu o caminho para uma composição num futuro próximo.
O PT de Agnelo Queiroz ficou atônito com a disputa que roubou a cena do tão festejado e histórico acordo com o PMDB. Será ou seria a primeira vez que as duas legendas trabalhariam juntas numa campanha. Para Agnelo, o principal tabu que freava a composição havia sido quebrado. Era, na concepção do candidato petista, a resistência dentro do próprio PT. Mas Agnelo estava errado.
O partido com um sem número de tendências conseguiu se entender e resolveu dar as mãos para o PMDB. A leitura feita por dirigentes petistas no DF é de que amanhã as convenções só confirmariam a decisão tomada nas últimas semanas. E o PT esperava o mesmo do PMDB no dia em que representantes dos dois partidos partiram para o abraço diante das câmeras fotográficas. Perplexo, Agnelo não quer falar abertamente sobre a situação. Diz que desejou o apoio do PT desde sempre e que vai esperar que o partido se resolva, sem aumentar a temperatura da crise falando o que pensa.
Facadas
A entrada do governador Rogério Rosso (PMDB) no páreo pavimenta um caminho para siglas como DEM, PTB, PSDB e PPS, que hoje estão sem rumo e têm migrado para a campanha de Roriz porque este representa a única alternativa viável de poder. “Para nós, o significado dessa crise é como dar duas facas, uma para o PT e a outra para o PMDB, e esperar, de longe, para ver o que vai acontecer”, disse um aliado de Joaquim Roriz e entusiasta do retorno do ex-governador ao Palácio do Buriti.
Amanhã, o grupo que apoia Rosso vai apresentar aos convencionais uma promessa de espaço político numa chapa que, em tese, tem condições de disputa. O governador-tampão ainda é um desconhecido da maioria dos eleitores. Ele só disputou uma vez, em 2006, uma vaga de deputado federal. Ficou na suplência e aparece atrás de Agnelo e Roriz nas pesquisas de intenção de voto. Mas não carrega a rejeição registrada por Roriz, acumulada ao longo de quatro mandatos à frente do Distrito Federal. Dessa forma, seria uma opção, por exemplo, para o PSDB, que pretende lançar a ex-governadora Maria de Lourdes Abadia (PSDB) ao Senado.
Reunião
Os tucanos precisam de um palanque no DF e tendem a apoiar Roriz, embora a decisão final ainda esteja nas mãos do candidato à Presidência José Serra. Rosso representaria, assim, uma saída para o impasse do PSDB. No DEM também existe muita indefinição. O partido do ex-governador José Roberto Arruda e do ex-vice-governador Paulo Octávio ainda não encontrou um caminho para as eleições de outubro. Na noite de ontem, seria realizada uma reunião na casa do presidente do DEM-DF, senador Adelmir Santana, com representantes do PSC (de Roriz), PPS PTB e PSDB.
No DEM, há uma disputa acirrada. Adelmir quer ser candidato à reeleição, mas essa pretensão esbarra no interesse do deputado federal Alberto Fraga (DEM) e da deputada distrital Eliana Pedrosa. Eles têm conversado com o grupo rorizista, mas ainda bateram o martelo se vão seguir nessa via. A decisão passa pelo crivo da direção nacional, e o presidente do DEM, Rodrigo Maia, tem se envolvido diretamente na questão sempre em benefício dos interesses de Fraga. O deputado federal que é o responsável pelos projetos de transporte do governo Arruda, considerado um herdeiro político do ex-governador, tem sido um empecilho para o fechamento da aliança com Roriz.
PV TERÁ CANDIDATO
Na carona do sucesso no Distrito Federal da campanha da senadora Marina Silva (PV) à Presidência da República, os verdes já decidiram que terão candidato próprio ao GDF. O nome escolhido é o presidente do PV-DF, Eduardo Brandão. Pesquisas em poder do partido indicam que a ex-ministra do Meio Ambiente tem cerca de 17% das intenções de voto na capital do país. A estratégia é construir aqui um palanque para Marina que ainda fortaleça as candidaturas de deputado federal e distrital do PV. Por enquanto, a legenda não fechou nenhuma coligação. `Queremos ser uma via alternativa, com um projeto diferente. Temos conversado muito com o PPS e PTN`, disse Brandão.
Publicação: 18/06/2010 07:00 Atualização: 18/06/2010 08:35
>>Lilian Tahan
>>Ana Maria Campos
>>Luísa Medeiros
A briga dentro do PMDB desestabiliza o grupo de esquerda e se tornou um incentivo aos outros partidos que buscam surfar na onda da crise entre peemedebistas. As desavenças sobre a aliança com o PT fortalecem o time de quem justamente poderia sair enfraquecido com a dobradinha ensaiada entre os dois partidos: o grupo que orbita em torno de Joaquim Roriz (PSC). Por enquanto, não há nenhuma confirmação de que o ex-governador esteja por trás da atitude de Rogério Rosso. Mas aliados de Roriz não negam que se abriu o caminho para uma composição num futuro próximo.
O PT de Agnelo Queiroz ficou atônito com a disputa que roubou a cena do tão festejado e histórico acordo com o PMDB. Será ou seria a primeira vez que as duas legendas trabalhariam juntas numa campanha. Para Agnelo, o principal tabu que freava a composição havia sido quebrado. Era, na concepção do candidato petista, a resistência dentro do próprio PT. Mas Agnelo estava errado.
O partido com um sem número de tendências conseguiu se entender e resolveu dar as mãos para o PMDB. A leitura feita por dirigentes petistas no DF é de que amanhã as convenções só confirmariam a decisão tomada nas últimas semanas. E o PT esperava o mesmo do PMDB no dia em que representantes dos dois partidos partiram para o abraço diante das câmeras fotográficas. Perplexo, Agnelo não quer falar abertamente sobre a situação. Diz que desejou o apoio do PT desde sempre e que vai esperar que o partido se resolva, sem aumentar a temperatura da crise falando o que pensa.
Facadas
A entrada do governador Rogério Rosso (PMDB) no páreo pavimenta um caminho para siglas como DEM, PTB, PSDB e PPS, que hoje estão sem rumo e têm migrado para a campanha de Roriz porque este representa a única alternativa viável de poder. “Para nós, o significado dessa crise é como dar duas facas, uma para o PT e a outra para o PMDB, e esperar, de longe, para ver o que vai acontecer”, disse um aliado de Joaquim Roriz e entusiasta do retorno do ex-governador ao Palácio do Buriti.
Amanhã, o grupo que apoia Rosso vai apresentar aos convencionais uma promessa de espaço político numa chapa que, em tese, tem condições de disputa. O governador-tampão ainda é um desconhecido da maioria dos eleitores. Ele só disputou uma vez, em 2006, uma vaga de deputado federal. Ficou na suplência e aparece atrás de Agnelo e Roriz nas pesquisas de intenção de voto. Mas não carrega a rejeição registrada por Roriz, acumulada ao longo de quatro mandatos à frente do Distrito Federal. Dessa forma, seria uma opção, por exemplo, para o PSDB, que pretende lançar a ex-governadora Maria de Lourdes Abadia (PSDB) ao Senado.
Reunião
Os tucanos precisam de um palanque no DF e tendem a apoiar Roriz, embora a decisão final ainda esteja nas mãos do candidato à Presidência José Serra. Rosso representaria, assim, uma saída para o impasse do PSDB. No DEM também existe muita indefinição. O partido do ex-governador José Roberto Arruda e do ex-vice-governador Paulo Octávio ainda não encontrou um caminho para as eleições de outubro. Na noite de ontem, seria realizada uma reunião na casa do presidente do DEM-DF, senador Adelmir Santana, com representantes do PSC (de Roriz), PPS PTB e PSDB.
No DEM, há uma disputa acirrada. Adelmir quer ser candidato à reeleição, mas essa pretensão esbarra no interesse do deputado federal Alberto Fraga (DEM) e da deputada distrital Eliana Pedrosa. Eles têm conversado com o grupo rorizista, mas ainda bateram o martelo se vão seguir nessa via. A decisão passa pelo crivo da direção nacional, e o presidente do DEM, Rodrigo Maia, tem se envolvido diretamente na questão sempre em benefício dos interesses de Fraga. O deputado federal que é o responsável pelos projetos de transporte do governo Arruda, considerado um herdeiro político do ex-governador, tem sido um empecilho para o fechamento da aliança com Roriz.
PV TERÁ CANDIDATO
Na carona do sucesso no Distrito Federal da campanha da senadora Marina Silva (PV) à Presidência da República, os verdes já decidiram que terão candidato próprio ao GDF. O nome escolhido é o presidente do PV-DF, Eduardo Brandão. Pesquisas em poder do partido indicam que a ex-ministra do Meio Ambiente tem cerca de 17% das intenções de voto na capital do país. A estratégia é construir aqui um palanque para Marina que ainda fortaleça as candidaturas de deputado federal e distrital do PV. Por enquanto, a legenda não fechou nenhuma coligação. `Queremos ser uma via alternativa, com um projeto diferente. Temos conversado muito com o PPS e PTN`, disse Brandão.
Grevistas pioram estado de saúde
Manoel da Conceição piorou ao longo da madrugada.
No começo da manhã de ontem, convencido que a Direção Nacional abriria negociações com os petistas maranhenses, ele tinha decidido suspender a greve de fome. Como nada se materializou, à tarde de ontem ele retomou a greve.
Na madrugada de hoje passou mal. Ainda na enfermaria da Câmara Federal, onde está acompanhado por médicos, que recorrem ao uso do oxigênio, Manoel entreou em estado de desidratação crônica. Por não ser deputado e não ter plano de saúde, procura-se um hospital em Brasília para interná-lo e o levar a uma UTI.
Dutra também teve sua situação agravada: desmaiou cedo pela manhã, e está inconsciente até o momento. Deve ser deslocado da enfermaria da Câmara para um hospital conveniado à Câmara dos Deputados.
Ambos chegaram aos seus limites, me informa o companheiro Jomar Fernandes, que se encontra em Brasília, acompanhado os dois e indicado pelo movimento petista de resitência para manter conversações com representantes da Direção Nacional do PT.
Guerreiros, Manoel e Dutra fizeram tudo o que podiam para chamar a atenção do País para a violência que foi a intervenção de Lula e da Direção Nacional do PT para manter o Sarney no poder. Conseguiram até uma imensa mobilização da socidade civil maranhense, religiosos, personalisadades nacionais como Leonardo Boff, que assinaram o abaixo-assinado que circula na internet. Mas não podem pagar com a vida ante a insensatez da maioria da Direção Nacional do PT. É hora de pensarmos em convencê-los a sair da greve de fome antes que o pior aconteça (e os urubus barricas ainda queiram dizer que morreram porque estavam eram fazendo marketing político, como disse a Roseana em entrevista coletiva no Palácio dos Leões!)
No começo da manhã de ontem, convencido que a Direção Nacional abriria negociações com os petistas maranhenses, ele tinha decidido suspender a greve de fome. Como nada se materializou, à tarde de ontem ele retomou a greve.
Na madrugada de hoje passou mal. Ainda na enfermaria da Câmara Federal, onde está acompanhado por médicos, que recorrem ao uso do oxigênio, Manoel entreou em estado de desidratação crônica. Por não ser deputado e não ter plano de saúde, procura-se um hospital em Brasília para interná-lo e o levar a uma UTI.
Dutra também teve sua situação agravada: desmaiou cedo pela manhã, e está inconsciente até o momento. Deve ser deslocado da enfermaria da Câmara para um hospital conveniado à Câmara dos Deputados.
Ambos chegaram aos seus limites, me informa o companheiro Jomar Fernandes, que se encontra em Brasília, acompanhado os dois e indicado pelo movimento petista de resitência para manter conversações com representantes da Direção Nacional do PT.
Guerreiros, Manoel e Dutra fizeram tudo o que podiam para chamar a atenção do País para a violência que foi a intervenção de Lula e da Direção Nacional do PT para manter o Sarney no poder. Conseguiram até uma imensa mobilização da socidade civil maranhense, religiosos, personalisadades nacionais como Leonardo Boff, que assinaram o abaixo-assinado que circula na internet. Mas não podem pagar com a vida ante a insensatez da maioria da Direção Nacional do PT. É hora de pensarmos em convencê-los a sair da greve de fome antes que o pior aconteça (e os urubus barricas ainda queiram dizer que morreram porque estavam eram fazendo marketing político, como disse a Roseana em entrevista coletiva no Palácio dos Leões!)
Crise do PMDB vai de Santa Catarina ao Maranhão
O movimento do presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), para impedir a aliança da regional catarinense do partido com o DEM e o PSDB do presidenciável tucano José Serra causou uma crise que saiu dos limites de Santa Catarina e da própria legenda e chegou ao Maranhão da governadora Roseana Sarney (PMDB).
Decidido a exigir respeito dos catarinenses à chapa da petista Dilma Rousseff, onde figura como candidato a vice-presidente,Temer viajou para a Europa deixando encomendada a intervenção no diretório de Santa Catarina. O DEM deu o troco, falando em intervenção para romper aliança com o PMDB maranhense.
Na troca de tiros, o poder de fogo do DEM pode ser medido pelo tempo do partido na propaganda eleitoral gratuita que será veiculada por 45 dias pelas emissoras de rádio e televisão maranhenses. Roseana pode perder preciosos 2 minutos e 37 segundos diários no programa de televisão, caso a regional maranhense do DEM lhe negue apoio ao projeto de reeleição, em represália à intervenção nacional do PMDB para impedir a parceria entre os dois partidos em Santa Catarina.
Foi esse o recado que o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), fez chegar ao presidente do Senado e pai de Roseana, José Sarney (PMDB-AP), antes da primeira reunião da Executiva Nacional, terça-feira passada. Àquela altura, o próprio Temer já havia conversado com o deputado ACM Neto (DEM-BA) sobre a aliança no Maranhão, quando foi tratado o caso de Santa Catarina, um dos raros Estados em que o DEM pode vencer a corrida estadual com candidato próprio. Lá, o partido quer eleger o senador Raimundo Colombo governador, em aliança com peemedebistas e tucanos.
O que deixou Temer furioso foi o anúncio-surpresa do presidente do PMDB catarinense, Eduardo Pinho Moreira, na segunda-feira, dando conta de que ele desistia da candidatura ao governo em favor da tríplice aliança. Ele próprio se lançou vice na chapa de Colombo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Decidido a exigir respeito dos catarinenses à chapa da petista Dilma Rousseff, onde figura como candidato a vice-presidente,Temer viajou para a Europa deixando encomendada a intervenção no diretório de Santa Catarina. O DEM deu o troco, falando em intervenção para romper aliança com o PMDB maranhense.
Na troca de tiros, o poder de fogo do DEM pode ser medido pelo tempo do partido na propaganda eleitoral gratuita que será veiculada por 45 dias pelas emissoras de rádio e televisão maranhenses. Roseana pode perder preciosos 2 minutos e 37 segundos diários no programa de televisão, caso a regional maranhense do DEM lhe negue apoio ao projeto de reeleição, em represália à intervenção nacional do PMDB para impedir a parceria entre os dois partidos em Santa Catarina.
Foi esse o recado que o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), fez chegar ao presidente do Senado e pai de Roseana, José Sarney (PMDB-AP), antes da primeira reunião da Executiva Nacional, terça-feira passada. Àquela altura, o próprio Temer já havia conversado com o deputado ACM Neto (DEM-BA) sobre a aliança no Maranhão, quando foi tratado o caso de Santa Catarina, um dos raros Estados em que o DEM pode vencer a corrida estadual com candidato próprio. Lá, o partido quer eleger o senador Raimundo Colombo governador, em aliança com peemedebistas e tucanos.
O que deixou Temer furioso foi o anúncio-surpresa do presidente do PMDB catarinense, Eduardo Pinho Moreira, na segunda-feira, dando conta de que ele desistia da candidatura ao governo em favor da tríplice aliança. Ele próprio se lançou vice na chapa de Colombo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Nota de solidariedade da CPT
NOTA DE SOLIDARIEDADE
“Bem-Aventurados os que têm FOME e SEDE de JUSTIÇA;
Porque serão saciados”
A Comissão Pastoral da Terra – Maranhão torna público seu Apoio e Solidariedade ao líder camponês Manoel da Conceição, ao Deputado Domingos Dutra (PT-MA) a ex-deputada Terezinha Fernandes (PT-MA) em greve de fome desde o último dia 11 de junho, como último recurso contra a decisão do Diretório Nacional do PT.
Ao manifestar nossa solidariedade aos companheiros e a companheira, nós o fazemos em nome da Memória Subversiva de centenas de Camponeses assassinados neste Estado nos últimos 45 anos da oligarquia Sarney; de milhares de camponeses ainda hoje expulsos de suas terras, obrigados a migrarem e não poucas vezes escravizados em fazendas do agronegócio no Maranhão e em outros estados; em nome de milhares de crianças, jovens e adultos aos quais foi negado sistematicamente o Direito à educação, à saúde, à moradia, à alimentação…; em nome de milhares de mulheres quebradeiras de coco babaçu violentadas pelo latifúndio. Não esqueçamos que essas violências foram patrocinadas pela oligarquia Sarney.
Neste momento em que centenas de Organizações Sociais do Campo e da Cidade promovem um Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra no Brasil o gesto extremo da greve de fome representa um marco da resistência dos camponeses e das camponesas na luta por um Brasil Justo e Solidário, contra aqueles que “juntam casa com casa e emendam campo a campo, até que não sobre mais espaço e sejam os únicos a habitarem no meio do país” (Is 5,8).
Diante desse gesto heróico se nos calarmos as pedras falarão por nós.
São Luís (MA), 16 de junho de 2010
Inaldo Serejo Luiz Borges Urubatan Ramão
Coordenação Regional
“Bem-Aventurados os que têm FOME e SEDE de JUSTIÇA;
Porque serão saciados”
A Comissão Pastoral da Terra – Maranhão torna público seu Apoio e Solidariedade ao líder camponês Manoel da Conceição, ao Deputado Domingos Dutra (PT-MA) a ex-deputada Terezinha Fernandes (PT-MA) em greve de fome desde o último dia 11 de junho, como último recurso contra a decisão do Diretório Nacional do PT.
Ao manifestar nossa solidariedade aos companheiros e a companheira, nós o fazemos em nome da Memória Subversiva de centenas de Camponeses assassinados neste Estado nos últimos 45 anos da oligarquia Sarney; de milhares de camponeses ainda hoje expulsos de suas terras, obrigados a migrarem e não poucas vezes escravizados em fazendas do agronegócio no Maranhão e em outros estados; em nome de milhares de crianças, jovens e adultos aos quais foi negado sistematicamente o Direito à educação, à saúde, à moradia, à alimentação…; em nome de milhares de mulheres quebradeiras de coco babaçu violentadas pelo latifúndio. Não esqueçamos que essas violências foram patrocinadas pela oligarquia Sarney.
Neste momento em que centenas de Organizações Sociais do Campo e da Cidade promovem um Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra no Brasil o gesto extremo da greve de fome representa um marco da resistência dos camponeses e das camponesas na luta por um Brasil Justo e Solidário, contra aqueles que “juntam casa com casa e emendam campo a campo, até que não sobre mais espaço e sejam os únicos a habitarem no meio do país” (Is 5,8).
Diante desse gesto heróico se nos calarmos as pedras falarão por nós.
São Luís (MA), 16 de junho de 2010
Inaldo Serejo Luiz Borges Urubatan Ramão
Coordenação Regional
Poema de César Teixeira em homenagem a Mané
Cesar Teixeira
Já não há sinais de pólvora
escurecendo a tua vida,
mas ainda há na alma
alguma bala escondida.
Cicatrizaram os sinais
de encobertas torturas,
porém na alma ainda sangra
a flor nascida em clausura.
Amputaram em tua perna
o rastro que ela escondia,
não a classe dentro dela
que a si própria recria.
E apesar desse vazio
de cinza na madrugada,
logo brotará manhã
tua alma incendiada.
Te saúdo, companheiro,
e bebo na taça da aurora
em que te ergues inteiro
para todo o sempre e agora!
Já não há sinais de pólvora
escurecendo a tua vida,
mas ainda há na alma
alguma bala escondida.
Cicatrizaram os sinais
de encobertas torturas,
porém na alma ainda sangra
a flor nascida em clausura.
Amputaram em tua perna
o rastro que ela escondia,
não a classe dentro dela
que a si própria recria.
E apesar desse vazio
de cinza na madrugada,
logo brotará manhã
tua alma incendiada.
Te saúdo, companheiro,
e bebo na taça da aurora
em que te ergues inteiro
para todo o sempre e agora!
Fundador do PT em greve de fome é internado
Manuel da Conceição no ambulatório da Câmara (Foto: Ana Paula Leitão)
O fundador do PT Manuel da Conceição, de 75 anos, em greve de fome há cinco dias foi internado no departamento médico da Câmara dos Deputados nesta manhã.
Seu Manuel se recusou a ingerir líquido porque usa uma perna mecância e estava com dificuldade de caminhar até o banheiro a toda hora.
Os médicos aguardam resultado de exames. Mas o petista está com uma fala muito pausada e visivelmente debilitado. Ele é diabético e teve um avc recentemente.
O deputado Domingos Dutra (PT-MA) que aderiu ao movimento para impedir o apoio do PT a Roseana Sarney na eleição maranhese ainda está no plenário.
Militante suspende greve de fome por apoio do PT a Roseana
16 de junho de 2010 • 21h08 • atualizado às 21h27 Comentários
65Notícia
ReduzirNormalAumentarImprimirLaryssa Borges
Direto de Brasília
Fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) no Maranhão, o militante Manuel da Conceição, suspendeu por 24 horas a greve de fome que fazia desde a última semana sobre a decisão da cúpula petista de renegar apoio à candidatura Flávio Dino (PCdoB) ao governo maranhense e de apoiar o projeto de reeleição da governadora Roseana Sarney no Estado. Já o deputado Domingos Dutra, que também participa do jejum contra a determinação petista de apoiar a campanha da filha do presidente do Senado, continua em greve. Dutra, no entanto, abriu espaço para uma negociação e admite interromper o protesto caso a Justiça dê ganho de causa ao PT.
Dutra listou ao Terra uma série de reivindicações que aponta serem condicionantes para a suspensão da greve de fome. Entre os pedidos estão o aval do PT para que militantes possam fazer livremente campanha para Flávio Dino, que o partido não seja obrigado a citar o nome de Roseana Sarney no horário eleitoral gratuito no rádio e na TV e que se apurem as denúncias de suborno para que petistas revissem a posição de apoiar Dino ao Palácio dos Leões. A se consolidar palanque duplo no Maranhão, os manifestantes querem ainda que, se Lula e a candidata Dilma Rousseff fizerem campanha por Roseana, que também manifestem apoio a Flávio Dino.
Também nesta quarta o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, afirmou que Dino pode abrir mão da candidatura ao governo maranhense e se aliar ao governador cassado do Estado, Jackson Lago (PDT). O movimento em sentido oposto, com a desistência de Lago, também está sendo negociado e ganharia força, por exemplo, caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entenda que a exigência de ficha limpa para a disputa no pleito de outubro envolva também condenações já consolidadas.
Em prol da desistência do governador cassado pesa ainda o fato de Lago ter rompido com o projeto de eleição da petista Dilma Rousseff após o PT ter decidido apoiar a reeleição de Roseana Sarney, sua adversária histórica.
Mais notícias de Estaduais » Redação Terra
65Notícia
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Direto de Brasília
Fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) no Maranhão, o militante Manuel da Conceição, suspendeu por 24 horas a greve de fome que fazia desde a última semana sobre a decisão da cúpula petista de renegar apoio à candidatura Flávio Dino (PCdoB) ao governo maranhense e de apoiar o projeto de reeleição da governadora Roseana Sarney no Estado. Já o deputado Domingos Dutra, que também participa do jejum contra a determinação petista de apoiar a campanha da filha do presidente do Senado, continua em greve. Dutra, no entanto, abriu espaço para uma negociação e admite interromper o protesto caso a Justiça dê ganho de causa ao PT.
Dutra listou ao Terra uma série de reivindicações que aponta serem condicionantes para a suspensão da greve de fome. Entre os pedidos estão o aval do PT para que militantes possam fazer livremente campanha para Flávio Dino, que o partido não seja obrigado a citar o nome de Roseana Sarney no horário eleitoral gratuito no rádio e na TV e que se apurem as denúncias de suborno para que petistas revissem a posição de apoiar Dino ao Palácio dos Leões. A se consolidar palanque duplo no Maranhão, os manifestantes querem ainda que, se Lula e a candidata Dilma Rousseff fizerem campanha por Roseana, que também manifestem apoio a Flávio Dino.
Também nesta quarta o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, afirmou que Dino pode abrir mão da candidatura ao governo maranhense e se aliar ao governador cassado do Estado, Jackson Lago (PDT). O movimento em sentido oposto, com a desistência de Lago, também está sendo negociado e ganharia força, por exemplo, caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entenda que a exigência de ficha limpa para a disputa no pleito de outubro envolva também condenações já consolidadas.
Em prol da desistência do governador cassado pesa ainda o fato de Lago ter rompido com o projeto de eleição da petista Dilma Rousseff após o PT ter decidido apoiar a reeleição de Roseana Sarney, sua adversária histórica.
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Mané suspende a greve, mas pode voltar amanhã
Em contato telefônico com o Vias de Fato, o deputado federal Domingos Dutra (PT-MA) informou agora a pouco que a greve de fome de Manoel da Conceição foi suspensa temporariamente. A interrupção ocorreu a pedido da Direção Nacional do PT que, em reunião de emergência, decidiu retomar as negociações acerca da aliança do PT com o grupo Sarney. O deputado informou também que continuará com a sua greve de fome, até que haja mudanças. Manoel da Conceição, que está muito debilitado, vai esperar pela nova decisão do PT.
www.viasdefato.jor.br
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Flávio Dino propõe frente ampla anti-Sarney
Dino cogita retirar pré-candidatura por ‘frente ampla’ contra Roseana
Deputado do PCdoB tenta fechar acordo no MA com PDT de Jackson Lago.
Partido quer aliança para disputar contra Roseana Sarney (PMDB).
Robson Bonin Do G1, em Brasília
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O deputado Flávio Dino (PCdoB-MA) em foto de
arquivo (Foto: Brizza Cavalcante/Ag.Câmara)
O deputado Flávio Dino (PCdoB-MA) afirmou nesta quarta-feira (16), durante a convenção nacional do PCdoB, em Brasília, que está disposto a retirar sua pré-candidatura ao governo do Maranhão, se o gesto permitir a composição de uma “ampla aliança” contra a candidatura à reeleição da atual governadora Roseana Sarney (PMDB).
saiba mais
PT revoga decisão de diretório estadual e aprova apoio a Roseana
Cúpula do PT anula encontro que decidiu por apoio a Dino no Maranhão
PT vai intervir no Maranhão para forçar apoio a Roseana
A estratégia, no entanto, só será posta em prática se Dino não conseguir o apoio dos demais partidos ao seu nome. Neste caso, o deputado do PCdoB buscará um acordo com o candidato do PDT, Jackson Lago, ex-governador do estado, cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em março de 2009.
“Hoje temos dois caminhos. Continuar a nossa candidatura, que está fortalecida, ou constituir uma união mais ampla com PSDB, PPS e PDT”, afirmou Dino que, ao ser questionado sobre uma eventual retirada de candidaturas afirmou: “Queremos constituir uma ampla frente dos partidos que não são do campo Sarney no Maranhão. Se for do entendimento da maioria das forças [de que Dino deve retirar a candidatura e apoiar Lago], sim [ele retira a candidatura].”
Dino e Lago conversaram há um mês. A formulação de um acordo com os pedetistas depende da análise do TSE sobre a abrangência do projeto Ficha Limpa – que pode atingir Lago – e da conversa entre o presidente do PDT, Carlos Lupi, e o presidente do PCdoB, José Renato Rabello.
Segundo Dino, um dos principais ingredientes para a união de forças contra a candidatura de Roseana, filha do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi a decisão da direção nacional do PT, adotada na sexta-feira (11), de intervir no diretório do Maranhão para forçar o partido a apoiar a peemedebista.
Em um encontro estadual realizado no final de abril, os petistas maranhenses haviam declarado apoio a Dino. A cúpula do PT nacional, no entanto, revogou a decisão, revoltando a militância no estado e provocando reações como a greve de fome do deputado Domingos Dutra (PT-MA), que já dura cinco dias no plenário da Câmara dos Deputados.
Dino diz ainda que o apoio petista a favor de Roseana fortaleceu a sua candidatura, mas também criou o ambiente favorável para a união dos partidos de oposição à governadora. Questionado se os petistas teriam maior empenho em fazer campanha, ele foi direto: “Já estão [fazendo campanha a favor de Dino]. Eu é que estou segurando os bichinhos para não ser multado [por campanha eleitoral antecipada].”
Além da viabilidade da candidatura de Lago diante do projeto Ficha Limpa, que veta a concessão de registro ao candidato condenado por um colegiado, o apoio de PSDB e PPS ao pedetista também será abordado nas negociações. Isso porque Dino e o PCdoB apoiam Dilma, enquanto Lago está com Serra
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Deputado do PCdoB tenta fechar acordo no MA com PDT de Jackson Lago.
Partido quer aliança para disputar contra Roseana Sarney (PMDB).
Robson Bonin Do G1, em Brasília
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O deputado Flávio Dino (PCdoB-MA) em foto de
arquivo (Foto: Brizza Cavalcante/Ag.Câmara)
O deputado Flávio Dino (PCdoB-MA) afirmou nesta quarta-feira (16), durante a convenção nacional do PCdoB, em Brasília, que está disposto a retirar sua pré-candidatura ao governo do Maranhão, se o gesto permitir a composição de uma “ampla aliança” contra a candidatura à reeleição da atual governadora Roseana Sarney (PMDB).
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PT revoga decisão de diretório estadual e aprova apoio a Roseana
Cúpula do PT anula encontro que decidiu por apoio a Dino no Maranhão
PT vai intervir no Maranhão para forçar apoio a Roseana
A estratégia, no entanto, só será posta em prática se Dino não conseguir o apoio dos demais partidos ao seu nome. Neste caso, o deputado do PCdoB buscará um acordo com o candidato do PDT, Jackson Lago, ex-governador do estado, cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em março de 2009.
“Hoje temos dois caminhos. Continuar a nossa candidatura, que está fortalecida, ou constituir uma união mais ampla com PSDB, PPS e PDT”, afirmou Dino que, ao ser questionado sobre uma eventual retirada de candidaturas afirmou: “Queremos constituir uma ampla frente dos partidos que não são do campo Sarney no Maranhão. Se for do entendimento da maioria das forças [de que Dino deve retirar a candidatura e apoiar Lago], sim [ele retira a candidatura].”
Dino e Lago conversaram há um mês. A formulação de um acordo com os pedetistas depende da análise do TSE sobre a abrangência do projeto Ficha Limpa – que pode atingir Lago – e da conversa entre o presidente do PDT, Carlos Lupi, e o presidente do PCdoB, José Renato Rabello.
Segundo Dino, um dos principais ingredientes para a união de forças contra a candidatura de Roseana, filha do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi a decisão da direção nacional do PT, adotada na sexta-feira (11), de intervir no diretório do Maranhão para forçar o partido a apoiar a peemedebista.
Em um encontro estadual realizado no final de abril, os petistas maranhenses haviam declarado apoio a Dino. A cúpula do PT nacional, no entanto, revogou a decisão, revoltando a militância no estado e provocando reações como a greve de fome do deputado Domingos Dutra (PT-MA), que já dura cinco dias no plenário da Câmara dos Deputados.
Dino diz ainda que o apoio petista a favor de Roseana fortaleceu a sua candidatura, mas também criou o ambiente favorável para a união dos partidos de oposição à governadora. Questionado se os petistas teriam maior empenho em fazer campanha, ele foi direto: “Já estão [fazendo campanha a favor de Dino]. Eu é que estou segurando os bichinhos para não ser multado [por campanha eleitoral antecipada].”
Além da viabilidade da candidatura de Lago diante do projeto Ficha Limpa, que veta a concessão de registro ao candidato condenado por um colegiado, o apoio de PSDB e PPS ao pedetista também será abordado nas negociações. Isso porque Dino e o PCdoB apoiam Dilma, enquanto Lago está com Serra
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