segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Uma sequência esquisita de mortes

O empresário e paisagista Daniel Prado Smith, 55 anos, foi encontrado morto na noite do dia 5/09, em um matagal nas proximidades do Colégio Upaon-Açu, no bairro Altos do Calhau, em São Luís. Ele era assessor da desembargadora Nelma Sarney. O empresário foi sequestrado por quatro homens na tarde da quarta-feira (4 de setembro).
Muito rapidamente, quatro pessoas foram apontadas como assassinos. Um deles foi morto em troca de tiros com policiais. Dois foram presos e o um quarto suspeito está foragido. O crime foi desvendado porque um adolescente de 17 anos confessou ser o autor dos disparos que matou o paisagista. A polícia chegou ao menor por meio do rastreamento ligações do telefone da vítima, que estava em poder do assassino confesso.
Foi preso Jonathan João Nunes, de 19 anos. Gilvanilson Santos, conhecido como Pato, acabou sendo alvejado durante troca de tiros com a polícia, no momento em que os policiais se dirigiam até o local onde o corpo do paisagista foi encontrado, por volta das 21h desta quinta-feira (5), no Planalto Vinhais I. Gilvanilson, segundo a polícia, era chefe do tráfico de drogas e fazia parte – juntamente com mais 20 bandidos – da facção criminosa PCM, da área da Vila Conceição, na região do bairro Altos do Calhau, em São Luís.
O segundo a morrer foi Marcelo Henrique Silva, o “Marcelinho”, de 21 anos, executado a tiros, na Vila Maranhão, na última quarta-feira (11). Ele era morador do Residencial Menino Jesus de Praga – área do Vinhais, mas sempre estava na Vila Conceição/Altos do Calhau.
O terceiro foi Eduardo Pedro Melonio,''Eduardo Olhão'' de 17 anos, executado com vários tiros de pistola .40, na noite do dia 13 de setembro, uma quinta-feira, no Residencial Novo Horizonte, no município de Paço do Lumiar. Ele foi executado por três homens, em ação típica de crime de mando.
O quarto acusado morrer, Jonathan João Nunes, de 19 anos, foi encontrado enforcado dentro da CCPJ de Pedrinhas, na tarde deste domingo (dia 16).
Pode-se até relativizar a sincronia das mortes, dos envolvidos com o mesmo homicídio, afinal, eram pessoas que conviviam com a violência. Contudo, ninguém pode ser impedido de fazer um raciocínio de suspeita. Afinal, são três mortes seguidas. Ou melhor, quatro.
Qualquer investigação nesse sentido deve aprofundar as condições em que o primeiro dos acusados foi morto, o Gilvanilson Santos (o Pato). A versão da polícia foi de que houve troca de tiros. Será que foi isso mesmo?

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