segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Cipó Cortado enfrentando milícias do latifúndio em João Lisboa




















Isso que você está vendo não é uma fotografia do período pré-constituinte, quando a União Democrática Ruralista financiava milícias para promover a violência no campo. Trata-se da realidade fundiária maranhense, em pleno ano de 2013. É a Gleba Cipó Cortado, encravadas nas terras do antigo GETAT (Grupo Executivo das Terras Araguaia-Tocantis), que foi invadida por fazendeiros grileiros e até hoje estão ocupadas por grandes fazendas, no município de João Lisboa. Movimentos de trabalhadores lutam há mais de uma dezena de anos pela desintrusão das terras, que são devolutas (portanto, públicas) e deveria ser destinadas à reforma agária.
O sindicato de trabalhadores rurais de João Lisboa denuncia que, na tarde do último 27 de setembro de 2013,policias militares, possivelmente lotados na cidade de João Lisboa-Ma, a serviço dos fazendeiros grileiros da fazenda Cipó Cortado- Gleba Boca da Mata/ Barreirão, no Município de João Lisboa-Ma, invadiram o acampamento, comandados pelo fazendeiro Vanderley Milhomem da Mota.
O objetivo era fazer o despejo forçado, à revelia do Poder Judiciário, uma vez que todas as suas tentativas de expulsão via ações judiciais até hoje não obtiveram sucesso.
O que chama a atenção nas fotografias é a presença de homens encapuzados, fortemente armados, com veículos sem placas. Esses homens, nesse mesmo dia, promoveram intenso tiroteio no local, espalhando o terror entre idosos e crianças que também vivem na localidade. Invadir assentamentos de trabalhadores rurais à bala virou moda no Estado do Maranhão. 

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