quarta-feira, 2 de março de 2011

O PT e o bolinho de tapioca

O PT do Maranhão está numa verdadeira sinuca. O partido nunca teve unidade interna para nada. Agora, escolheu um jeito muito complicado para resolver o problema da hegemonia interna. Um grupo, aproveitando-se da aliança nacional com o PMDB, resolveu compor o governo Roseana, rachando o partido ao meio.

Logo de saída enfrentou o escândalo da Secretaria de Educação, em que o Secretário de Estado, indicao pelo grupo do vice-governador saiu enxovalhado pelo sistema mirante. Depois, veio a FAPEMA, onde militantes da facção roseanista foram flagrados recebendo bolsas de pesquisa científica. Agora veio a bomba da polícia federal dentro do INCRA.

Não estaria tãor ruim se um dos investigados no inquérito da PF, inclusive com  pedido de prisão, não fosse o atual presidente da sigla, |Monteiro, braço direito do vice-governador. Durante o processo eleitoral interno, Monteiro disputou com várias correntes, dentro de um clima de muitas hostilidades. Conseguiu se sagrar vencedeor, em meio a denúncias de abuso de poder econômico e interferência do governo Roseana.

Por regras internas, o seu vice é Augusto Lobato, que foi derrotado no segundo turno por Monteiro. Agora, a outra banda do PT utiliza um argumento lógico para fustigar Monteiro: quer o seu afastamento, para preservar a legenda do escândalo.

A facção de Monteiro, que é liderada pelo vice-governador, Whashington Luís, é claro, não aceita. Tem pelo menos um bom motivo para isso. Se Monteiro renunciar, a presidência da legenda volta para as mãos de um anti-sarney convicto.

Então, criado está um novo impasse. Monteiro não sai e vai sendo fritado aos pouquinhos, igual bolinho de tapioca. Juntamente com ele, o partido também. Como a facção do vice-governador não consegue eleger ninguém mesmo, talvez avalie que seja melhor fechar as portas do PT no Maranhão.

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