As imagens representam gestos políticos. E a política está impregnada de símbolos - que falam nas entrelinhas dos discursos.
Estamos vivendo tempos de intensa despolitização, onde os símbolos estão se impregnando de significados diferentes.
Hoje, a política dominante dialoga com o fundamentalismo religioso e não com o ecumenismo libertário da teologia da libertação.
De igual modo, a nova hegemonia do conservadorismo arranca aplausos da supressão das garantias fundamentais do cidadão, diante das operações policiais e judiciais espetacularizadas.
E a corrupção política transforma-se em prática normal e aceitável, anistiada pelo voto, captado pelas campanhas milionárias.
De igual modo, a nova hegemonia do conservadorismo arranca aplausos da supressão das garantias fundamentais do cidadão, diante das operações policiais e judiciais espetacularizadas.
E a corrupção política transforma-se em prática normal e aceitável, anistiada pelo voto, captado pelas campanhas milionárias.
Por isso, alguns setores da esquerda fazem questão de tentar confundir não apenas os símbolos, mas também seus significados.
Esses gestos demagógicos, plenos de mesuras ao reacionarismo, esvaziam a política de seu conteúdo progressista e sinalizam para uma verdadeira cumplicidade com a onda conservadora que toma conta do país.
Certas imagens, num contexto de compromisso amplo com reconfiguração da política, não seriam permitidas. Hoje, a permissividade ideológica sinaliza para uma certa simpatia pela barbárie do conservadorismo, permeada de preconceitos e de cultura do ódio - em nome da bíblia; tomada por cortesia diante da ditadura judicial de operações como a Lava Jato; impregnada de leniência diante do crime de corrupção política e suas mais diversas facetas.
Esperar a esperança significa olhar com desconfiança para tudo isso, sob pena de batermos palmas para o cinismo.
Se um dia quisermos que o Brasil se levante, precisamos de lideres que se envergonhem de determinados gestos.
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