A partir de 2015, os casos conheceram um aumento assustador, culminando em 2016 com 42 situações e 29 mortes.
O ano de 2017 já registra 7 casos em apenas 2 meses e meio.
O linchamento é herança de ritos de sacrifício de comunas primitivas. A religião judaico-cristã está repleta de casos de linchamentos. Cristo, por exemplo, passou por um linchamento que culminou com a crucificação.
No linchamento existe revanche mas também tentativa de purificação da sociedade pelo sangue. O sangue para determinadas religiões purifica a dor da morte.
Se na Antiguidade e na Idade Média o linchamento era autorizado pelo Estado, a modernidade aboliu gradualmente essa modalidade de vingança privada.
Em alguns países o linchamento continua ser prática de punição oficial, influenciada pelo islamismo, onde o apedrejamento público ainda é prática corriqueira.
Muitos atribuem a origem da palavra ao coronel Charles Lynch, que praticava o ato por volta de 1782, durante a guerra de independência dos Estados Unidos, como pena endereçada aos pró-britânicos.
Muitos atribuem a origem da palavra ao coronel Charles Lynch, que praticava o ato por volta de 1782, durante a guerra de independência dos Estados Unidos, como pena endereçada aos pró-britânicos.
Outros atribuem a origem do nome ao capitão William Lynch (1742-1820), do condado de Pittsylvania, Virgínia, que manteve um comitê para manutenção da ordem durante a revolução, por volta de 1780.
O fato é que a « lei de Lynch » deu origem à palavra linchamento, em 1837. A pena era endereçada especialmente aos indígenas e negros, numa ambiência de profundo ódio racial nos EUA.
O grupo racista denominado Ku Klux Klan, surgido dos "comitês de vigilância", notabilizou-se pela prática dos linchamentos.
Assim como naquele período, agora a desordem institucional e o descrédito da lei continuam contribuindo para a disseminação da prática dos linchamentos.
Eles ocorrem hoje sob forte influência do seletivismo penal e da espetacularização da violência, ambos com amplo respaldo nas redes sociais e nos meios de comunicação de massa.
Eles ocorrem hoje sob forte influência do seletivismo penal e da espetacularização da violência, ambos com amplo respaldo nas redes sociais e nos meios de comunicação de massa.
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