Hoje, ocorrerá o tradicional Baile do Parangolé, às 19h, no Bar do Porto (Praia Grande). O evento, em ritmo de Carnaval, vai comemorar o aniversário de 35 anos da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH).
A ocasião é própria para reflexão, menos do que para festejo, mas a entidade ousa, como sempre. Ousa impregnar o festejo do carnaval com a crônica da resistência política e cultural, numa conjuntura cada vez mais difícil, para a realização dos direitos humanos no Estado.
Mais do que homenagens, a entidade quer compromissos, diga-se de passagem. Não adianta fazer ricas homenagens à SMDH, se na prática se faz sinalizações ao projeto de dominação que viola direitos humanos há quinhentos anos em terras provincianas.
Render homenagens à SMDH, significa, no mínimo, respeitar seu projeto político, que combateu sem tréguas o latifúndio, a tortura e o modelo de desenvolvimento excludente, hoje abençoado pelos governos federal e estadual.
Homenagear a SMDH, antes de tudo, significa levar adiante o projeto de renovar a política, para extinguir práticas oligárquicas, disseminadas para além do Grupo Sarney e seus contraditórios satélites.
A realização dos direitos humanos, horizonte permanente da SMDH e seus militantes, mais do que a postura de coragem, espelha irrenunciável coerência de trajetórias políticas.
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