quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Senador Édson Lobão Filho & Senador Randolfe




Sinceramente, não sei onde o respeitável Senador Lobinho viu Ongs de Direitos Humanos visitando criminosos feridos pela polícia em um hospital de São Luís. Mentira deslavada, para justificar seu desprezo pela situação carcerária do Maranhão. Tem mais: o Senador quer transferir a responsabilidade pelo atendimento psicológico aos policiais do governo que ele defende para as entidades de direitos humanos. Depois de 62 mortes no ano de 2013, Lobinho ainda acha que Pedrinhas deve ficar em segundo plano das preocupações dos governos e autoridades. Em resumo, ao discurso do Senador, é preciso dizer:
a) Se o Senador realmente se preocupa com direitos humanos, porque o governo que apóia não dá recursos orçamentários e estrutura suficiente para a sua Secretaria de Estado, Direitos Humanos, Assistência Social e Cidadania?
b) Dentro da estrutura do Estado, a SEDIHC poderia dar maior atenção à vítimas de crimes, inclusive o atendimento psicológico aos policiais do Estado, com os quais tanto se preocupa o Senador;
c) Em relação à vítimas e testemunhas, por força da pressão de Ongs de Direitos Humanos, o Estado mantém o PROVITA, desde 2002, mas se o interesse fosse tão grande, a contrapartida do Governo poderia sem bem melhor, não? Além dos "ESTRUPADOS", como diz o Senador, nesse segmento de pessoas atendidas, estão diversas vítimas e testemunhas de outros delitos, mas nunca presenciamos qualquer interesse de Lobão Filho em defender esse programa.
d) Lobão Filho certamente esquece que o termo "marginais" também poderia ser aplicável a uma certa casta de políticos e colarinhos brancos, que apesar de violarem sistematicamente o ordenamento jurídico, nunca vão para as cadeias fétidas do Maranhão.
e) Se Lobão Filho realmente tivesse apreço pelos policiais do Estado do Maranhão poderia começar defendendo a realização de um amplo concurso público, o aumento dos salários desses profissionais e o incremento do orçamento da Secretaria de Segurança Pública, como as entidades de direitos humanos estão fazendo há décadas neste Estado.
f) Quanto ao projeto de sua autoria, visando extinguir ou fundir a comissão de direitos humanos do Senado, não seria uma confissão do seu próprio grupo político, em relação às sistemáticas violações de direitos humanos que ocorrem no Estado (trabalho escravo, violência fundiária, crime organizado, pistolagem, péssimos indicadores sociais...)?
g) Por último (essa é forte), se até o Senador tem medo quando seu filho vai para um bar com seus amiguinhos, que dirá o cidadão comum, que tem no governo do Estado o principal responsável pela garantia do direito à segurança pública. Por outro lado, se ele não confia na Segurança Pública ofertada pelo governo que ele próprio defende, quem mais irá defender esse governo?





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