sexta-feira, 13 de maio de 2011

Greve e intolerância dos governos



Dia 11, recebemos uma comissão do movimento de greve dos professores estaduais. A mesma categoria que, durante o governo Jackson foi hostilizada e acusada de ser Saneísta. Naquele período, a greve recebeu amplo apoio desse grupo político, incluindo espaço generoso nos meios de comunicação. A insanidade daquele governo tornou o movimento vitorioso, não sem antes produzir grandes prejuízos aos alunos e à própria política educacional do Estado.

Agora, o grupo político vitorioso na urnas, que antes apoiara a greve dos docentes, recusa-se a ouvir e atender reivindicações básicas da categoria. Não parece querer instituir instituir o piso nacional de professores, recomendado pelo MEC e referendado recentemente pelo STF. Esse sequer deveria ser ponto de pauta da greve.

Além disso, o governos institui retaliações que aprofundam as injustiças praticadas contra a categoria dos professores. Descontos salarias foram levados a cabo, sem qualquer critério. Foram descontados até quinze dias do salário de quem não participou da greve. E grevistas houve que não tiveram nenhum desconto. Por intermédio de uma portaria da Secretaria de Educação, representantes do sindicato são impedidos de adentrar aos colégios, numa política de negação de direitos sindicais da categoria.

As negociações com o vice-governador culminaram com uma nota, assinada pela Secretária de Educação, na qual todas as reivincações são tratadas com a abstração e a generalidade de quem não quer efetivamente o fim da greve. Parece que o governo trabalha agora com o único intuito de derrotar o sindicato, dobrando a categoria dos professores.

Enquanto isso, muitos alunos ainda continuam sem aula e já estão com o ano letivo prejudicado.

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