quinta-feira, 6 de junho de 2013

Pastor com bandeira colorida de igreja é retirado de evento evangélico

Ele subiu ao palco com bandeira da igreja Quadrangular e depois retornou.

'Houve um mal entendido', informou organização do evento.

Nathalia Passarinho e Fabiano Costa Do G1, em Brasília


Um pastor foi expulso nesta quarta-feira (5) do palco de um evento evangélico, organizado em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, porque portava uma bandeira colorida, símbolo da igreja pentecostal Quadrangular.
Ao avistarem a bandeira formada por quatro quadrados de cores roxa, vermelha, amarela e azul – que lembra a do movimento gay, com as cores do arco-íris – os seguranças pediram que o pastor se retirasse. A assessora do pastor tentou intervir e houve confusão. O pastor resistiu e foi retirado à força do palco pelos seguranças. O G1 tentou fazer imagens da retirada, mas teve que interromper por determinação dos seguranças.
Logomarca da Igreja Quadrangular, usada na bandeira, em reprodução do site www.quadrangular.com.br  (Foto: Reprodução)Logomarca da Igreja Quadrangular, usada na bandeira
(reprodução do site www.quadrangular.com.br)
No Congresso, a bancada evangélica é tradicionalmente contrária a reivindicações do movimento gay, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
A confusão se deu durante o evento "Manifestação pela liberdade de expressão, liberdade religiosa e família tradicional”, organizado pelo pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus, e que reuniu milhares de pessoas na Esplanada dos Ministérios.
Após a retirada do pastor da Quadrangular, representantes da igreja esclareceram aos organizadores do evento que o homem forçado a deixar o local é religioso e destacaram que ele apenas segurava a bandeira símbolo de uma congregação evangélica.
Diante das explicações, os seguranças trouxeram o pastor de volta ao palco. A organização do evento disse aos jornalistas que "houve um mal entendido".
Depois, informou que adotou a medida porque o evento é de “todas as igrejas evangélicas” e que, portanto, não era permitido portar bandeiras de igrejas específicas. O pastor retirado à força não quis dar entrevista.

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