quinta-feira, 17 de novembro de 2016

OS NÚMEROS QUE NÃO CALAM


Flávio Dino e seus homens de segurança: tudo bem sob a égidecomunista


O governo Dino continua se embananando com números da Segurança Púbica.

Em nota publicada no dia 29 de outubro, o governo se contrapõe aos dados do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, publicizados no dia 28 do mesmo mês.

Veja a nota do Governo (a numeração dos itens está errada mesmo no link original):


"Nota sobre 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública

29/10/201615H 50

Sobre os dados do 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados nesta sexta-feira (28), o Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-MA) esclarece que:

1. O suposto aumento de 7% deve-se à inclusão na estatística oficial do estado de 80 cidades que não estavam presentes em 2014, corrigindo uma subnotificação.

2. Portanto, a comparação de eventos morte no Estado do Maranhão entre os anos de 2014 e 2015 não se baseou nos mesmos parâmetros, uma vez que os dados analisados são heterogêneos. No ano de 2014, um total de 80 municípios maranhenses não eram contabilizados na consolidação da estatística oficial do Estado, cujos dados referentes a estas cidades apareciam zerados. Ciente da deficiência, a atual gestão corrigiu a aferição de dados com a criação da Unidade de Estatística e Análise Criminal da SSP e incluiu tais municípios na estatística oficial. Além disso, incluiu 18 representantes de estatísticas nas Unidades Regionais, no sentido de coletar números exatos.

3. Reiteramos que na Região Metropolitana da Grande Ilha, em que é possível uma comparação entre bases iguais de dados, houve redução de 20% nos registros de CVLI de janeiro a setembro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2014.

4. A metodologia utilizada para a composição dos dados do Anuário diverge da metodologia oficial estabelecida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), que utiliza o termo Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) para contabilizar homicídios, latrocínios e lesão corporal seguida de morte. Já o Anuário inova com a expressão Mortes Violentas Intencionais (MVI), que inclui na contabilização de óbitos, as intervenções policiais em que há o confronto entre as polícias e o criminoso;

4. O Governo também passou a realizar contabilização qualitativa dos CVLIs de todo o Estado, expondo-os minuciosamente por meio de tabela com data, hora, nome da vítima, idade, arma utilizada, região, bairro etc, para uma melhor análise e combate estratégico às modalidades criminosas.

5. A SSP esclarece que, devido à intensificação do combate à criminalidade em todo o Estado, decorrente da reestruturação do Sistema de Segurança Pública com acréscimo de 1500 policiais e 300 novas viaturas, houve mais confrontos entre as polícias e o criminoso, aumentando consequentemente o número de mortes entre as partes;

6. Acerca da divulgação do números do 10º Anuário de Violência, destaca-se o Estado do Maranhão como um dos entes federativos com estatística confiável de dados de homicídios;

7. Por fim, a SSP acrescenta que o Estado do Maranhão possui um dos melhores índices de número de homicídios por 1000 habitantes, por ano."

Analisando o conteúdo da nota e dando uma espiada no Anuário, constata-se de plano que esse governo tem problema com números.

Ocorre que se consideramos índices onde não incidem a ampliação da base de dados e o conceito de MVI (Mortes Violentas Intencionais), usado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, vamos constatar que as coisas não vão bem, como querem que acreditemos.

Por exemplo, o Anuário traz índices de alguns delitos que ocorreram somente na Capital, como tráfico de entorpecentes, uso e porte de entorpecentes, roubo e furto de veículos e latrocínio. Nesses tipos penais não há que se alegar conceito envolvendo mortes e a inclusão de outros municípios, porque nesses casos não existe a ocorrência letal e os dados são homogêneos referentes a São Luís apenas.

De 2014 para 2015 houve uma variação de crescimento de 28,8% do tráfico de entorpecente na capital. No uso e porte de entorpecente o crescimento foi de 47,8% no mesmo período.No Roubo e Furto de Veículo o crescimento foi de 16,6%. O latrocínio em São Luís subiu simplesmente 106,8%.

Moral da história: nem tudo são flores.

Ps: Essa foto diz tudo.


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