No quadro geral, o PCdoB foi o partido que mais elegeu candidatos (46) no Maranhão. Logo a seguir
estão o PSDB (29), PDT (28) e PMDB (22). Teoricamente essa é a nova hegemonia de poder no Estado.
O novo arranjo de poder tenta nos convencer de que a nova ordem está na polarização entre o campo dos anti-sarneístas e dos sarneístas. Mas do ponto de vista prático é impossível separar o sarneísmo do governo atual.
A menos que se acredite no processo de conversão no melhor estilo do relâmpago de Damasco, a migração de político para o bloco governamental apenas repete o processo fisiológico histórico que aconteceu no período Jackson (PDT).
A conclusão é mais do que óbvia: as elites da direita continuam no poder no Maranhão e agora estão mais fortalecidas com a dinâmica produzida pelo impeachment da presidente da República. Veja a lista dos prefeitos conquistados por cada partido:
PCdoB – 46
PSDB – 29
PDT – 28
PMDB – 22
PP – 15
PRB – 14
PSB – 13
PTB – 7
PT – 7
PR – 7
PV - 7
PSD – 6
PSDC – 2
PMN – 2
PTN – 2
SD – 2
DEM – 2
PROS – 2
PPS – 1
PSL – 1
PTC – 1
PCdoB – 46
PSDB – 29
PDT – 28
PMDB – 22
PP – 15
PRB – 14
PSB – 13
PTB – 7
PT – 7
PR – 7
PV - 7
PSD – 6
PSDC – 2
PMN – 2
PTN – 2
SD – 2
DEM – 2
PROS – 2
PPS – 1
PSL – 1
PTC – 1
Apesar da resistência inicial ao impeachment, o governador do Maranhão agora deve estar fazendo as contas para permanecer no poder.
Da lista acima, os partidos marcados de vermelho orientaram votação a favor do impeachment ou tiveram parlamentares apoiando o golpe. Os sublinhados compuseram coligações apoiando Edinho Lobão para governador em 2014.
De acordo com uma análise menos superficial, os dois grupos se fundem no tocante à posições estruturantes sobre a realidade do país. O governo Dino é o laboratório onde temas como reforma agrária, agronegócio, meio ambiente, presídios, segurança pública e direitos humanos fazem a base de sustentação de governo e oposição oligárquica convergirem prontamente.
Em que pesem as narrativas épicas sobre a queda da oligarquia, seus interesses econômicos e de classe permanecerão amplamente preservados com a nova ordem politica.
No plano macro, o Estado pode permanecer sob o jugo de um discurso político ilusionista que a todo custo tentará caracterizar a disputa local como plebiscito estranhamente descolado da conjuntura nacional. Aqui golpistas conviverão amistosamente com os comunistas, em 2018, não importa quais crimes contra a democracia pratiquem no Congresso Nacional.
Resta saber se o povo acordará com essa pauta regressiva, identificando a ampla gama de traidores que o ataca furtivamente ou triunfalmente.
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