Flávio Dino, do PCdoB, foi eleito governador do Maranhão com 63,52% dos votos válidos. O candidato do grupo Sarney, Lobão Filho (PMDB) teve 33,69% desse percentual. No contexto da crise política atual, muito se fala de governo de conciliação de classes. No Maranhão, o movimento de Flávio Dino foi bem mais amplo: reuniu democratas e golpistas, como se poderia dizer no jargão ressentido de um setor da esquerda que reverencia o Lulismo.
Nas eleições de 2014, Dino subiu nos palaques dos golpistas Aécio, Eduardo Campos e Marina. Verdade que nesse tempo o impeachment era hipótese remota. Mas os muros que separam a direita e a esquerda brasileiras continuavam e continuam de pé.
A coligação, que reuniu PCdoB, PSB, PTC, PPS, PDT, PSDB, PP, PROS, Solidariedade, e, ainda de parte da Militância Petista, elegeu seis deputados federais, três de oposição ao governo Dilma: Eliziane Gama (PPS), Zé Reinaldo Tavares (PSB) e João Castelo (PSDB). Esses três últimos votaram votaram a favor do impeachment.
O vice-governador é Carlos Brandão (PSDB), tucano, integrante da bancada ruralista e o Senador eleito, foi Roberto Rocha (PSB), também de origem tucana e ruralista. Os dois também são golpistas, como se infere das posições de seus partidos. Terão voz e vez no futuro governo Temer.
A aliança pró Flávio Dino elegeu apenas 16 deputados estaduais. Hoje, o Governo Dino tem o presidente da Assembleia Legislativa e apenas quatro deputados efetivamente na oposição ao governo, conforme um pacto de governabilidade, orientado pela força de atração do Palácio. Não há nada de programático nisso, apenas fisiologismo puro.
O governo Dino é o governo Dilma piorado. Ainda está de pé porque é cedo. Todos os anúncios de melhorias desse governo são no mínimo questionáveis. A elefante pariu um ratinho de botica. Analise o que anda acontecendo na área da saúde, educação e segurança pública, só para começo, e verá.
A intensa troca de secretários é sinal de que o governo ainda não se encontrou. Não existe um programa coerente de governo. É tudo colcha de retalho e fragmentação, gestores debutantes, sem verniz político ou ideológico.
Em 2016, esse consórcio precisará urgentemente de um candidato a prefeito em São Luís, porque o Edvaldo já era. Esse é o primeiro sinal da derrocada. Se no contexto nacional a esquerda precisa ir além da experiência petista, aqui não será diferente com o PCdoB.
Um comentário:
Vocês viram no blog do linhares e no facebook? Deputada Andrea Murad declarou que o conselheiro Edmar Cutrim é " o Rei dos Fantasmas" , e revela argumenta sobre loteação do funcionário fantasma do filho do deputado Waldir Maranhão no gabinete do conselheiro, das noras do Conselheiro que são funcionária fantasmas na Assembleia Legislativa e fala do currículo de extorsões a prefeitos que Edmar Cutrim tem.
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