domingo, 1 de junho de 2014

Por uma nova política

Paulo Maluf e Alexandre Padilha
Maluf e Padilha durante encontro nesta sexta-feira 30 em São Paulo (do site Carta Capital

A crise da representação política é real e perceptível. No Brasil, os sinais são autoevidentes, com corrosões amplas no espectro partidário. Se quisermos que exista um programa de esquerda no cenário eleitoral, precisamos ter a coragem de refazer algumas coisas. E não fará sentido construir uma nova ferramenta eleitoral para reproduzir práticas enferrujadas.

Para levar adiante essa tarefa, é necessário derrubar antigos ícones, romper as amarras apertadas da dependência política e econômica com os grupos hegemônicos. O pragmatismo eleitoral é cínico e induz o eleitor de que a vitória nas urnas resolve tudo, não importa sob quais condições.

Um partido que se proponha a instaurar a nova política deve plantar a semente da esperança. Mudar tudo isso é possível, rompendo com velhas práticas, negando os grandes esquemas de financiamento, estabelecendo com clareza e transparência compromissos com um desenvolvimento adequando às necessidades das amplas maiorias excluídas.

A aliança que você vê acima foi justificada por causa de 1 minuto e 15 segundos a mais no horário eleitoral. O Maluf é procurado pela interpol e notoriamente acusado de crimes de improbidade administrativa.

A pergunta é: qual é a sinalização que o Padilha e seu partido dá ao eleitor com essa aliança? Será que o eleitor tem segurança de que um futuro governo de Padilha terá como referência a honesta aplicação dos recursos públicos?



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