sexta-feira, 22 de março de 2013

Máximo Moura vai a júri pela morte de Stênio Mendonça

http://imirante.globo.com/noticias/2013/03/22/pagina334432.shtml

O delegado foi assassinado em maio de 1997, na avenida Litorânea.
Imirante.com
22/03/2013 11h25

SAO LUÍS - Será submetido a júri popular nesta segunda-feira (25), Máximo Moura Lima, o último pronunciado a ir a julgamento pela participação na trama que culminou na morte do delegado de Polícia Civil Stênio José Mendonça, em maio de 1997, na Avenida Litorânea, em São Luís. Ele seria o proprietário de um dos veículos utilizados na execução do delegado. As investigações apontaram que o carro era dirigido por Máximo Moura que, acompanhado de Claudenil de Jesus Silva, o Japonês, fez o monitoramento e apoio aos executores, inclusive para lhes dar fuga, caso necessário.

O julgamento está marcado para as 8h30, na sala de sessões do 2º Tribunal do Júri de São Luís, localizado no 1º andar do Fórum Des. Sarney Costa, no Calhau, e será presidido pelo juiz Gilberto de Moura Lima. A acusação ficará com o promotor de Justiça André Charles Alcântara Martins Oliveira.

Máximo Moura deveria ter sido julgado em agosto do ano passado, mas em virtude da licença para tratamento de saúde do promotor Willer Siqueira Mendes Gomes, que atuaria na sessão do júri, o julgamento foi adiado. Claudenil de Jesus Silva, o Japonês, já foi julgado e condenado pela participação no crime.

Segundo relatório dos autos, o crime foi cometido por uma organização criminosa responsável pelo roubo de cargas no Maranhão, e que estava sendo investigada por Stênio Mendonça.

Execução - o delegado foi morto a tiros de revólver disparados por José Vera Cruz Soares Fonseca, o Cabo Cruz, no dia 25 de maio de 1997, por volta das 11h30, na Praça do Pescador, na Avenida Litorânea. Acompanhava o executor José Rodrigues da Silva, o Zé Júlio, que, empunhando uma pistola, propiciou meios para facilitar a execução. Zé Júlio já foi julgado e condenado.

A empreitada criminosa, conforme as provas colhidas na época, foi organizada por José Humberto Gomes de Oliveira, o Bel, e por Joaquim Felipe de Sousa Neto, o Joaquim Lauristo, contando com a efetiva participação de Carlos Antônio Martins Santos, cunhado de Bel, e Carlos Antônio Maia Silva, o Carlinhos. Também participaram da trama Marcondes de Oliveira Pereira e Israel Cunha (Fala Fina). Joaquim Lauristo e Carlinhos foram julgados e condenados pelo crime. Em outubro de 2008, Joaquim Lauristo, que já cumpria a pena em regime semiaberto, foi assassinado em São Luís.

No ano do crime, o Cabo Cruz, Marcondes de Oliveira, Israel Cunha (Fala Fina) e Humberto Gomes de Oliveira (Bel) foram assassinados, no dia 03 de julho, no município de Santa Inês (MA), fato que ficou conhecido como Chacina do Barro Vermelho. Em virtude de terem sido assassinados antes de serem denunciados, eles não constaram na denúncia do Ministério Público. Foram julgados pelo crime também o deputado José Gerardo de Abreu, os policiais civis Raimundo Jorge Gabina de Castro e Ilce Gabina de Moura e o delegado Luís de Moura Silva.

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