quarta-feira, 7 de setembro de 2016

A campanha eleitoral em São Luís





A campanha eleitoral em São Luís é o retrato da arranjo das forças políticas depois de dois anos de governo Flávio Dino.

Do lado da família Sarney, o prolongamento do desaparecimento tardio, com a candidatura de Fábio Câmara, com visíveis sinais de abandono. Numa escala mais profunda vai repetir o que ocorreu com Edinho Lobão.

Do lado do governismo dinista, luta interna de frações. De um lado, Edvaldo, o mais alinhado, contando com o apoio formal do PCdoB, tentando maquiar o desastre da sua gestão. Do outro lado, Eliziane, representado o segmento conservador do dinismo golpista. Mais além, Eduardo Braide (PMN), Rose Sales (PMB).

Zé Luís Lago (PPL), até recentemente Secretário de Edvaldo, uma incógnita.

Wellington do Curso (PP) é a fração da fração governista. Embora sustentando o discurso da independência, representa basicamente a mesma política. A diferença é o apoio de Roberto Rocha, que prenuncia o futuro racha desse campo nas eleições de 2018.

De fato, trocar o grupo de Flávio Dino pelo grupo de Roberto Rocha representa apenas a virada que ocorreu na mesma escala no cenário nacional, onde se trocou Dilma por Temer. Rocha é Temer e seu programa conservador e golpista.

O governo Dino é claro que é um indutor nas eleições municipais. Seu efeito catalisador impõe coligações fisiológicas como se operasse no passado do que foi o governo Dilma. É um projeto de poder com efeito retardado. Já sabemos no que vai dar mas, eles insistem na mesma fórmula catastrófica.

O PSOL buscou alternativas para lançar uma frente de esquerda e disputa com chances uma vaga na Câmara. Se o PSTU aceitasse fazer a coligação essa vaga seria certa.

Valdeny Barros segue a tradição do partido como o melhor nos debates e certamente ocupará o espaço da esquerda que lutou contra o golpe mas não assume o discuso dos governos de plantão.



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