Não há nada de novo nas pesquisas para a sucessão à prefeitura de São Luís.
Os candidatos que se apresentaram até agora não sugerem qualquer mudança fundamental de gestão ou de visão da política. São conservadores, que fazem a política tradicional.
Diríamos que essas candidaturas sequer dialogam com o cenário de esgotamento da politica no Brasil. Eles são parte do problema, para falar a verdade.
Os campos nos quais se inserem essas candidaturas podem ser descritos dessa forma:
a) o campo evangélico fundamentalista e golpista, alinhado com o governo de Michel Temer e seus satélites políticos;
b) o campo evangélico fundamentalista indiferente ao golpe, alinhado com o Governador Flávio Dino e seus satélites políticos;
c) o conservadores golpistas, de oposição ao governo Flávio Dino.
Esses três grandes campos políticos estão submersos na estratégia do financiamento privado de campanha, que deu origem à crise ética em curso. De uma forma ou de outra, suas plataformas de campanha são dependentes de estruturas politicas de mandato. Um deles inclusive luta pela reeleição.
Não analiso pesquisas, mas apenas cenários. Existe um vazio para pelo menos dois campos, que ainda não se apresentaram com definitividade:
a) o campo político progressista, laico e de oposição ao governo Temer, alinhado ao Lulismo e seus equívocos aliancistas, bem como ao Governador Flávio Dino;
b) o campo político socialista, laico, de oposição aos governos Temer e Dino e crítico ao Lulismo.
Esses dois campos acima detalhados podem convergir ou um deles simplesmente pode se diluir.
Como esse vazio será preenchido depende de vários fatores. O mais esperado é que a população entenda que São Luís não aguentará mais um governo de descalabro. Soluções que orbitam em torno do mesmo pecado original precisam ser rechaçadas.
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