quarta-feira, 27 de agosto de 2014

O trilho da morte do agronegócio


Ontem, estivemo no local onde a comunidade Jaibara (município de Itapecuru-Mirim) ocupou o trilho da empresa Vale, por causa de mais um acidente fatal.

No dia 25, Raimundo (mais conhecido como Mundinho), 65 anos, foi atropelado pelo trem, por volta das 10h30min, quando voltava da roça.

A comunidade, revoltada reivindica, a construção do viaduto e aguarda acampada uma decisão da empresa.

A Vale S.A é a segunda maior mineradora do mundo e a maior empresa privada do Brasil. É a maior produtora de minério de ferro do mundo e a segunda maior de níquel. Seu lucros lhe permitiriam desenvolver atividades com maior segurança para as pessoas que residem e trabalham nas proximidades dos trilhos. Mas não é isso que acontece.



Há quase três décadas a Vale está inserida no projeto de exploração mineral da região de Carajás, que não representou qualidade de vida para as populações impactadas pelas atividades da empresa. A Estrada de Ferro Carajás possui 892 km e atravessa 25 municípios, 21 só no Maranhão.

Diariamente passam dois tipos de trem por essa ferrovia: o trem de carga e o term de passageiros. A duplicação da ferrovia tem provocado inúmeros problemas às comunidades de Monge Belo e Santa Rosa, dos Pretos no Município de Itapecuru-Mirim. Só no trecho onde foi vitimado seu Mundinho já morreram cinco pessoas, colhidas pelo trem.

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